RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Os melhores álbuns de 40 anos atrás, segundo a Kerrang!

Os três solos de guitarra no Metallica que são motivo de orgulho para Kirk Hammett

John Lennon, dos Beatles, era um dos heróis de Joey Ramone

Black Sabbath ganha mural grafitado em sua homenagem e Geezer Butler reage

Cinco músicas de bandas de Heavy Metal que exploram a vastidão do cosmos

Ex-vocalista do Pantera conta como soube do assassinato de Dimebag Darrell

Os melhores riffs de todos os tempos, na opinião do guitarrista Zakk Wylde

A primeira banda prog que deixou Phil Collins de queixo caído; "Nada igual na época"

O elogio de Júnior, ex-jogador do Flamengo, a um disco de Renato Russo

Deep Purple anuncia box-set super deluxe de "Made in Japan"

Rob Halford cortou relações com músicos do Judas Priest quando deixou a banda em 1993

Para Andre Matos, Shaman poderia ser maior que o Angra

Cinco datas que ficaram marcadas para sempre na história do Metallica

O almoço que mudou tudo para o Black Sabbath; "Todo mundo pirou"

Regis Tadeu comenta o problema das letras de Renato Russo; "poeta de cursinho pré-vestibular"


Stamp

Calvary Death: "Que o Metal não seja apenas música..."

Por
Postado em 30 de maio de 2010

Ainda que nunca houvesse encerrado suas atividades, o mineiro Calvary Death demorou 15 longos anos para liberar seu segundo disco. Mas a demora compensou, pois o trio formado por Ruddy Souza (voz e baixo), Roberto Antunes (guitarra) e Marco Túlio (bateria) fez de "Serpent" uma gratificante aula de Death Metal, mas elaborado com uma brutalidade e harmonias tão surpreendentes que tornam sua música um tanto quanto singular.

O Whiplash! conversou com Ruddy, que se revelou um headbanger dono de uma respeitosa atitude para com a cena nacional. Nas linhas a seguir o leitor conhecerá um pouco da história deste pioneiro que é o Calvary Death, além de mais informações sobre seu novo disco, que está chegando ao mercado nacional via Cogumelo Records.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Whiplash!: Saudações, pessoal! O Calvary Death é um veterano que começou suas atividades no distante ano de 1987. Era uma época em que o Heavy Metal made in Brazil estava começando a dar seus primeiros passos. Como foi o início de sua trajetória, quando ainda se denominavam Túmulo de Ferro?

Ruddy: Eu vinha da banda Hedam, que montei na minha cidade natal; Roberto e Vinício haviam deixado o Sepulcro aqui em Itaúna. Nos conhecemos e então fizemos o Túmulo de Ferro, juntamente com o batera Cesar. Tivemos um grande impulso na época, pois aqui em Itaúna a cena estava se fortalecendo. Aqui teve um show do Sarcófago, era um baile de formatura e foi uma loucura, pois os formandos, inclusive as mulheres, saíam com seus vestidos longos e brancos pegando fogo, pois no palco havia tochas e fogo para todo lado durante a apresentação. Daí só pôde ter show de Metal no local depois de 10 anos, mas sempre estamos fazendo eventos underground por aqui.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Whiplash!: Em 1993 o Calvary Death saiu de sua cidade natal, Itaúna (MG) para tentar a sorte em São Paulo. Um passo considerável, mas que infelizmente não rendeu os devidos frutos. O que realmente não deu certo na capital paulista?

Ruddy: Quando fui para São Paulo, fui com muita garra, pois sabia das dificuldades da cidade grande. Da banda, foi comigo somente o guitarrista Vinicio, o qual não conseguiu ficar. Passei a ensaiar com o pessoal da banda Messing, o pessoal pegou as músicas rápido, mas o local ficava a umas três horas de Santo André, que é onde eu morava. Tive contato com algumas gravadoras, mas eu já era casado e tinha filhos que estavam em Minas. Foi ficando difícil e acabei voltando para Itaúna, onde moro, próximo a Belo Horizonte.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Whiplash!: De qualquer forma, em 1994 vocês liberaram "Jesus, Intense Weeping", que teve uma aceitação que alcançou o mercado europeu. Qual a sensação de estrear em disco depois de tanta luta, inclusive sendo uma das primeiras bandas do interior de Minas Gerais a conseguir projeção nacional?

Ruddy: Quando cheguei a Minas eu percebi que, se tivesse a mesma convicção, poderia também achar quem pudesse lançar o que tinha em mãos. O movimento Metal na cidade da época crescia, e encontrei o Tarciso (guitarra), Rogério (baixo) e Mercio (bateria). Assinamos com o selo Cogumelo Records e lançamos o "Jesus, Intense Weeping" em LP, e com poucos dias de lançamento tivemos contato do selo europeu Osmose Records, que gostou e pediu que o fizéssemos em CD. Daí partimos para o estúdio e gravamos cinco faixas bônus e por lá foi relançado em CD. Tudo isto nos foi grandioso, principalmente para mim, que estava amargurado por encontrar muita dificuldade, e ali estava eu, agora relaxando de mais uma tarefa... E muitas outras viriam.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Whiplash!: Como foi dito, "Jesus, Intense Weeping" teve ótima repercussão. Mas o que aconteceu depois disso? Seu próximo registro foi uma demo, que somente chegou ao público em 2001...

Ruddy: Então, quem se propõe a estar numa banda tem que ter garra, e não é isto que acontece com todos. Não são todos que falam a mesma língua durante a jornada, músicos acabam saindo e as composições se atrasam. E morar no interior se torna muito difícil para encontrar substitutos. O tempo passa rápido, por isto o atraso.

Whiplash!: Considerando que seu segundo álbum, "Serpent", está chegando ao mercado agora, como você define a evolução do Calvary Death como banda? Existem diferenças entre este novo disco e seu antecessor?

Ruddy: Seguimos com o mesmo propósito, mas acaba tendo uma diferença, pois se passaram 15 anos. Existe uma evolução, conhecimentos de estúdio, instrumentos que acabam deixando a música mais rica e definida... O "Serpent" é cru, pesado e brutal; o antecessor é brutal e mais sujo, chegando mais ao Black. Vejo os dois álbuns dentro do propósito da Calvary Death.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Whiplash!: "Serpent", "World Of Nobody" e "Could Be The Human Race In Fall" são algumas das excelentes canções que fazem parte do repertório do novo álbum. Vocês são amigos de longa data... Como rola o processo de composição?

Ruddy: Somos amigos há longos anos. O Tarciso fez grande parte das músicas do primeiro álbum e também fez no disco novo, "Serpent", mas não tocou nele. Estamos sempre em contato e fazemos músicas, juntos ou individualmente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6

Whiplash!: A versão nacional de "Serpent" está chegando ao mercado nacional através da Cogumelo Records. Mas como rolou a transação com o selo norte-americano Relapse Records? Em função disso, há chances de tocarem no exterior?

Ruddy: Então, este contato foi feito pela Cogumelo, que é nosso selo brasileiro. Lá fora tem a Relapse, que também o distribui e tem sido muito bom, pois já estamos tendo respostas positivas do CD. Os brasileiros que adquirem lá, pelo selo Relapse, passam a se comunicar conosco. Então é muito prazeroso ter resposta de seu trabalho também fora de seu país, nos dando a oportunidade até de tocar por lá.

Whiplash!: Falando em shows, em abril vocês tiveram a oportunidade de tocar com o Marduk, banda com muitas histórias e fãs fiéis. Como foi essa experiência? E a reação do público à música do Calvary Death?

Ruddy: É a segunda vez que estamos tocando com Marduk, pois em 2006 tocamos com a banda em Brasília (DF). Sempre é bom poder estar tocando com bandas maiores, pois é uma experiência tocar com melhor equipamento, a casa sempre é com melhor estrutura e, logicamente, tem um público maior e sempre acontece algo mais especial.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal

Whiplash!: Vocês ajudaram na construção do underground nacional. O que podem dizer sobre a atual cena da música extrema? Muita coisa mudou desde os anos 80, e parece haver certo conflito entre gerações, em especial no que diz respeito à atitude do público e até mesmo das bandas envolvidas.

Ruddy: Quando se fala de época e atitude com alguém que também acompanhou o crescimento da cena Metal... Hoje falta muito a real atitude de ser Metal. Queremos ver uma cena mais unida, pois o público brasileiro ainda é carente de ídolos, só se lota uma casa de show quando tem banda gringa. É preciso olhar mais para a cena brasileira, que nunca deveu em qualidade às bandas de qualquer parte do mundo. Sei que tem o pessoal que sempre defendeu o underground e sempre esteve firme, mas é preciso de mais produtores que apostem na cena nacional, com ambas as partes trabalhando sério, pois o Metal é uma Arte sincera!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
publicidadeThiago Feltes Marques | Marcelo Matos Medeiros | Glasir Machado Lima Neto | Felipe Pablo Lescura | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |

Whiplash!: O Calvary Death ultrapassou sua segunda década com um excelente disco. Quais são os planos para o fututo?

Ruddy: Nosso propósito é manter a banda sempre na ativa, pois, apesar de ter apenas dois álbuns, temos o conhecimento do Metal e o vivemos. Queremos sempre estar compondo e gravando nossas músicas e mostrando aos nossos fãs, que são a nossa grande resposta.

Whiplash!: Ok, pessoal! O Whiplash! agradece pela entrevista. Qualquer coisa que vocês queiram adicionar, vão em frente!

Ruddy: Um grande abraço ao mundo Metal e à cena nacional, que sempre nos dá resposta a cada trabalho realizado. Que o Metal não seja apenas música, mas uma forma de vida para todos. Obrigado pela entrevista e que mais realizações venham a acontecer a todos nós!!!!!!!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Contato:
http://www.calvarydeath.co.cc
http://www.myspace.com/calvarydeathbr

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Manifesto 2025


publicidadeThiago Feltes Marques | Marcelo Matos Medeiros | Glasir Machado Lima Neto | Felipe Pablo Lescura | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Ben Ami Scopinho

Ben Ami é paulistano, porém reside em Florianópolis (SC) desde o início dos anos 1990, onde passou a trabalhar como técnico gráfico e ilustrador. Desde a década anterior, adolescente ainda, já vinha acompanhando o desenvolvimento do Heavy Metal e Hard Rock, e sua paixão pelos discos permitiu que passasse a colaborar com o Whiplash! a partir de 2004 com resenhas, entrevistas e na coluna "Hard Rock - Aqueles que ficaram para trás".
Mais matérias de Ben Ami Scopinho.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS