Glory Opera: Helmut Quacken fala sobre o recomeço
Por Bernardo Oliveira
Postado em 01 de março de 2008
Em uma entrevista com Helmut Quacken, baterista do GLORY OPERA, o músico abre o jogo sobre as composições mudanças de cidade e sobre os novos rumos do Glory Opera, confira essa conversa por e-mail.
O Glory Opera recentemente sofreu uma baixa de três integrantes. Conte-nos como foi o processo de seleção dos novos integrantes.
Simples e tranqüilo. Recebemos material, analisamos, conversamos com várias pessoas do meio, fomos contactados por alguns e contactamos outros. No final decidimos por alguns nomes, marcamos alguns ensaios e optamos por aqueles que mais se encaixavam na proposta da banda. Gostaria aqui de agradecer a todos aqueles que participaram do processo final, mas que não ficaram. A ajuda de vocês foi primordial pra que conseguíssemos montar esse super time.
A maior parte do material do Glory Opera foi composta pelo ex-guitarrista Jean Rotten. Como ficará o processo de composição agora?
Na verdade isso nunca aconteceu!!! Na parte musical sempre compusemos em jams sessions, tocando juntos em ensaios. Um sempre vinha com alguma idéia inicial e mostrava e todos desenvolviam juntos. Mesmo quando a música chegava praticamente pronta, ainda assim mexíamos bastante nela até tudo ficar como queríamos. E com relação às letras, eu escrevo, Casé escrevia e o Humberto também, mas achamos melhor deixar nas mãos de uma só pessoa, porque tratava-se de uma história, pra tudo ficar homogêneo. Como o Jean também sempre curtiu escrever e já tinha algumas coisas prontas e definidas na cabeça, foi uma escolha natural por ele. Mas as pessoas se enganam quando pensam que pelo fato de ele somente ter escrito até agora, vai gerar um grave problema pra banda após a saída dele, o que não é verdade. Ainda não decidimos como faremos no terceiro álbum, até por que até agora não conseguimos parar pra conversar sobre isso, mas eu mesmo já tenho bastante coisa escrita e devo assumir essa função à partir de agora.
Quais são os planos para a nova turnê ?
Realizar muitos shows. Tocar em lugares onde nunca tocamos, conhecer gente nova, mostrar não só o "Equilibrium" ao vivo, mas também as músicas do "Rising Moangá", que muitos ainda não nos viram tocando elas ao vivo e porque não músicas novas que devemos começar a compor e ir soltando aos pouquinhos nos shows. E a expectativa é muito grande de nossa parte, porque não agüentamos mais de ansiedade por retornar aos palcos e mostrar a nova formação a todos.
Agora o Glory Opera é uma banda independente, como os fãs poderão adquirir os CDs e o merchandising?
Através do site www.glory-opera.net. No momento disponibilizamos um mini-site e nele você pode solicitar o material de merchandising através de um email exclusivo pra esse fim. É muito fácil de acessar. E nas próximas semanas estaremos com o site oficial no ar e nele todos os produtos da banda poderão ser adquiridos na loja virtual deste novo site, além dos shows é claro, onde estaremos sempre "carregando" conosco todos os nossos produtos oficiais.
O novo álbum "Equilibrium" conta com a participação do vocalista do Torture Squad, Victor Rodrigues e de Camila Scenne, na faixa "Downing In The Madness" ("Part VI –Eyes In Torment" e "Part I – Dark Serenity" respectivamente), como rolaram esses convites e as participações de ambos?
No BMU de 2004, tivemos o prazer de dividir o palco e o camarim com o Torture Squad. O Vítor é um cara super alto astral e gente finíssima e na ocasião trocamos muitas idéias e contamos algumas piadas uns pros outros. (risos) No estúdio, na fase de finalização do álbum, tivemos a idéia de chamá-lo para gravar a "Eyes in Torment". A voz dele se encaixaria perfeitamente como sendo a voz do espírito maligno de Moangá ao possuir o corpo do guerreiro (quem conhece bem a história, sabe do que estou falando). E tudo rolou de forma super tranqüila e o resultado ficou surpreendente. Quanto à Camila, já tínhamos um contato com ela desde antes da nossa ida pra SP. Ela é muito talentosa e aceitou o convite prontamente. Sua voz trouxe o brilho que as músicas pediam e ficamos muito satisfeitos também com a sua participação.
Atualmente vocês estão residindo em São Paulo,como esta sendo o processo de adaptação e como vocês estão se mantendo na capital paulista?
Esse é outro assunto que as pessoas nos perguntam muito e precisamos esclarecer algumas coisas. Não estamos morando em SP. Precisávamos ir à SP, pois se não o fizéssemos não conseguiríamos nunca reunir essa nova formação. Humberto está em Manaus e eu em Caruaru/PE. Temos muitas questões pessoais nessas duas cidades respectivamente e em São Paulo nos reuniremos sempre que houverem os shows. Mas em São Paulo eu particularmente sempre estou dando aulas e tocando em alguns outros projetos.
Qual a parte mais difícil de trocar de cidade ?
Ao menos pra mim, a única coisa que realmente incomoda um pouco é justamente a saudade da família. De resto, gosto muito, tanto de SP quanto de Caruaru, que são as cidades em que estou indo e vindo no momento e a adaptação pra mim rolou de forma super natural e tranqüila.
A faixa "Downing Into Madness" conta com mais de 25 minutos de duração. Como foi o processo de composição desta musica?
Por etapas... tínhamos algumas músicas prontas e trechos de outras e a idéia já a algum tempo de fazermos uma música grande e com várias partes. A história pedia e daí organizamos as partes, juntamos tudo de uma maneira que tudo soasse coeso, sem "buracos" ou partes chatas e curtimos muito como ela ficou após todo esse processo. É por muitos considerada a melhor música do "Equilibrium" e eu particularmente a considero a melhor de todas pra se tocar ao vivo.
Vocês irão tocá-la na integra ao vivo? Caso sim quais músicos seriam convidados para fazer as partes da Camila e do Victor?
Em todos os shows que fizemos do álbum Equilibrium, a tocamos inteira na íntegra, com exceção do show com o Symphony X, pois tínhamos apenas 40 minutos pro nosso set e optamos então em tocá-la da Parte IV em diante.
Para os próximos trabalhos existe alguma temática especifica a ser seguida ?
Ainda não sentamos pra conversar sobre isso. Neste momento estamos focados nos shows e no entrosamento ao vivo com a nova formação. Após tudo isso é que iremos realmente definir a temática para o terceiro álbum.
Geralmente nos shows de Divulgação vocês tocavam "Pull Me Under" (Dream Theather) e "Flight of Icarus" (Iron Maiden), vocês pretendem tocar algum cover para os próximos shows?
Sim, sempre estaremos em nossos shows homenageando alguns de nossos ídolos, tentando tocar algumas músicas de bandas que de certa forma nos influenciaram, como Iron Maiden, Metallica, Ozzy, Dream Theater, dentre tantos outros. Mas isso é surpresa e vocês terão que aguardar os shows pra conferirem ao vivo. (risos)
Fotos: acervo pessoal de Helmut
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