Elvis Presley cover: entrevista com vencedor do SP Festival 2013
Por Marcus Vinicius Magalhães
Postado em 22 de julho de 2013
Mesmo após 36 anos da morte de Elvis Presley, milhares de covers pelo mundo ganham a vida fazendo homenagens ao rei do rock n roll. Em muitos casos, o investimento gasto por esses músicos, com roupas e acessórios idênticos aos usados pelo ídolo, chega a ser algo fora do comum. Tudo isso com o propósito de se "aproximar" mais do artista imitado.
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Com o título de vencedor do SP Elvis Festival de 2013, eleito pelos dos fãs de Elvis Presley, Álvaro Martins, o Elvinho, concedeu uma entrevista ao jornalista Marcus Vinicius Magalhães em sua casa, na cidade de Santo André, no ABC Paulista. O cover, de 34 anos, falou sobre sua carreira de sucesso, afirmou ser possível viver financeiramente como cover e explicou o motivo de não investir em músicas próprias.
Marcus: Elvinho, fale um pouco sobre sua história de vida e como se tornou um cover de Elvis Presley.
Elvinho: Eu era motorista de caminhão, antes de fazer esse trabalho profissional e da noite para o dia minha vida mudou com alguns contatos que eu fiz. Eu sempre tive essa vontade de poder prestar essa homenagem ao Elvis. Fui me preparando para fazer algo profissional, algo fiel. Sem avacalhar, sem virar algo caricato, que as pessoas de repente perdessem o respeito - ah, mais um cover do Elvis para fazer palhaçada- não é essa a filosofia do meu trabalho. Então, eu decidi me tornar cover do Elvis por amor mesmo e por gostar muito do Elvis mesmo.
Marcus: É visível em toda sua casa seu amor pelo Elvis, desde os azulejos na parede até às almofadas do sofá. Mas, você conseguiria me explicar o que Elvis Presley significa exatamente para você?
Elvinho: O Elvis para mim é minha vida. Eu amo o Elvis de coração e sou fã. Faço esse trabalho para homenageá-lo porque eu gosto muito do Elvis. Minha casa é prova disso. Nós temos aqui muitos artigos do Elvis e muita coisa catalogada, não só aqui como também na casa dos meus pais tem um monte de coisas guardadas porque aqui não cabe. Mas, para mim, o Elvis é minha vida. Uma palavra para poder simplificá-lo é carisma; ele tinha tudo. Isso é o que mais me apego a ele como fã.
Marcus: Para você, qual seria o principal prazer em imitar Elvis?
Elvinho: Para mim me emociona muito quando a gente consegue ter a oportunidade de fazer um show para o fã-clube do Elvis, pois lá, você tem a plena certeza de quem está ali é porque ama o Elvis, e isso é uma tarefa dificílima para o cover. Pois, para você convencer quem está sentado lá em baixo que você faz uma homenagem bacana, para você conseguir homenagear aquelas pessoas é muito difícil. Isso, para mim é um troféu. Quando eu consigo cantar e ver os fãs de Elvis se emocionando, dentro de um fã-clube, onde têm pessoas que viveram aquela época e conhecem muito do Elvis, porque eu tenho 30 anos; sou de 1979. Quando o Elvis nos deixou, ainda faltavam dois anos para eu nascer. Então, aquela gente toda já curtia isso. Então, para eles também é uma satisfação em ver um rapaz dessa geração levando esse trabalho de uma maneira tão séria. Para mim, dois pontos que eu destacaria: fazer shows para o fã-clube do Elvis e as apresentações no teatro. Pois no teatro eu consigo reunir a coisa do jeito que eu quero, de como era a banda do Elvis e ver aquilo lotado. A gente as vezes para e pensa - nossa, as pessoas estão aqui porque são fãs de Elvis-, então é uma emoção muito grande. Ai vem aquelas pessoas senhoras, que pegam o colar havaiano e coloca no seu pescoço, olhando para você como se fosse o Elvis. Aquilo é muito emocionante, difícil de descrever.
Marcus: Existem muitos covers que tiveram a "benção" de seus ídolos imitados, pelo grande trabalho desenvolvido. No seu caso, que nasceu depois da morte de Elvis Presley, não teve esse privilégio. Há algum momento marcante com alguém próximo de Elvis?
Elvinho: Eu tive o privilégio de estar com o guitarrista do Elvis, James Burton. Porque é o que eu sempre digo que, infelizmente, não tive o privilégio de apertar a mão do Elvis, mas você poder chegar pertinho de alguém que fez parte dessa história da vida dele, realmente é uma emoção muito grande.
Marcus: Antes da entrevista, você havia me dito que tem um objeto especial guardado a sete chaves. O que seria esse objeto?
Elvinho: Então, eu acho que é o meu maior tesouro em matéria de Elvis, que eu até guardo numa caixinha de cristal. Parece uma bobagem, mas não é, pois nós temos isso filmado. Essa é uma pedra do túmulo do Elvis. Meu amigo foi lá recentemente, e eu até coloquei a data aqui; dia 18 de maio de 2010. Ele (meu amigo) levou uma carta minha, que minha esposa e eu fizemos. Até cortei um pedaço do cabelo, para a gente deixar uma mensagem positiva pro Elvis. A carta ficou lá na casa dele por dois dias, e até para pegar um pouco mais de energia, pois um dia nós iremos, sim, visitá-lo, com certeza. (CONFIRA A IMAGEM DA PEDRA DO TUMULO DO ELVIS NO VÍDEO NO FINAL DA MATÉRIA)
Marcus: Falando agora sobre o retorno financeiro desse tipo de trabalho. Será que é mesmo possível viver como um cover?
Elvinho: Dá sim para viver disso. Já estou fazendo isso há quase dez anos. Mantenho minha família com isso, minha esposa é minha assessora e trabalha comigo. Nós mantemos está casa, mantemos carros e ajudamos a nossa família, enfim, com o trabalho do Elvis. Pois é um trabalho honesto, fiel e profissional, com contrato, tudo bonitinho; como se fosse uma empresa.
Marcus: Com todo esse talento e carisma, por que você copia seu ídolo ao invés de criar suas próprias canções?
Elvinho: Eu não consigo me ver fazendo outra coisa. Criando. Não sou compositor, não sei escrever nada disso. O que eu faço é pelo Elvis. Eu faço um estudo em cima do Elvis, para prestar uma homenagem, pois eu sou fã e não quero que o trabalho dele se acabe jamais. Só quero dar minha parcela de contribuição.
ELVINHO MOSTRANDO A PEDRA DO TUMULO DE ELVIS PRESLEY
PERFORMANCE DE ELVINHO DA CANÇÃO MEMORIES
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