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Blackness: existe sim Thrash Metal na França

Por Vicente Reckziegel
Fonte: Witheverytearadream
Postado em 23 de outubro de 2012

Com um pouco de coincidência até, esta é a terceira entrevista em sequência com uma banda de Thrash Metal, agora vinda de uma banda francesa, numa cena não muito conhecida por nós. O Blackness foi formado na década de noventa e, três discos depois, ainda buscam seu reconhecimento, num país que oferece pouco apoio ao gênero (uma realidade não muito diferente da nossa, mas nesse caso, talvez estejamos até um pouco melhor, ao menos em matéria de público). Realizei esta entrevista com Pedro Ventura (Baixo e vocal), nascido em Portugal, e com o guitarrista Raph Massot Pellet. Confiram o que eles têm a dizer sobre a carreira da banda.

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Vicente - Conte-nos um pouco sobre a longa estrada do Blackness.

Pedro: Olá a todos! Primeiro de tudo, gostaria de agradecer a você por esta entrevista Vicente e seu interesse no Blackness. Para tornar uma longa história curta, Blackness é da "velha escola thrash metal". A banda foi formada em Lyon, na França, em 1994. Depois de duas demos e muitas mudanças na formação, bem como na nossa orientação musical finalmente lançamos o nosso primeiro álbum "Crush ... Unleash The Beast", em 2000, então o nosso segundo álbum "Dawn of the New Sun", em 2002 e, finalmente, nosso terceiro álbum "Stimulation of the Beast" em 2010.

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Em relação à formação atual, que reformamos após uma pausa de quatro anos, ficou com Laurent na bateria, Raph na guitarra e eu no baixo e vocais. Mais tarde, nós adicionamos uma segunda guitarra com Steven. Steven teve uma nova visão positiva sobre o som Thrash Metal do Blackness.

Vicente - No começo, a banda era chamada Death Action. Por que vocês mudaram o nome?

Pedro: No início, tivemos que encontrar rapidamente um nome para a banda, a fim de ser capaz de realizar alguns shows. Nós sabíamos que esse nome "Death Action" era apenas temporário.

Vicente - Em 2010 vocês lançaram "Stimulation of the Beast". Como foi a Divulgação? Quando e onde ele foi gravado?

Pedro: Todo o trabalho deste álbum foi feito no estúdio Noisefirm na França. E foi bastante especial, já que gravamos com um ex-membro da banda, Sylvain, que agora trabalha no estúdio. Sylvain foi naturalmente bem consciente do funcionamento da banda e, acima de tudo, ele soube como queríamos que o álbum soasse. O álbum recebeu críticas muito boas e uma distribuição razoável, mas, infelizmente, não conseguimos um apoio real, visto que este tipo de metal não é muito popular entre o público francês.

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Vicente - E a reação dos fãs foi como vocês esperavam?

Pedro: As reações após o lançamento de "Stimulation of the Beast" foram muito positivas. Nós ganhamos reconhecimento e credibilidade. Pode soar um pouco pretensioso, mas alguns vêem-nos como os embaixadores do Thrash Metal francês. Mas, novamente, o que fazemos não recebe apoio suficiente por causa de nossa orientação musical.

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Vicente - Você gravaram neste CD um cover de "Bark at the Moon", do Ozzy Osbourne. Por que vocês escolheram essa música?

Pedro: O Blackness sempre se sentiu próximo com essas bandas que começaram as coisas há anos atrás e que abriram a portas para muitos gêneros diferentes de metal. Essa é a nossa forma de agradecer a eles.

Raph: Além disso, é sempre divertido de se tentar trazer uma nova visão de um clássico como "Bark", da mesma forma que passamos um longo tempo tocando "Ace of Spades" em "Dawn ...". E no palco sempre agrada a platéia!
Acho que, posso dizer, que esta é a maneira mais engraçada para nós e para o público de coverizar grandes clássicos... De qualquer maneira, eu ainda estou espantado como ninguém pergunta sobre "Nobody Listens", que é na verdade um cover do Bad Religion (risos).

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Vicente - Além disso, vocês lançaram "Dawn of the New Sun" e "Crush ... Unleash the Beast". Conte-nos um pouco sobre cada um.

Pedro: "Crush ...", nosso primeiro álbum oficial, foi lançado em 2000 por um pequeno selo independente francês chamado Thundering Records. 500 cópias do mesmo foram vendidos. Ficamos muito orgulhosos dele naquela época. Mas, mais tarde, decidimos não lançá-lo novamente, porque nós não estávamos tão felizes com algumas coisas: vamos dizer que foi um álbum bom para a época, mas nós pensamos que algumas coisas não envelhecem muito bem!
Nosso segundo álbum "Dawn of the New Sun" foi mais maduro em muitos aspectos. Ele foi lançado em 2002 em uma gravadora maior (Wagram Music) e 1000 cópias foram vendidas. Ele foi lançado novamente quase seis anos mais tarde, porque as pessoas ficavam perguntando por ele. Aproveitamos a oportunidade para acrescentar três faixas bônus, incluindo uma música em português, que é a minha língua materna (eu precisava para agradar a mim mesmo)!

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Vicente - Um novo álbum em breve?

Pedro: Você sabe, tudo está ligado e, como eu disse anteriormente, uma vez que não temos uma verdadeira organização por trás. não temos qualquer compromisso em relação à gravação de novos álbuns. A única regra que queremos seguir é fazer álbuns verdadeiros e honestos, porque nós devemos isso aos nossos fãs. Eles têm sido o nosso único real apoio desde o início. Porque nós não ganhamos nenhum dinheiro com nossa música, nós somos a favor da qualidade sobre a quantidade. Além disso, cada um de nós tem a vida familiar e um trabalho que consome um bocado de tempo. Nós evoluímos muito lentamente em cada composição e levamos tempo para cada novo título. Nós nunca estamos com pressa: pensamos que o Thrash Metal tem que ser feito seguindo as regras dos pioneiros desta arte.

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Raph: estamos escrevendo muita coisa, por isso não será certamente um novo álbum, mas vamos tomar o tempo para escrever e gravar músicas que vai ser um motivo de orgulho. E isso pode levar algum tempo, como estamos bastante exigentes com nós mesmos.

Vicente - Sua música é uma mistura entre o Thrash Metal americano e europeu. Esta é a proposta desde o início do Blackness?

Pedro: Esta questão nunca foi perguntada para nós e nós estamos contentes que você está perguntando isso hoje. E é exatamente isso que nós somos, as nossas maiores influências vêm de Thrash Metal alemão e americano e queríamos ser um combinação de ambos! Nós nem sequer tentamos essa combinação em nossos álbuns antigos, ao contrário do último!

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Vicente - Como é a cena na França para Rock e Metal?

Raph: Bem a França não tem uma cultura rock n roll muito grande, por isso ainda é muito restrita, longe da dominante grande mídia de merda, é claro. Por exemplo, você vê muito pouco de rock e menos ainda de metal em toda TV nacional ou rádio. Isso pode parecer bastante deprimente, como as bandas francesas recebem pouco ou nenhum reconhecimento dentro das nossas fronteiras ... Mas olhando para o lado positivo das coisas, há mais e mais bandas boas lá fora, tudo ficando mais e mais sério sobre a ética do seu trabalho, então eu acho que temos ainda grandes surpresas...

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Vicente - O que vocês sabem sobre Rock e Metal no Brasil?

Pedro: Definitivamente Sepultura! Eles têm um profundo amor pelo Brasil e sempre declara isso durante seus concertos em todo o mundo. Krisiun e Angra também deixaram suas marcas no público francês!

Raph: Ratos de Porão! Krisiun é legal, e eu também me lembro do Sarcofago.

Vicente – Quais são as suas maiores influências?

Pedro: Nossas maiores influências são clássicos do Thrash Metal como Testament, Forbidden, Kreator, Overkill e até mesmo Motörhead!

Raph: Sim, eu poderia continuar por horas com uma lista chata, mas essa é a idéia: thrash metal, rock n 'roll, punk - as influências mais óbvias... Mas nos alimentamos de praticamente qualquer coisa que captamos em nossos ouvidos, e eu gosto de pensar que isso nos dá uma visão diferente sobre o thrash metal, e nos influencia de alguma forma ou de outra ...

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Vicente - Em poucas palavras, o que vocês pensam sobre estas bandas:

Testament, Kreator, Sepultura, Overkill, Motörhead:

Pedro: Para mim, Kreator Testament e Overkill são heróis e, como todos sabemos, verdadeiros heróis nunca morrem! Eu diria que eles são autênticos e bandas de verdade que têm vindo a defender os valores reais de Thrash Metal por anos.

Quanto ao Sepultura, eu tenho sido um fã desde o início, mas acho que algo foi perdido desde o incrível Arise.
E a respeito do Motörhead "Nos somos aqueles que você ama, ou somos os que você odeia.

Nos somos os que estão muito adiantados ou muito atrasados. Nos somos os primeiros e ainda poderíamos ser os últimos. Nos somos o Motörhead - nascidos para chutar sua bunda"

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Raph: Bem Motörhead são os padrinhos. Disse o suficiente (risos) Eu diria Testament Kreator e Overkill são o tipo de bandas que sempre se mantiveram fiéis ao que quiseram tocar, não importando a onda do momento. E o mais recente álbum de todos os três é absolutamente esmagador! Sepultura... Bem, eu simplesmente não consigo descobrir como os caras que escreveram obras-primas como Beneath the Remains e Arise, e fizeram esses poderosos shows ao vivo (Live in Barcelona, cara!) puderam tornar-se no que são hoje, eles agora tocam no Sepultura, Soulfly ou Cavalera Conspiracy. É um pouco triste, mas é o que sei...

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Vicente - Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que conhecem ou queiram saber muito mais sobre a música do Blackness.

Pedro: Nós estamos tão orgulhosos de estarmos sendo lidos pelos puristas brasileiros! Blackness é um pequeno grupo francês, que luta todos os dias para ser reconhecido e por compartilhar seu amor pelo Thrash Metal na esperança de que, um dia, alguns irão dizer "hey, Blackness é uma banda fudida (risos). Mantenham seus valores e cultura musical que é muito mais rica que a francesa. Estou certo de que seria dada uma grande recepção ao Blackness no Brasil!

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Raph: O que eu poderia acrescentar a isto? Obrigado Pelo Seu interesso no Blackness (Nota: essa parte escrita em português, não 100% bem sucedida, mas sincera)!

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Sobre Vicente Reckziegel

Servidor público, escritor, mas principalmente um apaixonado pelo Rock e Metal há pelo menos duas décadas. Mantêm o Blog Witheverytearadream desde Dezembro de 2007. Natural e ainda morador de uma pequena cidade no interior do Rio Grande do Sul, chamada Estrela. Há muitos anos atrás tentou ser músico, mas notou que faltava algo simples: habilidade para tocar qualquer instrumento. Acredita na música feita no Brasil, e gosta de todos os gêneros, desde Rock clássico até Black Metal.
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