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Opposite Sides: entrevista com o vocalista Massimo Arke

Por Vicente Reckziegel
Fonte: Witheverytearadream
Postado em 05 de agosto de 2012

Hoje rola a entrevista com a banda italiana Opposite Sides. Uma grande revelação da cena local, pois seu som pesado, mas com diversas influências mais modernas, são um verdadeiro prato cheio para quem curte um Melodic Death Metal. A banda é formada por Andrea Giunchi (Guitarras), Simone Benati (Baixo), Claudio Tirincanti (Bateria) e Massimo Arke (Vocais e Guitarras), que concedeu esta entrevista. Ao final tem o link para escutar duas músicas do disco mais recente da banda "Lost Inside".

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Vicente - Em primeiro lugar conte-nos um pouco sobre os 12 anos de existência do Opposite Sides.

Massimo Arke - No início, quando fundei OS em 2000, nós tocavámos Technical Death Metal no estilo do Death, Pestilence e Atheist só para citar algumas bandas. Gravamos neste estilo uma Promo feita de quatro músicas, intitulado "The Eclipse of Existence". Mais tarde, a música começou a ser mais experimental, incluindo influências provenientes de Rock Progressivo, enquanto os vocais limpos e os sintetizadores foram adicionados para enriquecer o som. O resultado de nossos esforços foi alcançado em 2006, quando gravamos "Soul Mechanics" Mas levou três anos para lançá-lo por meio da Mondongo Canibale Records. Nos últimos anos, o Opposite Sides continuou a evoluir, adicionando sons provenientes de música eletrônica e escrevendo canções mais melódicas.

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Vicente - Vocês lançaram em 2010 seu segundo álbum, "Lost Inside". Como foi a divulgação? Quando e onde foi gravado?

Massimo Arke - "Lost Inside" foi lançado pela gravadora inglesa Rising Records. A promoção e a distribuição foram boas, mas principalmente na Europa. Primeiro as sessões de gravação de guitarra e da bateria começaram em Los Angeles durante o verão de 2008, enquanto "Soul Mechanics" não havia sido lançado ainda. Em seguida, ele foi completado com as letras e gravação dos vocais e, finalmente, mixagem e masterização na Itália em 2009.

Vicente - E a reação dos fãs foi como vocês esperavam?

Massimo Arke - Em geral, a reação foi boa, especialmente para quem não conhecia o Opposite Sides. Apesar disso, pessoas que gostaram do "Soul Mechanics" ficaram um pouco decepcionadas. Pessoalmente, eu não acredito que estes dois álbuns sejam tão diferentes, mas o público que gosta do Metal mais extremo parece preferir "Soul Mechanics". De qualquer forma, a banda nasceu há 12 anos e eu acho que é normal a evolução para um som mais maduro como "Lost Inside".

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Vicente - Para mim, "Still Feel You" é a grande canção do álbum. Quais são suas músicas favoritas no"Lost Inside"?

Massimo Arke - Eu amo "Lost Inside" por inteiro, mas se eu tiver que escolher minhas músicas favoritas são: "Still Feel You", "Kill me Everyday", "Survive" e "It's Up to You".

Vicente – Conte-nos um pouco sobre a gravação e lançamento do "Soul Mechanics"

Massimo Arke - Coletei muitos riffs para compor "Soul Mechanics", mas eu não queria apenas um álbum de Melodic Death Metal. Eu estava procurando por algo pessoal e original. É por isso que eu tentei misturar alguns vocais limpos nos refrões com algum sintetizador para ter um som particularmente frio. Além disso, "Soul Mechanics" é um álbum conceitual sobre a perda da individualidade na sociedade moderna.

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Vicente - A música do Opposite Sides é muito melódica, com muitas partes técnicas e um vocal mais limpo. Esta é a proposta desde o início da banda?

Massimo Arke - Não. Nos primeiros anos as músicas foram arranjadas apenas com vocais gritados. Mais tarde, os refrões com vocais limpos foram adicionados em "Soul Mechanic", enquanto hoje em dia são principalmente vocais limpos, que adicionam um som mais melódico às canções.

Vicente - Claudio Tirincanti ainda está tocando com vocês e na banda do Blaze Bayley?

Massimo Arke - Tocamos ao vivo com o Tirincanti, mas ele nunca gravou nossos álbuns. Hoje ele está sempre em turnê com Blaze Bayley e não é fácil tocarmos juntos.

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Vicente – Hoje em dia como está a cena metálica na Itália?

Massimo Arke - Temos grandes bandas underground em nosso país, mas não é fácil subirem devido a indústria musical. De qualquer forma, existem muitos sites e revistas que fazem todo o possível para apoiar a cena metal italiana.

Vicente - O que vocês sabem sobre o Rock e Metal no Brasil?

Massimo Arke - Quando eu penso sobre o Brasil, a primeira coisa que vem à minha mente é Sepultura ... Que é uma das minhas favoritas banda de metal. Eu nunca estive no Brasil, mas todos os músicos dizem que o pessoal daí é o melhor público, incrível para shows ao vivo.

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Vicente – Quais são as suas maiores influências?

Massimo Arke - Eu realmente não sei quem é a maior, mas eu comecei a tocar guitarra depois de ouvir Led Zeppelin e amar o metal depois de descobrir o Death de Chuck Schuldiner.
Minhas influências estão entre esses "Lados Opostos" (tradução de Opposite Sides) (risos).

Vicente - Em poucas palavras, o que você pensa sobre essas bandas:

Metallica: a melhor (eu fiz o papel de James Hetfield em uma banda tributo chamado Damage Incorporated)
Lacuna Coil: superestimada.
In Flames: esmagadora
Paradise Lost: surpreendente.
Opeth: inacreditável.

Vicente - Finalmente, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que conhecem ou queriam saber muito mais sobre a música do Opposite Sides.

Massimo Arke - Muito obrigado por dar a oportunidade de conhecer o Opposite Sides a todos os headbangers brasileiros. Eu realmente espero que vocês possam desfrutar de nossa música, adicionando desta forma alguns novos fãs do seu belo país. Confiram o site oficial e nossas páginas em redes sociais nos seguintes links:
http://www.oppositesides.com
http://www.myspace.com/oppositesides
http://www.facebook.com/oppositesides

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Sobre Vicente Reckziegel

Servidor público, escritor, mas principalmente um apaixonado pelo Rock e Metal há pelo menos duas décadas. Mantêm o Blog Witheverytearadream desde Dezembro de 2007. Natural e ainda morador de uma pequena cidade no interior do Rio Grande do Sul, chamada Estrela. Há muitos anos atrás tentou ser músico, mas notou que faltava algo simples: habilidade para tocar qualquer instrumento. Acredita na música feita no Brasil, e gosta de todos os gêneros, desde Rock clássico até Black Metal.
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