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King ov Hell: "Gorgoroth não é sobre libertação gay"

Por Emanuel Seagal
Fonte: Blabbermouth
Postado em 04 de março de 2009

O webzine belga Rock 'N Balls entrevistou em março de 2009 o baixista King ov Hell, do GORGOROTH, que falou sobre a disputa pelo nome do grupo e a homossexualidade de Gaahl.

Rock 'n Balls: O GORGOROTH é tradicionalmente visto como o portador da bandeira do "true" black metal então eu fiquei um tanto surpreso ao ver vocês em turnê com o CRADLE OF FILTH, que é uma banda que normalmente tem sido descrita como black metal "comercial". Como você se sente sobre esta associação de ambas bandas? Como este projeto aconteceu?

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King: "Nós nunca tocaríamos um show com outra banda se levássemos em consideração que nós seríamos associados a sua música ou filosofia. Nós representamos o Gorgoroth e ninguem mais. Nós temos nossa própria agenda. O Cradle of Filth não reflete nenhum aspecto do que representamos. Eu não tenho nada mais em comum com o Cradle of Filth do que com o Darkthrone nesse aspecto. Com isso dito, eu pessoalmente me relaciono bem com Dani Filth e o restante dos membros do COF. Eu tive a possibilidade de conhecer sua música melhor nesta turnê do que sabia antes dela. Eles são mais profissionais e trabalhadores do que a maioria das bandas com as quais fizemos turnês no passado".

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Rock 'n Balls: Nos últimos anos, Gaahl se tornou muito importante no cenário black metal. O quão próximos vocês são?

King: "Nós costumávamos ser mais próximos. Nós não compartilhamos muitos interesses. No entanto eu passei mais tempo com ele do que a maioria das pessoas, então acho que nos conhecemos razoavelmente bem por causa disso. Eu vivo sozinho e ele tem seu próprio quarto aqui que ele pode usar quando está em Bergen, mas nós raramente acabamos indo aos mesmos bares. Nós temos um entendimento mútuo da arte que estamos criando juntos. Somos muito diferentes como pessoas, mas acho que quando combinamos nossas diferentes qualidades, algo único acontece. Eu tenho um temperamento muito pior e fico mais irritado com o que me cerca mais rápido do que ele. Ele é muito mais calmo".

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Rock 'n Balls: Gaahl recentemente assumiu que é homossexual, o que é (eu acho) a primeira vez que acontece na cena black metal! Você sabia disso há muito tempo? Qual sua opinião a respeito deste assunto? Eu fiquei bastante espantado de ver principalemnte reações positivas a esta notícia, o que você acha?

King: "Gaahl é um personagem estranho. Durante anos ele disse ser assexuado, e então ele aparentemente mudou suas preferências sexuais. Eu não tenho opinião alguma sobre este assunto, e estou mais espantado que as pessoas realmente tenham alguma opinião sobre isso. Eu nunca me interessei pela telenovelas também então isso talvez possa explicar minha falta de interesse. Gorgoroth não é sobre libertação sexual. Independente do que Gaahl fizer na sua vida pessoal a respeito de sua preferência sexual, isto reflete no Gorgoroth tanto quanto eu ser heterossexual... isso não existe. Eu, no entanto, apoio indivíduos caminhando em seu próprio caminho sem se importar com o que os outros irão pensar sobre o caminho que escolheram; os outros sendo representados por Cristãos ou uma homofóbica cena black metal. Ambos são insignificantes fatores que devem ser esmagados caso tenham a intenção de causar algum dano".

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Rock 'n Bals: Como está a disputa legal com o (guitarrista afastado) Infernus sobre o nome da banda? Eu li que ambas partes foram a corte recentemente, não é? A corte já deu a decisão?

King: "O veredito não foi dado ainda, apesar que eu acho que terá sido dado quando você publicar esta entrevista [nota: até então nenhuma decisão foi anunciada publicamente ainda]. Eu acho que os argumentos de ambos lados ficaram bem claros e sem drama. O juiz parecia ser uma pessoa inteligente e estou confiante de que seu veredito será baseado na razão. Eu entendo os motivos do Infernus lutar pelos seus direitos, mas esta também é uma banda na qual trabalhei 8 horas por dia em todos níveis desde 1999. Eu fiz tudo praticamente sozinho. Gaahl tem estado no Gorgoroth desde que ele tinha 22 anos e logo ele terá 34. É simplesmente um conflito de interesses. A banda foi feita de três pessoas muito egocêntricas que não cedem e com uma forte força de vontade. Independente do que acontecer ao nome no fim das contas, estou certo que nem Infernus ou nós iremos encontrar dificuldades em criar arte no nível que temos no presente".

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Rock 'n Balls: Independente da decisão judicial será finalmente o fim de todo o assunto? Ou a parte que perder ainda tem a chance de apelar?

King: "Não estou certo do que acontecerá se perdermos. Nós podemos apelar, mas há também a questão de quanta energia queremos gastar nessa questão. Não é tão importante para mim. Mas eu acho que o Infernus fará uma apelação".

Rock 'n Balls: Eu suponho que Gaahl e você tenham pensado sobre a possibilidade de perder o caso. Se isso acontecer, você tem uma idéia de como irá chamar a banda? Vocês registraram o nome "The Force Gorgoroth": seria esta uma opção?

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King: "Nós pensamos em usar 'The Force Gorgoroth' até o veredito ser dado. Isso foi para honrar um dos desejos de Infernus. Não sei que nome usaremos para nossa arte se perdermos. Eu acho que todos estão a par que eu e Gaahl continuaremos e levaremos conosco o que fizemos no Gorgoroth, não importa que nome usemos no futuro. Nós tocaremos músicas que fizemos no Gorgoroth, com a produção e imagem que criamos no Gorgoroth, nos discos e ao vivo no futuro".

Rock 'n Balls: Foi dito que você registrou o nome GORGOROTH sem o conhecimento de Infernus. Isso é verdade? Caso sim, foi porque você planejava afastar Infernus da banda há algum tempo?

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King: "Nós sabíamos que provavelmente não trabalharíamos mais com Infernus para um novo disco já em 2006, quando fizemos 'Ad Majorem Sathanas Gloriam'. A decisão final foi tomada no verão de 2007, eu acho. Nós discutimos muitas formas de tratar isso, até pensamos em lançar 'Ad Majorem Sathanas Gloriam' com outro nome em 2006. No final das contas nós decidimos continuar com o nome Gorgoroth, mas sem Infernus. O pensamento de sair da banda para ele naquele momento poderia ser o fim do Gorgoroth, aos meus olhos. Então não foi uma decisão difícil de ser tomada. Fazer esta mudança na formação envolve mais pessoas do que os membros da banda. Envolve management, gravadoras, agências de shows, companhias de endorsements, etc. Para assegurar nossos interesses tivemos a ajuda de pessoas na indústria com o know-how de situações como esta. Eles registraram em meu nome. Foi apenas algo aleatório que não foi o nome do Gaahl colocado ali. Ambos estamos no papel agora. De qualquer forma... isso é entediante e não é importante. O registro não significa nada agora. Está tudo nas mãos do juiz em dar o veredito nessa questão, e não será baseado em quem foi o primeiro a registrar. Eu seriamente não entendo que alguem tenha interesse em tudo isso. Eu mesmo estou cansado disso e isso diz respeito a minha vida. Pensar que alguem ache isso interessante para mim é totalmente absurdo".

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Rock 'n Balls: No início Infernus disse que a banda se separou: este foi o caso em algum momento? Ou foi apenas porque ele não sabia suas intenções ainda.

King: "Não sei o que ele estava pensando. Nós o informamos que decidimos chutá-lo da banda. Nós nunca vimos isso como uma separação. Nós continuamos sem ele por 18 meses até agora. Nós sentimos que estamos no caminho certo para sermos capazes de apresentar nossa arte em sua verdadeira forma agora. Nós temos as pessoas certas trabalhando conosco, e estamos agora em posição de atingir as pessoas com nossa mensagem de uma forma mais massiva do que nunca. Todos falsos deuses terão seu fim".

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Rock 'n Balls: Com tudo isso que aconteceu (e ainda pode acontecer), Gaahl ou você se arrependeram de suas decisões? Poderia haver uma outra forma de tratar isso?

King: "Não me arrependo de nada, mas eu não tinha idéia de que tudo isso tomaria tais proporções como tomou. Eu pensei que haveria alguns tumultos por alguns meses. Eu estava muito errado neste aspecto. Isso vem acontecendo por quase 18 meses. Estou feliz que está quase acabando. Estou cansado de toda conversa e pessoas tendo opiniões em assuntos que eles absolutamente não sabem de nada. Infernus, Gaahl e eu todos concordamos que isso é um assunto no qual temos opiniões e interesses diferentes. A situação não é tão dramática quanto parecer ser nas revistas. É tudo notícia antiga de qualquer forma, apenas reciclada. Eu acho que a maior parte das pessoas já está entediada de ouvir sobre essa disputa. Eu sou uma delas, com certeza".

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Para ler a entrevista completa (em inglês) acesse este link.

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Sobre Emanuel Seagal

Descobriu o metal com Iron Maiden e Black Sabbath até chegar ao metal extremo e se apaixonar pelo doom metal. Considera Empyrium e X Japan as melhores bandas do mundo, Foi um dos coordenadores do finado SkyHell Webzine, escreveu para outros veículos no Brasil e exterior, e sempre esteve envolvido com metal, seja com eventos, bandas, gravadoras ou imprensa. Escreve para o Whiplash! desde 2005 mas ainda não entendeu a birra dos leitores com as notícias do Metallica. @emanuel_seagal no Instagram.
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