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Morbid Angel: entrevista com David Vincent

Por Carlos Henrique Schmidt
Fonte: Bravewords
Postado em 22 de março de 2012

David Vincent conversou com a BraveWords.com: "Nossa Criatividade é completamente insana, e por isso há esta Coisa Insanamente Divina (NT.: Illud Divinum Insanus), conhecida como MORBID ANGEL"

Oito anos após o lançamento de seu último álbum álbum de estúdio, o bem-recebido mas pouco expressivo "Heretic", a lenda do Death Metal MORBID ANGEL, finalmente volta com um disco novo e seu primeiro com o vocalista David Vincent, após o "Domination" de 1995. "Illud Divinum Insanus" já provocou uma grande controvérsia entre fãs e críticos pois mostra os mestres da Florida tomando vários desvios inesperados em um novo território musical, mas Vincent conta a história da gênese, gestação e nascimento do novo álbum, e logo se torna-se evidente que a natureza imperiosa do Morbid Angel e o desrespeito às regras vigentes foi completamente revivida e revitalizada...

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BraveWords.com: Você voltou à banda em 2004... O tempo não voa?

David Vincent: "Sim, foi no final de 2004. Foi quase no Inverno, realmente. Foi há alguns anos atrás, com certeza."

BraveWords.com: Obviamente agora as coisas têm evoluído, com um novo álbum e line-up, mas o qual foi a motivação original para se reunir neste momento? Quais foram as expectativas quando você reuniu-se com Trey (Azagthoth, guitarrista) e Pete (Sandoval, bateria)?

Vincent: "Bem, encurtando a história, a banda já estava no fim do seu ciclo de turnês do álbum anterior e por algum motivo eles estavam com alguns shows agendados e sem vocalista. O porquê disso? Realmente não me importa. O importante foi que, eu recebi um telefonema e eles me disseram: "Ei, o que você acha de fazermos alguns shows juntos?" E eu pensei e disse: "Ok , talvez possa ser interessante! Parece legal, o que vai sera?". Então, eles me explicaram e foi isso. Nos reunimos. Não tínhamos tocado juntos desde que saí, mas foi surpreendente a rapidez com que tudo se encaixou."

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BraveWords.com: Foi fácil retornar ao modo Morbid Angel após quase uma década longe da banda?

Vincent: "Bem, eu estava ouvindo algumas das coisas antigas e tentando lembrar "Que diabos eu estava fazendo nessa música?". Haviam alguns pontos onde não lembrava exatamente o que havia sido feito, então, quando todos nós nos reunimos para tocar, eu disse: "Ouçam, se eu sair por um segundo, apenas continuem e eu vou encaixar!", mas tivemos partes que estávamos em dúvida e minhas mãos simplesmente foram ao lugar certo.

Sempre comentamos que independente se estamos ensaiando ou fazendo coisas em casa e tentando reuni-las, que não há substituto que equivalham a 10 minutos ralando na sala de ensaio juntos.

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São dois mundos diferentes. Todo mundo diz, até mesmo o Tim (Yeung, novo baterista do Morbid Angel). Ele diz: "Cara, eu estou aqui ensaiando e suando todo o dia, mas não é nada, quando comparado a todos nos juntos e tocando... ", porque traz a energia extra e soa grande e parece esmagador e, provavelmente, todos forçando uns aos outros a tocar um pouco melhor e mais rápido, e é um grande sentimento, cara."

BraveWords.com: Já se passaram seis anos e meio desde que você voltou, então, quando vocês decidiram fazer um disco novo? Ou foi algo que você queria fazer de imediato?

Vincent: "Bem, não. Nós nem sequer falamos sobre isso até por volta de 2008. Nós tínhamos a primeira música que fizemos, que na verdade é o primeiro single do disco, "Nevermore". Essa foi a primeira música que fizemos juntos e ela veio muito rapidamente e é uma grande faixa, então a colocamos no set e todos os fãs diziam "Sim, isso aí! "então não havia muita pressão externa para que fosse lançado alguma coisa nova. Mas sabe, cara, Aproveitamos nosso tempo. Então nós tivemos os desafios que tivemos com Pete, também... "

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BraveWords.com: O que realmente aconteceu com Pete?

Vincent: "Ele vinha reclamando há anos que tinha dor nas costas e que ele estava machucado e tinha dor na perna e assim por diante. Cara, eu me machuco também, todos nós no machucamos... meu pescoço fica dolorido, as minhas mãos ficam doloridas, meus dedos sangram. São os perigos do trabalho. Não estamos tocando música suave aqui. Mas a realidade de tudo isso veio à tona quando começamos, após a música "Nevermore", a trabalhar em mais algumas faixas e Pete estava com muita dor. Diziámos "Não vamos forçar..." Então, tocávamos por 45 minutos aproximadamente e ele ficava dolorido e eu dizia que "Ok, vamos começar de novo amanhã". Mas no outro dia, 15 minutos depois, Pete estava gritando. Então, eu dizia "Ok, talvez você tirou do lugar alguma coisa. Vamos esperar alguns dias ..." Ele continuou assim por um tempo, até que disse: "Cara, eu tenho que ir e consultar um médico ou algo assim, porque isso esta pior do que já esteve... " Então ele fez alguns raios-X e a ressonância magnética e voltou e disse: "Cara, eu vou ser honesto com você, vocês tem que conseguir alguém para fazer este disco, porque eu simplesmente não posso fazê-lo. Preciso ir fazer uma cirurgia imediatamente e pode ser que eu nunca mais possa tocar bateria novamente. Eu poderei nunca mais andar novamente se eu continuar com isso!" Então nós dissemos: "Cara, faça o que tem que ser feito e nós vamos dar um jeito nisso!" O cara tem sido um amigo, um associado e um membro da família desde 1988. Teríamos que fazer algumas escolhas difíceis, não era algo que queríamos enfrentar. Esperávamos que se resolveria, mas aconteceu. Ele disse: "Olhe para os malditos testes, cara. É isto!"

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BraveWords.com: Então como vocês acabaram escolhendo Tim Yeung como substituto de Pete?

Vincent:.. "Continuando, nós sabíamos que tínhamos que nos mexer, então eu e Trey, começamos a pensar sobre isso. Sabíamos que existiam somente poucas pessoas no mundo que podiam simplesmente entrar e fazer isso. Não é ir para qualquer clube de rock’n’roll e dizer "Ok, você vai fazer! "É uma disciplina adquirida. É muito, muito exigente e necessita de muito trabalho. São anos de prática para desenvolver uma coordenação de alta velocidade e ser capaz de cobrir a história do nosso material, e ainda algumas das músicas novas! Assim, dos poucos da nossa lista restrita, felizmente o Sr. Tim Yeung estava disponível, e ele também tinha interesse . Não houve processo de audição com ele. Sabíamos que ele podia fazê-lo. Ele voou e tocamos algumas músicas. Ele conhecia muito bem o material. Então nós fomos direto trabalhar nas músicas novas. "

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BraveWords.com: Será que isto mudou a compleição das coisas novas, ter alguém que não fosse o Pete tocando bateria?

Vincent: "Bem, você sabe, é estranho Alguém me disse: "Então, Tim agora substituiu Pete..." Bem, Tim realmente não substituiu o Pete. Pete não é uma pessoa substituível porque ele tem um estilo de tocar.. que é particular dele, e nesse mesmo sentido, Tim também tem um estilo muito forte de fazer as coisas, que ele desenvolveu ao longo dos anos, então eles são músicos muito diferentes. Embora ambos tenham características semelhantes, a coordenação de alta velocidade, as suas sensações são diferentes. Tim tem muita experiência com coisas como o jazz, e ele faz um monte de fills interessantes que fomos capazes de fazer bom uso neste disco, por isso há alguns sabores diferentes nisto, mas há também algumas canções diferentes que havia a necessidade de pensar diferente para criar a bateria. Eu ouço o disco e estou orgulhoso de todos, por todo o trabalho que eles fizeram. Tim trabalhou bastante no estúdio e nos shows. É realmente um material de talento. É muito de bom gosto e ele tocou muito. "

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BraveWords.com: É um pouco estranho ouvir outro alguém tocando bateria para o Morbid Angel, mas definitivamente funciona...

Vincent:.. "Eu acho que funciona muito bem e eu não posso imaginar que alguém possa se decepcionar com a bateria neste disco, eu a acho gloriosa, eu realmente acho isso. Ele entrou e fez algo grande, realmente fez. Teve esta canção que ele estava trabalhando e eu filmei e coloquei no YouTube, e é simplesmente ridículo. Foi muito divertido fazer este disco, cara. "

BraveWords.com: Destructhor absolveu-se brilhantemente no novo álbum, mas já houve alguma chance de Erik Rutan (HATE ETERNAL), ser o seu segundo guitarrista para este projeto?

Vincent: "Bem, Erik não estava lá quando voltei. Havia outro guitarrista que a banda tinha por um breve período, que fez a turnê do disco "Heretic". Quando voltei era Trey e Pete, os caras importantes.. . Quando fomos para ir para a Europa houve alguns problemas com o senhor que mencionei antes, então liguei para Erik e disse: "Ei, cara ... " e ele veio. Erik é um grande guitarrista e um grande amigo. Ele é parte da família. Somos todos um bando de incestuosos aqui, entre as bandas, todos se conhecem. Então, de qualquer forma, Erik dizia: "Estou feliz por fazê-lo!". Ao longo dos anos, ele se tornou um produtor muito completo. Ele tem produzido vários discos em seu estúdio, e é um estúdio muito bom também, ao nível de um Morrisound ou outros estúdios de grande porte. Na verdade, ele, literalmente, comprou a máquina de fita de duas polegadas em que o "Domination" foi gravador do Morrisound! Chamou e disse: "Dave, eu comprei a fita do "Domination"!" Eu pensei: "O que diabos você quer fazer isso? Você comprou um barco também? "Ele disse:" O que quer dizer? "e eu disse "Bem, no caso de precisar de uma âncora para isso?" Você sabe, ninguém usa fita mais! Mas de qualquer maneira, temos essa relação e o ponto é que ele é tão bem sucedido fazendo o que ele faz e ele tem sua própria banda, bem como, de modo não é realmente fazer-lhe nenhum favor para mim dizer "Será que você tocaria no Morbid Angel, como um favor?" Obviamente ele é pago também, mas eu não posso competir com o que ele faz, indo tão bem por conta própria . Ele tem sua própria coisa acontecendo agora. eu gosto dele. Ele é um cara divertido, com muita personalidade. Ele mal tem tempo de sair com sua própria banda, porque ele está sempre ocupado em seu próprio estúdio. "

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BraveWords.com: Ele estava envolvido no processo de gravação, no entanto ...

Vincent: "Sim, nós gravamos seis músicas com ele para o nosso novo álbum, apenas a bateria, mas para fazer isso nós tivemos que agendar um tempo (de estúdio) com antecedência! Não podíamos simplesmente dizer "Ei, cara, precisamos vir na semana que vem! ". Ele disse " Que tal na próxima semana e adicionar oito meses para isso? ". É incrível, porque muitos dos grandes estúdios não são tão ocupados por causa de toda a catástrofe com o negócio da música agora, mas Erik está muito bem. De qualquer forma, fiquei feliz que fomos, pelo menos, capazes de trabalhar com ele de alguma maneira neste disco, porque temos muita história juntos. "

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BraveWords.com: Quando vocês decidiram fazer um álbum, você deve ter tido consciência do legado que você tem que você tinha que defender. Os quatro álbuns que você fez primeira passagem pela banda, são reverenciados pelos fãs de Death Metal e todo aquele que ama a banda, então foi uma coisa muito difícil e um grande desafio para escrever um novo álbum, sabendo como as pessoas são inevitavelmente cínicas acerca de qualquer coisa nova?

Vincent:.. "Bem, é claro, mas esse é o ponto. Uma coisa que eu acredito que as pessoas têm procurado no Morbid Angel, é a idéia de desbravar novos caminhos e de ser atípico, longe do que está acontecendo ao nosso redor. Isso é o que sempre fomos e provavelmente mais do que nunca, essa idéia de ter todas essas regras na música, eu não concordo com isso. Nós sempre tentamos forçar as coisas. Obviamente, quando nós lançamos "Altars Of Madness", nós não tínhamos realmente muitos contemporâneos para prestar atenção, para ver o que poderíamos fazer aqui ou ali. Foi uma experiência muito orgânica. Mas quando vamos ao "Blessed (are The Sick) , parece completamente diferente de Altar (Of Madness), sonoramente e na composições.

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Começamos usando um monte de interessantes interlúdios musicais entre as canções para adicionar atmosfera e ambiência para impulsionar a montanha-russa antes do próximo pico, antes de derrubá-lo! E a idéia de criar uma paisagem sonora que não fosse apenas uma música qualquer, mas que era uma encarnação do trabalho. Continuamos com isso no "Covenant" e no "Domination", tendo algumas músicas que eram muito diferentes das outras coisas, e normalmente a poupar alguma despedida completa para a última música, como no caso de "God Of Emptiness" e "Hatework". Haviam algumas coisas nestes discos que eram muito diferentes, então essas foram tipo de início da idéia de forçar e incluir mais do que a nossa definição era death metal ou música extrema era. "

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BraveWords.com: Surpreende a você que muitos fãs prefirem que vocês repitam incessantemente que vocês faziam em 1991?

Vincent:.. "Cara., há várias bandas que olham para essa caixa criativa sendo menores do que nós, mas não aceito isso. Isto não é o que somos. Este é provavelmente o disco mais extremo que já fizemos, e uma de seus extremismos é a diferenças extrema de canção para canção. É uma viagem, mas não é que a luz que acende quando a música começa e desliga quando termina. Há diferentes cores, diferentes matizes, várias coisas diferentes neste monólito diverso chamado "Illud Divinum Insanus", incluindo tudo o que sempre tivemos, as músicas tradicionais do Morbid Angel que são realmente rápidas e agressivas, escalas rápidas e bateria com 260bpm (batidas por minuto). Mas há um monte de outras coisas por lá também. "

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BraveWords.com: O som da guitarra de Trey e o estilo de tocar são incrivelmente distintos, como sempre, mas eu posso ouvir um monte de influência sua neste álbum também, particularmente na parte industrial ...

Vincent: "Não vejo que haja algo que está fora dos limites para nós, se podemos fundí-lo com o que fazemos. Nós assimilamos o clássico no nosso som. Como você chamaria uma música como "God Of Emptiness" ou ".. Hatework? Elas certamente não são death metal tradicional, dentro daquela pequena caixa, tal como definido pelos padrões de hoje. Eu sei que é necessário quando as pessoas fazem entrevistas, eles têm que colocar as coisas em uma caixa para torná-la fácil de descrever as coisas e você tem que contar uma história na imprensa. Mas nenhuma dessas coisas, se for industrial ou hardcore ou algo assim, elas são apenas idéias muito legais. Trey quando veio pela primeira vez com algumas dessas coisas eu estava inacreditavelmente animado, porque parecia tão único para mim e tão diferente. Eu falei: "Fuck yeah! Vamos fazer isso!" e Trey dizia "Sério?" e eu dizia "Sim, absolutamente! O que é preciso para começar? Vamos encontrar uma maneira de fazer isso acontecer! "Eu fiquei encantado com ele. Eu sabia que ia ser muito divertido. Estou muito orgulhoso de todo este material. Ele foi muito acima e além de qualquer coisa. Eu acho que isso alguns das coisas mais brilhantes e geniais que ele já fez. "

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BraveWords.com: Você deve estar ciente de algumas das respostas negativas que algumas das novas músicas tem tido....

Vincent: "Quando você vaza o material na internet, todo mundo tem uma opinião maldita e um monte dessas pessoas não tinham sequer ouvido falar a maldita coisa quando eles começaram a criticar Ok, há algumas canções onde o som da bateria é diferente, mas não é porque eles são programados, é porque nós adicionamos alguns trigger pads no seu kit, e é esta a sonoridade desagradável, grande e distorcida. Mas e daí? Não é que de repente nos tornamos programados, uma banda de Techno-dance ou algo assim. Isso não poderia estar mais longe da verdade. Tudo o que você ouve foi tocado. Cada som da bateria que ouvir foi tocado por Tim e cada guitarra que você ouve, se soar ou não soar como uma guitarra, é uma guitarra e ele foi tocado pelos guitarristas! Não há nada programado nisto. É tudo muito orgânico, uma música extrema grotesca ".

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BraveWords.com: Isso significa que vocês estarão tocando essas novas músicas ao vivo, incluindo o material não-convencional?

Vincent:. "Estamos ensaiando agora, porque temos uma turnê chegando, e a única música que já tocamos juntos como uma banda era "Nevermore". Todas as outras músicas não foram ensaiadas antes do disco ser feito. Nós gravamos a bateria e então começamos a gravar o material em camadas até o topo. Enquanto isso, eu estou decidindo qual a abordagem que eu quero fazer ao vivo, porque eu não considero uma quando eu estou fazendo o outra. Quando eu estou gravando as faixas de baixo, eu gravo o que acho que é apropriado, e então quando eu estou fazendo vocais, eu gravo a voz e, por vezes, os dois não se encaixam tão facilmente na prática, e eu tenho que pensar nisso de forma diferente. Eu estou me esforçando e nós estamos tentando descobrir como será o set ao vivo, porque, obviamente, estamos todos ansiosos para tocar o material novo. "

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BraveWords.com: A música mais controversa do álbum, de alguma maneira, é "Radikult" ... você se sente na obrigação de tocar que algo assim viver para enfatizar o ponto que essas novas idéias são partes integrantes do que você estão fazendo agora?

Vincent: "Escute, nós vamos tocar algumas coisas novas ao vivo. Eu quero, nós todos queremos e por que não? Eu estaria perfeitamente à vontade de sair e tocar todo o álbum ao vivo, em ordem, porque me sinto muito impressionado com ele . Mas é um disco diverso e não vejo que há uma falta de qualidade ou integridade de qualquer coisa neste disco. Se há algo, este disco tem mais personalidade e mais profundidade da alma do que qualquer outra coisa que eu ouvido durante anos. Obviamente, eu sou subjetivo, mas eu não meço palavras também. Estou muito, muito orgulhoso deste disco e eu estou orgulhoso de todos os caras, eu tenho orgulho de nossa gravadora, eu tenho orgulho da nossa administração e eu estou contente que ele saiu deste modo, tudo nele. A qualidade sonora do mesmo, não há nada como ele. soa realmente grande, cara. Quando eu o escutei no estúdio, é grandioso."

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BraveWords.com: Sean Beavan mixou o álbum. Como foi que a colaboração surgiu?

Vincent: "Sean não é o que eu chamaria de um cara do metal extremo. Ele fez um disco com o SLAYER e algumas coisas de soft rock, mas a maior coisa que ele já fez foi o "The Downward Spiral" do Nine Inch Nails. Sendo ou não sendo um fã de Trent Reznor, ninguém pode dizer que aquele cara não vai em todas as direções e cada música é diferente, com diferentes instrumentos e todos os tipos de coisas loucas, então quando Sean ouviu este disco pela primeira vez, quando começamos a falar de fazer o disco com ele, ele falava "Isso é muito, muito interessante!" Ele realmente gostou de trabalhar nele. Ele disse: "Eu não tinha tanta diversão trabalhando em um disco há tempos e isso é ótimo!". Nós realmente nos afastamos do processo de mixagem. Tivemos algumas idéias e do material queria fazer a sua parte. Isso foi o que dissemos, "Não se preocupe em fazer uma música soar como a próxima... só permita que cada uma delas tenha personalidade que ela naturalmente quer! "E cara, e ele saiu, e é simplemente poderoso, cara. Realmente poderoso. Novamente, ele não soa como qualquer um desses outros discos que eu ouvi nos últimos tempos."

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BraveWords.com: Da perspectiva de um fã dedicado, ele é incrivelmente refrescante ouvir um álbum que faz mais do que simplesmente entregar o que é esperado ... embora, evidentemente, nem todo mundo compartilha minha visão sobre isso!

Vincent: "Nós podemos fazer praticamente qualquer coisa que nós queremos. Eu estou cercado por pessoas bastante talentosas. Nós poderíamos fazer isso, poderíamos tocar tão rapidamente como nós já o fizemos, mas há muita coisa lá fora e nós quisemos adicionar mais ao nosso paladar. Nós não queremos reduzir o que fazemos. Nós não queremos minimizá-lo, queremos maximizar. Descobrimos novas maneiras de adicionar a essa coisa monolítica chamada música extrema, essa coisa chamada Morbid Angel. Sem mencionar quaisquer nomes, eu ouço um monte de discos onde você poderia ter algumas músicas de cada banda e trocá-los e você nunca saberia. As coisas soam muito similares para mim hoje em dia, e é meio genérico e é isso que esta acontecendo com algumas dessas bandas. Nós nunca pensamos dessa maneira, de modo que parece estranho para mim. Há que coisas lá fora e há pessoas que fazem isso e eles fazem isso bem, mas isso não é quem somos, para melhor ou para pior. "

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BraveWords.com: Em termos das letras, como você aborda as coisas neste momento? Quer dizer que você pegou de onde você parou ou este é um início para você?

Vincent: "Início? Não. Ficar maior? Sim. É tudo muito pessoal e tudo fluiu. Eu não lutei com qualquer um deles. Saiu rápido e conciso. A mensagem da banda nunca mudou, desde o início dela. Tudo o que dissemos forçou as pessoas a pensarem fora da caixa e serem mais poderosas, para ganhar poder e sabedoria, para evoluir e para evitar coisas que iriam sufocar o espírito ou a criatividade ou o pensamento, fosse isso uma religião organizada ou o governo ou qualquer coisa que pudesse ficar no caminho de alcançar o máximo e elevado potencial. Essa é a mensagem subjacente que sempre tivemos. Agora há muitas maneiras diferentes de abordagem que seja através de coisas religiosas, coisa horríveis, coisas mais diretas, coisas menos diretas. Mas a mensagem da banda é forte, alta e clara. É sobre ter a confiança necessária para se levantar e dizer "Fuck yeah! Estou orgulhoso de pensar fora da caixa e eu estou orgulhoso de todos os outros que faz bem ... "É um grupo de elite de pessoas e mais as pessoas que encontrar o caminho para isso, o melhor! As pessoas têm que encontrar seu próprio caminho e vou sempre incentivá-los."

BraveWords.com: E sobre o título em si? Obviamente, ele tinha que começar com um "I", porque você tem uma regra para obedecer lá ...

Vincent:.! "Bem, espere um segundo, isto foi algo que nós começamos, eu não sei se qualquer outra banda que usou o alfabeto e se há uma, eles estão nos copiando. Mas eu estava pensando comigo mesmo: "Bem, todo mundo espera que ele inicie com um "I" e em qualquer outra situação seria uma boa razão para não fazê-lo, mas você só tem uma oportunidade de quebrar a continuidade. E eu não sinto que ela deva ser quebrada. Conversamos sobre isso e pedi a todos e todos disseram: "Não, vamos continuar com isso". O significado por trás do título, ou o meu sentido mais profundo, pelo menos, é que eu acredito que a criatividade é algo divino e isso só acontece porque nossa criatividade é completamente insana, e por isso há esta Coisa Insanamente Divina (NT.: "Illud Divinum Insanus") conhecida como Morbid Angel. "

BraveWords.com: Adiante de todos os seus desvios controversos, "Illud Divinum Insanus" soa muito parecido com uma celebração de tudo no qual a banda tem se destacado ao longo dos anos. Foi esta a intenção?

Vincent:.. "É assim que eu estou vendo isso também. Eu não estou brincando quando digo que estou honrado de estar cercado por tais pessoas incrivelmente talentosas. Não apenas a banda, mas a nossos empresários, que são os mesmos que tive desde o início. E também a nossa nova gravadora, eles têm uma visão artística tão incrível, que é como uma lufada de ar fresco, especialmente com o estado atual da indústria da música. Seja lá o que é que queremos fazer, eles dizem "Sim, cara, vamos encontrar uma maneira de fazê-lo ... " e que é tão refrescante. A relação está em sua infância, mas eu honestamente não poderia estar mais feliz. Eles têm um forte investimento neste projeto, mas não é só isso. São pessoas divertidas e entendem. "

BraveWords.com: Você vê isso como o início de um novo capítulo? Você já pensou sobre o próximo álbum?

Vincent: "Honestamente, agora não há nada em minha mente além de sair e ser capaz de compartilhar todas essas coisas novas com as pessoas. Temos músicas novas, mas não estamos falando sobre isso ainda. Temos idéias e todos os tipos de novo.. material. Nada substitui nada, só acresce ao que fazemos.

Fazemos coisas que são inesperadas, e sempre fizemos isso, então eu acho que é esperado que façamos o inesperado, mas quando fazemos coisas que atigem as pessoas como sendo um tipo tradicional de coisa, nós estamos apenas adicionando coisas e nós não estamos tirando nada. Temos muitas coisas para escolher, e nós sempre queremos forjar novos caminhos. Isso é o que é a verdadeira arte. Quando você está inspirado para fazer algo, você o faz e os preconceitos que se danem! "

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Sobre Carlos Henrique Schmidt

Graduado em Computação e Administração, a paixão pela música pesada surgiu nos primeiros anos da adolescência e permanece até os dias de hoje. Apesar da preferência pelos estilos mais x-tremos da música pesada (Black, Death, Grind), o seu universo musical não limitado por estes rótulos, mas pelo que a música em si transmite.
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