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Optical Faze: em fase total com o Metal nacional

Por Marcos Garcia
Fonte: Metal Samsara
Postado em 08 de maio de 2013

Brasília sempre foi um ponto forte para o Metal nacional, gerando várias bandas que, hoje, são lendárias na cena, como VOLKANA, MIASTHENIA, e uma nova geração tem surgido e mostrado bastante a cara, isso sem falar em veteranos que arregaçam as mangas e mostram que possuem muita lenha para queimar, como o ótimo OPTICAL FAZE.

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Usando e abusando de um som pesado e moderno, eles mostram em 'The Pendulum Burns', seu mais novo CD, uma vitalidade e energia ímpares. Aproveitando o lançamento, e com a ajuda da MS Metal Press, lá fomos nós conversar com a banda.

Metal Samsara: Bem, agradecemos pela oportunidade de entrevistá-los, e começamos perguntando sobre o CD novo, 'The Pendulum Burns'. O CD em si abrange algum conceito como um todo? E qual a ideia que quiseram transmitir com 'O Pêndulo Queima' (N. R.: título traduzido)? Aproveitando, qual a mensagem que desejam transmitir com suas letras?

A ideia do pêndulo que queima é a de término de um ciclo ou ressurgimento de outro. O pêndulo se movimenta em ciclos definidos e também simboliza o passar do tempo, as letras falam sobre mudanças internas e externas que alimentam, criam e destroem esses ciclos. Há letras mais introspectivas que tratam da mudança interna mais subjetiva ('Moment of Nothing', 'Mindcage', 'Trail of Blood', 'Carved'), letras que extrapolam o íntimo e partem para um âmbito mais geral da sociedade ('One Way Path', 'Pressure') e as letras que mostram essa mudança no nível externo ao ser humano, indo para o caminho da incerteza e da destruição/renascimento total do externo, do planeta, do universo. Mas tratando tudo como um ciclo, um ciclo que está no fim, o pêndulo está queimando, como se o tempo estivesse se esvaindo. Há uma gradação no disco, as primeiras músicas são sensações e expressões mais humanas de incerteza e inquietação e as últimas são essas representações no universo externo, como se tudo fosse criado e sucumbisse como uma coisa só. Todos subjugados pela inquietude irrefreável do tempo.

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Não há uma mensagem específica, seja ela de cunho político, social ou o que for. É um conceito que está sujeito a interpretações diferentes.

Metal Samsara: 'The Pendulum Burns' teve Rhys Fulber (que já produziu FEAR FACTORY e PARADISE LOST) na produção do disco. Contem um pouco de como foi este processo todo, e como chegaram a essa ideia de ter Rhys na produção? Como pudemos notar, as fases de pré-produção e produção foram bem longas...

Tínhamos acabado o ciclo de divulgação do nosso Single digital 'Black Hole Iris', que foi muito bem recebido. Estávamos felizes, tínhamos visto uma clara evolução da banda como músicos e compositores, mesmo depois de um período difícil entre 2005 e 2009, e queríamos manter esse momento bom, queríamos nos manter motivados. Decidimos gravar um disco novo, mas queríamos sair da zona de conforto e trabalhar novamente com um produtor, já que tínhamos auto-produzido nosso EP 'Riots in the Iris Sea' e o Single digital. Aí eu tive a ideia de mandar material para alguns produtores estrangeiros que gostávamos, pra ver como seria a recepção e se seria viável financeiramente. O Rhys sempre foi nossa opção favorita, e ele gostou do material que mandamos. Então, decidimos fazer nossos esforços pessoais e gravar com ele em Los Angeles. Por pouco ele não veio gravar aqui no Brasil, mas achamos melhor gravar lá.

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A produção do disco durou 35 dias. A pré-produção, incluindo gravação de Demos e tudo mais, durou praticamente 1 ano. O Rhys estava ocupado com a gravação do último disco do FEAR FACTORY, então ele teve pouco tempo disponível pra ajudar na pré-produção.

Metal Samsara: A gravação do disco se deu em Los Angeles, o que deve ter envolvido um belo investimento em grana. Mas ao invés de falar sobre este aspecto, que tal nos contar como foi a experiência de gravar fora do país? Há muita diferença entre o que é feito aqui e lá? E o Rhys pegava muito no pé de vocês? E pretendem trabalhar com ele novamente?

A experiência de gravar fora do país não podia ter sido melhor pelo fato de que passamos mais de 1 mês nos dedicando exclusivamente ao disco. Estávamos no estúdio 12 horas por dia, 6 dias por semana. Quando gravamos aqui em Brasília, sempre há distrações, e o processo se torna mais chato e longo do que o necessário.

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Não há muita diferença na gravação de lá em relação ao que é feito aqui. O estúdio era equipadíssimo, mas compacto e estruturalmente muito semelhante aos bons estúdios do Brasil. O que fez a diferença mesmo foi o know-how do Rhys. Aliás, ele não pegava muito no nosso pé. Na hora de trabalhar, ele sempre leva tudo com muita seriedade, mas passávamos muito tempo conversando e falando merda também. Estávamos preparados pra gravação, então ele não precisou cobrar tanto a gente.

Claro que não temos condições de fazer outro CD da forma que fizemos esse, bancando do nosso bolso e tudo mais. Mas se tudo der certo, em circunstâncias diferentes, planejamos, sim, trabalhar com ele novamente. O cara é bom mesmo.

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Metal Samsara: Além da produção feita fora do Brasil, a masterização de Maor Appelbaum (que já fez trabalhos com SEPULTURA, CYNIC e HALFORD) também é outro grande atrativo. Como foi o contato com Maor?

O Maor foi uma indicação do Rhys. Ele fez um excelente trabalho com bandas que gostamos muito, como CYNIC e SEPULTURA. O contato com ele, porém, foi pouco. Já estávamos no Brasil quando definimos ele como responsável pela masterização.

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Metal Samsara: Ainda falando em 'The Pendulum Burns', o CD tem uma sonoridade vigorosa e moderna, transpirando energia e agressividade, além de ser um trabalho bem atualizado. Acham que ele é o ponto alto da banda, em termos de composição? E como rolaram as participações de Jed Simon (ex-STRAPPING YOUNG LAD) e de Leah Randi (CONJURE ONE)?

Comparando com nosso material anterior ao 'The Pendulum Burns', não há dúvida que ele é nosso ponto mais alto como compositores. Ao mesmo tempo, tenho segurança em afirmar que o virá pela frente será ainda melhor.

A participação do Jed Simon foi sugestão do Rhys. Queríamos fazer um solo naquele pedaço de 'Trail of Blood', mas ainda não tínhamos criado nada. Aí o Rhys mandou a música pro Jed e no outro dia ele já mandou umas 3 opções de solo pra gente escolher. O cara é muito bom.

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Já a Leah, foi sugestão nossa. Precisávamos de uma segunda voz para o fim de 'Never Let Me Down Again' que fosse bem épica e melódica. Sabíamos que a Leah já tinha feito participações em músicas do Paradise Lost e feito excelente trabalho. Ela é mulher do Rhys, sempre tem interesse nos trabalhos dele, então ela topou numa boa.

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Metal Samsara: Olhando para trás, vocês já estão nessa luta há mais de uma década, mas pelo visto, ainda tem muita lenha para queimar em termos de criatividade. Como se sentem sendo 'tiozões' do Metal de Brasília? E nem adianta dizer que não, hehehehehehehe... (N.R.: Se eles são tios, o entrevistador é um avô do Metal, hehehehehe...)

Hahaha, não somos! Ok, somos... Mas realmente nem parece, até pelo fato de termos tido uma carreira tão peculiar, alternando momentos de atividade intensa com momentos de total dormência. Eu entrei na banda com 13 anos. Tenho 27 anos agora. Passei metade da minha vida nessa banda. Os outros estão há ainda mais tempo tocando juntos, e boa parte já passou dos 30. Mas é o que dizem, 30 é o novo 20, hehehe. Temos muita lenha pra queimar ainda.

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Metal Samsara: Bem, o CD já está nas lojas, e vocês devem estar se preparando para uma excursão. Já existem datas fixas, ou tratativas? E algo para o exterior? E já sabem como tem se saído 'The Pendulum Burns aqui e lá fora em termos de venda e feedback de público e imprensa?

Estamos fazendo uma pequena 'turnê' em cidades satélites do DF, que chamamos de "The Capital Burns". Já tocamos no Guará e em Samambaia, e dia 10 e 11 de Maio tocaremos no Paranoá e na Ceilândia, respectivamente. Estamos correndo atrás e aguardando convites pra tocar fora de Brasília, o que será de suma importância pra banda. Quanto a turnês no exterior, não há nada concreto, mas temos planos e já estamos conversando entre nós e com a MS Metal Records pra tornar isso possível.

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A recepção do disco tem sido espetacular. Ainda não lemos uma resenha negativa sequer, todas são extremamente elogiosas e têm nos deixado bem felizes. As vendas do disco têm sido dentro do esperado e as vendas de merch têm superado nossas expectativas. Essa parte, por enquanto, é detalhe. O importante é que as pessoas ouçam o disco e vão aos shows.

Metal Samsara: Algumas pessoas têm atribuído o rótulo de 'Metalcore' à banda. Vocês concordam com isso? E qual é sua visão sobre a música que fazem?

Acho que temos algo de 'Metalcore' no nosso som tanto quanto temos de 'Doom Metal', 'Metal Industrial', 'Prog Metal', entre outros. Se forem nos comparar com bandas que costumam chamar de 'Metalcore', como KILLSWITCH ENGAGE, ALL THAT REMAINS, SHADOWS FALL e coisas do tipo, certamente vão achar mais diferenças do que semelhanças.

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Como consegui viver de Rock e Heavy Metal

Acho que nossa música é Metal, pura e simplesmente. Acho que tentar achar um gênero mais específico é inútil. Todos os nossos lançamentos soam completamente diferentes um do outro, e seguirá sendo assim.

Metal Samsara: Agradecemos demais por sua atenção e paciência, e pedimos que deixem sua mensagem para os leitores e fãs da banda.

Nós que agradecemos muito o espaço! Cada entrevista desta faz toda a diferença. Aos leitores, nosso sincero agradecimento pelo interesse pela banda e por ler essa entrevista! Visitem nosso site – www.opticalfaze.com.br - pra conhecer nossa música e nossa história. Ouçam o 'The Pendulum Burns' e, caso curtam, compartilhem! É disso que uma banda underground como a nossa precisa. Nos vemos na estrada!

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Sobre Marcos Garcia

Marcos Garcia é Mestrando em Geofísica na área de Clima Espacial, Bacharel e Licenciado em Física, professor, escritor e apreciador de todas as subdivisões de Metal, tendo sempre carinho pelas bandas mais jovens e desconhecidas do público, e acredita no Underground como forma de cultura e educação alternativas. Ainda possui seu próprio blog, o Metal Samsara, e encara a vida pela máxima de Buda "esqueça o passado, não pense no futuro, concentre-se apenas no presente".
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