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Hyades: Thrash e humor no país do Power Metal

Por Vicente Reckziegel
Fonte: Witheverytearadream
Postado em 17 de outubro de 2012

O Hyades está ai para mostrar que a Itália não vive apenas de Power Metal. Com seu potente Thrash Metal, a banda vem batalhando pelo seu "lugar ao sol". Nessa entrevista o guitarrista Lorenzo Testa fala sobre a carreira da banda, sempre com bom humor e, acima de tudo, extrema honestidade sobre toda a cena musical. Completam a banda Marco Colombo (vocais), Marco Negonda (guitarras), Rob Orlando (baixo) e Rodolfo Ridolfi (bateria).

Bruce Dickinson

Vicente - Conte-nos um pouco sobre os 16 anos de existência do Hyades

Lorenzo Testa - Yeah! Mas, inicialmente eu gostaria de agradecer a você e a todos os metalheads brasileiros pelo apoio! Bem, vou tentar ser conciso, esse tipo de biografia é sempre chata para os leitores (risos)! Nós começamos em 1996, quando éramos muito jovens, cerca de 14/15 anos de idade. Nós começamos como uma banda de puro Heavy Metal, principalmente porque não éramos capazes de tocar mais rápido (risos), assim nós começamos a fazer nossos primeiros shows com covers de Judas Priest, Riot, Savage Grace e coisas assim. Então, nós fomos atualizando nosso som passo a passo, nos tornando uma banda de Thrash Metal, como você pode ouvir em nossos álbuns. Levamos quase nove anos antes de lançar o nosso primeiro álbum. Sendo italianos em uma cena de metal onde a Itália é basicamente conhecida apenas pelas bandas de Power Metal não foi nada fácil. Então, nós gravamos um monte de Demos (algumas boas, algumas lixo total) e então nós escrevemos o nosso primeiro álbum "Abuse Your Illusion", em 2002, mas não foi lançado até 2005, quando saiu pela Mausoleum Records. Felizmente surgimos alguns anos antes da tendência do renascimento do Thrash Metal, então o Hyades foi uma das poucas bandas de thrash que tocava thrash metal old school de uma forma moderna e que não soasse datada. Nós lançamos três álbuns, em poucos anos, percorremos toda a Europa como banda principal ou apoiando bandas lendárias e espalhamos nossa música, graças a uma distribuição muito boa no mundo todo e um contrato de gravação com dois selos diferentes, Mausoleum Records para a Europa, EUA, Austrália, etc, e a Marquee Records para a América do Sul. Estamos muito satisfeitos pelos resultados alcançados! Provavelmente, se nós fossemos dos EUA ou Alemanha tudo seria mais fácil, mas que o mundo saiba que um grupo de italianos pode tocar Thrash Metal e não só a música pop de baixa qualidade.

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Vicente - Vocês lançaram em 2009 seu terceiro disco "The Roots of Trash". Como foi a divulgação do disco? Quando e onde ele foi gravado?

Lorenzo Testa – Nós o escrevemos logo após o lançamento do 2 º álbum "And the Worst is Yet to Come" e gravamos no meu estúdio pessoal. Costumo trabalhar como engenheiro de som e produtor, para que possamos registrar tudo nós mesmos. Em seguida, a versão preliminar do álbum foi para a Alemanha para mixar e masterizar com Andy Classen, um dos meus engenheiros de música favorita de sempre (o segundo é, evidentemente, Andy Sneap), no Stage-One-Studio. Eu não cuidei diretamente da mixagem e masterização, porque quando você trabalha com seu próprio material não é muito justo, é impossível. Você precisa sempre a opinião de alguém que não está na banda e Andy fez este trabalho perfeitamente, escolhendo o som certo para nós. Esse álbum realmente detona, é definitivamente a produção mais impressionante que já tivemos!

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Vicente - E a reação dos fãs foi como vocês esperavam?

Lorenzo Testa - Bem, nós não tínhamos nenhuma expectativa (risos) porque nós apenas tocamos a música da qual gostamos, mas não estávamos interessados em vender toneladas de CDs e fazer dinheiro dele. Você não pode fazer isso hoje em dia e você não pode fazer isso tocando metal. Portanto, nossa meta era e é somente chegar ao maior número de pesssoas possível. "The Roots of Trash" recebeu críticas muito boas e reação dos fãs foi positiva, mas eu não sei se ele vendeu bem, porque ainda estamos à espera de relatórios e royalties da Mausoleum Records, mas nós provavelmente nunca iremos saber. É assim que as coisas funcionam no mundo da música, você sabe. Você toca a música, alguém faz dinheiro com isso.

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Vicente - "The Great Deceit" é uma grande música, Thrash Metal puro. Como foi a composição dessa música?

Lorenzo Testa - Estou feliz que você gostou. É minha canção favorita do álbum. Nós tentamos fazer algo diferente, mais articulada, mas sem perder a nossa atitude e som. Eu acho que nós conseguimos. "The Great Deceit" é uma música que me deixou realmente orgulhoso. Boa letra, riffs, melodias. Escrevi-o, juntamente com Marco (vocal) e ele fez um trabalho muito bom ao escrever suas partes vocais. Elas são cativantes, mas não vulgares ou banais. Eu geralmente não fico 100% satisfeito com as músicas que escrevo e gravo... você sabe, há sempre algo que você gostaria de mudar e gravar de uma forma melhor e diferente. Eu sou um tipo de perfeccionista e isso é muito chato! Mas eu não posso dizer isso de "The Great Deceit". Bem, isso não quer dizer que é a melhor música de thrash da história claro (risos), é apenas uma boa música, nada de novo, nada imperdível, mas uma boa música, yeah!

Bruce Dickinson

Vicente - Qual é a maior diferença entre "The Roots of Trash" e os demais álbuns da banda?

Lorenzo Testa - Uhm ... Eu acho que a produção, certamente melhor. As músicas não estão tão diferentes. Bem, eu quero dizer ... Cada música é diferente da outra, mas elas são no estilo Hyades, nada mais. Você não vai encontrar baladas ou músicas lentas ou merdas assim. Duas guitarras, tambores batendo, um baixo que você não pode ouvir (risos) e uma voz gritando com raiva. Isso é o que você espera de um álbum de Thrash Metal e é isso que nós escrevemos.

Vicente - Um novo álbum em breve?

Lorenzo Testa - Não sei ainda. Tenho que ser honesto. Não sei ainda quando vamos lançar o novo álbum. Depois de "Roots of Trash" fizemos uma pequena pausa nas gravações em estúdio e nós não parávamos de tocar ao vivo. Fizemos três álbuns em sequência e nós não pretendemos gravar um quarto álbum idêntico aos anteriores. A cena Thrash metal está se tornando saturada, há um monte de bandas hoje em dia e nós não queremos ser apenas uma delas. Nós vamos lançar algo novo quando estivermos realmente satisfeitos com as músicas. Nós não temos pressa. Isso não significa que vamos mudar o nosso estilo, somos uma banda de Thrash Metal e vamos tocar Thrash Metal. Mas não queremos apenas gravar um monte de músicas de thrash. Gostaríamos de gravar um monte de grandes músicas Thrash! Algo que você nunca ouviu antes ... Eu não sei se somos capazes de fazê-lo, de qualquer maneira (risos)! Talvez a direção certa é "The Great Deceit" ... quem sabe ...

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Vicente - Vocês já tocaram em quase toda a Europa, com grandes bandas como Onslaught, Tankard, Sinister, até mesmo com a banda brasileira Violator. Como foi essa experiência para vocês?

Lorenzo Testa - Normalmente, cada banda cuida de seu próprio negócio. É triste dizer, mas mesmo quando você divide o palco com outra banda, provavelmente você não vai vê-los até o momento em que entrar no palco. Eles estão fechados em seu camarim, preparando o show e logo após o final do show eles vão dormir no ônibus da turnê. Igual a velhos chatos e aborrecidos! Eu sei que estar em turnê é cansativo, especialmente se você não está mais com vinte anos ... Mas ei, acorda, você está em turnê! Isso é provavelmente o que você sempre sonhou em fazer, portanto aproveite! Enfim, existem algumas bandas que tivemos bons momentos juntos, o Omen e Tankard acima de todos. Nós excursionamos pela Europa com Kenny Powell e Omen e tivemos grandes momentos juntos... Mas a maioria das vezes que tivemos momentos inesquecíveis foi com as nossas bandas de apoio... Adolescentes irresponsáveis tocando e bebendo o mais rápido que conseguem! Nós geralmente gostamos de passar a noite com esse tipo de gente.

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Vicente - Como está a cena na Itália para o Rock e Metal?

Lorenzo Testa - Péssima. As coisas estavam bem poucos anos atrás, mas hoje em dia a cena está em completa decadência. Não existem locais, agentes profissionais, os promotores são estúpidos, não há maneira de desempenhar um bom show e não existem pessoas presentes nos shows, a menos que você seja um nome muito grande, como Metallica ou talvez o Testament. Nós não estamos tocando na Itália no momento. Eu acho que fizemos nosso último show na Itália há dois anos. Sinto muito por nossos fãs italianos, mas preferimos viajar pela Europa e tocar na Bélgica, Holanda ou Alemanha. Na Itália, é ainda difícil de ser pago por um show! E, muitas vezes, só nos oferecem pagar as despesas de viagem...

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Vicente - O que vocês sabem sobre o Rock e Metal no Brasil?

Lorenzo Testa – Para todos os fãs de metal dai, eu conheço um monte de bandas brasileiras. Eu tenho LPs do Vulcano, Sarcófago, MX, Holocausto, Executer. Eu sempre amei a cena thrash metal brasileira... Crua, violenta e rápida! Tivemos também uma gravadora brasileira, por isso muitas vezes tive a chance de ouvir novas versões brasileiras. Somos muito bons amigos do Andralls, uma banda de thrash rápido de São Paulo. Eu consegui alguns shows para o Andralls na Itália e, por vezes, o nosso baixista fez uma turnê com eles como tour manager e roadie. E bem... Eles detonam!

Bruce Dickinson

Vicente - Em poucas palavras, o que você pensa sobre essas bandas:

Anthrax: Scott Ian é um gênio. Eles mudaram totalmente a maneira de tocar e viver o Thrash Metal. Eu sou um grande fã do Anthrax.

Exodus: Uma das minhas bandas favoritas de Thrash Metal de sempre. Infelizmente, eles estão fazendo agora cópias de "Tempo of the Damned". Eu sinto uma falta tremenda de Baloff e Souza nos vocais.

Kreator: Minha banda favorita de Thrash alemão. Cada disco é diferente do anterior. Eu também gosto de Renewal (risos)! Mas, como o Exodus, o último álbum bom é "Violent Revolution", depois eles começaram a refazer sempre o mesmo disco.

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Destruction: Chato. Eu tenho todos os álbuns e fitas demo do Destruction também. Mas eles estão superestimados.

Artillery:
Uhm...Difícil dizer... Provavelmente a minha banda de Thrash favorita de todos os tempos, juntamente com o Exodus. "By Inheritance" é impressionante. Nunca ouvi algo semelhante, antes e depois. Ninguém soa como o Artillery.

Vicente - Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que conhecem ou gostariam de saber muito mais sobre a música do Hyades

Lorenzo Testa - Esperamos tocar no Brasil em algum momento no futuro, é claro! Nós temos um monte de fãs ai, mas como você pode compreender, os vôos da Europa são muito caros, então é difícil encontrar um promotor e pagar os enormes gastos que teríamos. De qualquer forma, continuem a apoiar a cena underground! Você pode encontrar a nossa música na Amazon, iTunes, Spotify, mas também em Torrent e porcarias como essa! Quem se importa com o download. Nós não vamos ser ricos tocando metal, temos que trabalhar duro diariamente para sobreviver. Basta ouvir e apreciar a nossa música, que é a única coisa que nos interessa!

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Sobre Vicente Reckziegel

Servidor público, escritor, mas principalmente um apaixonado pelo Rock e Metal há pelo menos duas décadas. Mantêm o Blog Witheverytearadream desde Dezembro de 2007. Natural e ainda morador de uma pequena cidade no interior do Rio Grande do Sul, chamada Estrela. Há muitos anos atrás tentou ser músico, mas notou que faltava algo simples: habilidade para tocar qualquer instrumento. Acredita na música feita no Brasil, e gosta de todos os gêneros, desde Rock clássico até Black Metal.
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