Metallica: "curioso pelo próximo álbum", diz terapeuta
Por Douglas Morita
Fonte: Metallica Remains
Postado em 22 de setembro de 2008
Peter Rugg da revista The Pitch entrevistou recentemente o ex-terapeuta do METALLICA, Phil Towle (que aparece em diversos momentos no documentário "Some Kind of Monster", de 2004).
The Pitch: Qual é seu relacionamento com a banda atualmente?
Phil Towle: "Eu sou amigo dos membros da banda. Eu falei com Lars [Ulrich, bateria] alguns dias atrás e nós mantemos em contato. Não há contato profissional nesse momento".
The Pitch: Quando você começou a trabalhar com o Metallica, você disse que os resultados não seriam vistos até o próximo álbum. Agora que você está ouvindo o novo álbum, quais são os resultados?
Phil Towle: "Eu acho que eles estão em melhor forma para ter criatividade com sucesso. E a música soa como isso para mim. Eu sinto o poder deles. Eu sinto a confiança deles. Eu não os sinto como tentados. Eu sinto que eles estão fortes em sua mensagem musicalmente e liricamente. É tudo visceral para mim. Eles parecem que estão se divertindo e fazendo algo que gostam uns com os outros. Para mim, parece que eles gostaram desse projeto e gostaram de tocar esta música, e eles fizeram um bom trabalho".
The Pitch: Onde está a banda psicologicamente, comparado com onde ela estava quando você a encontrou?
Phil Towle: "Eu sinto que onde nós estávamos antes era em um processo de construção. E há um grande prazer que alguém pode ter na fase de reconstrução. Mas é diferente, como se você estivesse construindo uma casa e você começa a ver a fundação, e enquanto você reconstrói em vários estágios diferentes você aprecia o que foi feito, e no final, o produto final é o que eles estão celebrando mais agora. Eles estão celebrando o que eles foram capazes de fazer. Embora eu esteja curioso para ver o que eles irão fazer no próximo álbum".
The Pitch: Com times de futebol americano, você pode medir o sucesso em jardas ganhas e troféus do Super Bowl. Já que música é mais intangível, como você sabe se ajudou ou não o Metallica?
Phil Towle: "Nós estávamos medindo sucesso em termos de garantir que a banda a conquistasse novamente. Algumas pessoas dizem que a banda foi salva porque foi levada à destruição. A gerência estava preocupada que a banda estava se implodindo e que morreria da mesma forma que várias bandas morrem. E seus comportamentos pessoais eram auto-destrutivos, e suas formas de interagir eram auto-destrutivas. Assim que você está do outro lado disso, você pode medir de maneira objetiva o quanto quiser artisticamente. Álbuns vendidos: popularidade. Claro, vender álbum não significa necessariamente que eles são bons. Nós podemos discutir eternamente subjetivamente se alguém é ou não um talento real. Celebridade não significa que eles são um talento. Para mim, eles estão agora em posição de fazer um impacto positivo em nossa sociedade".
The Pitch: Sabe, muitos fãs do Metallica, ao assistirem aquele documentário, pensaram que seu trabalho com eles era só uma prova de que a banda estava fraca e sem rumo. Aquilo foi a coisa menos "metal" que eles poderiam fazer.
Phil Towle: "Eu acho que as pessoas estão vendo um retrato. Elas ouvem um trecho do 'Some Kind of Monster' e elas não gostam como soam e o comparam com o que ouviram antes, então aquilo se torna um fracasso para eles. Para um terapeuta, isso é parte do processo. Os membros do Metallica são melhores companheiros de bandas, melhores seres humanos, pais, não por causa do que eu fiz mas o que fizemos de forma consistente durante aqueles meses e anos. Nós reservamos um tempo naqueles meses e anos para explorar suas personalidades. Então eu não pego um retrato. Eu olho para isso da forma como era durante aquela época".
The Pitch: Dado seu conhecimento em psicologia, você acha que as pessoas têm razão quando dizem que a capa do Death Magnetic parece uma vagina?
Phil Towle: "Bem... Eu não pensei sobre ela dessa forma. Eu falei com algumas pessoas sobre a capa. As pessoas parecem gostar dela. Parece uma cripta para mim. Psicologicamente, a coisa mais importante é porque nós vemos do jeito que vemos. Por que vemos como uma cripta? Eu fui influenciado pelo 'Death Magnetic'? Para mim, não parece isso talvez porque eu estou chegando aos 70. Essa é a coisa maravilhosa na arte".
A entrevista completa pode ser lida, em inglês, clicando aqui.
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