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Cellador: Evitando comparações com o Dragonforce, enaltecendo Hibria

Por Guilherme Spiazzi
Postado em 30 de agosto de 2006

Prodígio! Essa é a melhor palavra para descrever a banda norte-america que vem derrubando barreiras e conquistando tudo que um trabalho sério e bem feito oferece. Fruto da idealização de Chris Petersen o Cellador agrega ótimos músicos tais como Michael Gremio (voz), Valentin Rakhmanov (baixo), David Dahir (bateria) e completando o time o excelente guitarrista brasileiro Bill Hudson (The Supremacy). Tivemos o prazer de conversar com Bill que encontrou um tempo para nos contar como tudo está acontecendo, os passos e todo o ótimo momento que vem sendo vivido pelo Cellador.

Fotos: Alina Herne

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Whiplash: Formada em 2004, uma demo lançada em 2005, um contrato com uma gravadora de grande porte e um CD lançado em 2006. Como você analisaria essa trajetória meteórica?

Bill: Eu diria que o Cellador teve muito de estar no lugar certo na hora certa. A banda estava formada a menos de 1 ano quando abriu um show para o The Black Dahlia Murder em Omaha, Nebraska (cidade onde vivemos). Eles gostaram tanto do Cellador que pediram material para eles. Algum tempo depois foram contatados pela Metal Blade Records que mostrou interesse e três meses depois me mudei para os Estados Unidos a fim de me juntar a banda. Menos de 1 mês depois, viajamos para Tampa, Florida, para gravar nosso primeiro álbum, ENTER DECEPTION. Embora tenhamos tido alguns atrasos, tudo correu bem e o álbum saiu dia 27 de junho deste ano. Estamos no meio de nossa primeira tour pelos Estados Unidos (estou dando essa entrevista de um Hotel em San Francisco, Califórnia) e tudo tem sido muito bom ate o momento. Estou muito satisfeito com tudo que rolou para o Cellador até agora. Acho que temos muita sorte de ter tudo isso!

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Whiplash: O fato de tudo ter acontecido tão rapidamente mexeu muito com a confiança da banda?

Bill: Quando eu me juntei ao Cellador eles já tinham o contrato com a gravadora e estavam prontos para entrar em estúdio para gravar. Isso dificulta um pouco a minha análise, mas posso dizer que definitivamente ficamos mais confiantes, pois temos o apoio de uma grande gravadora, tocamos com bandas como Sonata Arctica, Dragonforce, Gamma Ray, Lacuna Coil, Arch Enemy, etc. além de termos uma aceitação tão boa por parte do publico! Definitivamente surpreendente!

Whiplash: Enquanto o metal melódico praticado pelo Cellador já é conhecido a muitos anos na Europa, Japão e Brasil ele é praticamente inexistente nos Estados Unidos, terra natal da banda, você acredita que isso tenha ajudado para contratação do grupo?

Bill: Difícil dizer... o fato é que não existem muitas bandas que pratiquem esse estilo por aqui. As duas que eu particularmente conheço são o Kamelot e o Iced Earth. Fora isso, algumas bandas que tem aberto nossos shows em nossa turnê, mas são todas muito jovens. Eu diria que foi um misto do fato de sermos a única banda do estilo por aqui, o interesse das grandes gravadoras (a Metal Blade nos contratou e a Roadrunner contratou o Dragonforce) e o fato do público estar se interessando mais pela musicalidade. Se analisarmos, as maiores bandas daqui são coisas como Shadows Fall, Trivium e Killswitch Engage... todas as bandas com grandes músicos e os nossos amados SOLOS DE GUITARRA (risos). Ou seja... os dias de dois acordes e vocalistas reclamando da vida estão acabados, pelo menos por aqui (risos).

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Whiplash: Apesar de ser o disco de estréia ‘Enter Deception’ traz uma produção formidável, muito além de bandas já experientes e famosas no mercado…

Bill: Tivemos a sorte de ter todo o apoio de nossa gravadora, que nos deixou livres para escolher o produtor e estúdio que quiséssemos. Depois de várias sugestões, acabamos optando pelo Erik Rutan (Morbid Angel, Hate Eternal). Esse foi um fator determinante, pois ele está acostumado com bandas de Death Metal e coisas assim, nosso estilo é mais extremo que o Power Metal em geral. Queríamos uma produção que soasse limpa mas ao mesmo tempo pesada e intensa! Quem melhor que o cara que produziu o último disco do Cannibal Corpse? O Erik se tornou um grande amigo, e durante a etapa de produção nos deixou muito a vontade no estúdio e definitivamente conseguiu o melhor desempenho de cada instrumentista. Estamos muito felizes com o resultado final!

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Whiplash: Mesmo não tendo participado do processo mais intenso de composição você esteve presente em toda gravação e produção do álbum. Como poderia ser descrita toda essa etapa?

Bill: Eu diria divertida e estressante ao mesmo tempo. Quando fomos para o estúdio, eu nem sabia tocar metade das músicas. Na verdade, em algumas faixas como Releasing The Shadow e Wakening eu não sabia onde iria solar até começarmos a gravar os solos (risos). Como disse anteriormente, o Erik nos deixou muito a vontade, mas tivemos períodos muito intensos. Ficamos em um hotel ha 20 minutos do estúdio, o que significou ter que acordar muito cedo todos os dias, já que os períodos se iniciavam as 10 da manhã, o problema é que não acabavam antes da meia noite, às vezes uma ou duas da madrugada. Não tínhamos tempo para mais nada... mas você sabe...estávamos perseguindo nosso sonho!

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Whiplash: E a produção do Vídeo Clipe?

Bill: Uma das melhores experiências que tivemos. Nosso diretor, Dan Dobi, deve ser 1 ou 2 anos mais velho que eu (tenho 23 anos e sou o mais velho da banda!), o que facilitou nossa comunicação por sermos todos muito jovens. Ele deu ouvidos e testou todas as sugestões que demos. A música escolhida, "Leaving All Behind" é uma de minhas favoritas, o que me ajudou a não ficar entediado depois de tocar ela por 9 horas a fio (risos). Isso nos deixou com dores no pescoço e cabeça por 3 dias, mas você sabe... ossos do ofício (risos)! Não tenho palavras para elogiar Dan e seu produtor, Jeremy Jackson. Outra coisa muito legal foi o fato de que um de meus vocalistas preferidos, RAY ALDER (Fates Warning) veio assistir a gravação e ficou no estúdio conosco o tempo todo. Foi o máximo quando pedi para ele assinar meus CDs ele pediu meu autografo também! Ray e um grande fã nosso e eu nem sabia!

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Whiplash: Obviamente antes do lançamento do CD houve muita expectativa tanto por parte da banda quanto do público. Hoje, pouco mais de um mês após ele ter saído como você vê a desenvoltura do trabalho!?

Bill: Ainda estamos nos beliscando para acreditar que e verdade. Estamos em quarto lugar nas paradas da CMJ (http://prod1.cmj.com), e todo final de semana nosso vídeo é um dos primeiros no Headbanger's Ball (programa de heavy metal da MTV americana). A tour também tem sido ótima, conhecemos muitos fãs, muita gente legal... nosso sonho virou realidade!

Whiplash: Então está tudo indo como deveria!

Bill: Definitivamente! As vendas têm sido muito boas tanto aqui nos Estados Unidos como no resto do mundo. O CD tem vendido tão bem que até a gravadora esta surpresa. Nosso álbum está em segundo lugar na categoria rock no site CD Universe, e algo como numero 20 no geral. Todos estão muito felizes com a recepção! O público nessa tour também tem sido ótimo!

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Whiplash: Agora com um trabalho em mãos a responsabilidade aumenta, principalmente nos shows… Fale mais sobre a primeira turnê que acaba de começar?

Bill: Estou muito surpreso com a reação do público, considerando que nosso álbum saiu a tão pouco tempo. A tour está sendo muito legal, o único problema é que não temos tempo de fazer mais nada (risos). Na verdade, estou com esse tempo para dar essa entrevista porque e minha prioridade pessoal, pois é para o Brasil. Temos outras 14 ou 15 para fazer (risos). Quanto ao público... tivemos fãs que vieram do México para alguns de nossos shows aqui na Califórnia, pessoas dirigindo 6, 7 horas só para nos ver. e que também irão aos shows em suas cidades. Tivemos um show no México e foi muito bom ver que havia fãs que estiveram presentes em mais de um show, isso é maravilhoso!

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Whiplash: Além das músicas que compõem o ‘debut’, quais outras farão parte dos shows?

Bill: Estamos tocando todas as músicas do ENTER DECEPTION (não na mesma ordem), além de um cover de uma das nossas bandas preferidas, o Helloween, e alguns improvisos incluindo músicas do jogo Mario Bros (risos).

Whiplash: Falando em show faça uma breve análise sobre dividir o palco com Dragonforce e GammaRay.

Bill: Isso aconteceu em um festival em Boston, MA chamado NEW ENGLAND METAL FEST. Além dessas duas bandas, estavam presentes nomes como Lacuna Coil e Arch Enemy. Foi muito legal, muitas pessoas estavam no show e nos divertimos muito. A reação do público ao CELLADOR em ambas as ocasiões foi ótima, e as pessoas estavam cantando nossas musicas quase um mês antes do CD sair! Foi impressionante! Não sabia que tínhamos tantos fãs até tocarmos com essas bandas. Aqui esta uma história engraçada: Eu tenho conversando com o Herman Li, guitarrista, do Dragonforce desde 1998 ou 1999, quando ele ainda estava montando a banda e se chamava Dragonheart. Mas nunca rolou uma oportunidade de nos conhecermos. Isso acabou acontecendo neste festival, e foi muito legal! Em outubro passado, enquanto eu conversava com o Cellador sobre entrar na banda, comentei com o Herman que talvez mudasse para os Estados Unidos por uma banda de power metal de lá. A resposta dele foi "que banda? O Cellador?" (risos). Ele sabia da banda antes mesmo de ficar mais conhecida... e comentamos sobre isso em um bar na frente do local do show! Após esse festival, tocamos novamente com o GammaRay e foi mais legal ainda, pois conheci o Kai Hansen, que tem sido meu ídolo desde que tinha 11 ou 12 anos.

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Whiplash: Alguns fãs e críticos sentem a necessidade de comparar bandas, rotular o trabalho e isso muitas vezes acaba descaracterizando ou desvalorizando o álbum. Vocês se sentem atingidos por isso de alguma forma?

Bill: Definitivamente! Muita gente insiste em nos comparar com o Dragonforce em todo lugar, mas isso é devido ao fato de nossa música ser muito rápida, às vezes (como em Seen Through Time e A Sign Far Beyond) mais rápida que o próprio Dragonforce. Outra comparação que ouvimos muito e com o Helloween, algumas pessoas acham que a voz do Michael (Gremio, vocalista) lembra a do Michael Kiske. Acho que isso acontece toda vez que uma banda aparece fazendo um estilo que não é muito popular em um determinado lugar. Ainda me lembro ha alguns anos quando o Stratovarius começou a aparecer e todo mundo os comparava com o Helloween, que por sua vez foi muito comparado ao Iron Maiden... acho que isso sempre ocorreu e sempre ocorrerá.

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Whiplash: E a mídia nacional… o que você me diz dos críticos brasileiros?

Bill: Pra dizer a verdade nao tenho lido muitos ‘reviews’ vindos do Brasil, fica meio difícil de dizer. Eu sei que tenho muitos amigos trabalhando na imprensa de metal brasileiro e é melhor que não comecem a detonar minha banda, ou ficarei muito puto! (risos)

Whiplash: Pode-se dizer que você é o mais experiente da banda uma vez que já participou de outros grupos e ainda tem o projeto The Supremacy.

Bill: Com certeza. Eu tenho tocado Power Metal desde meus 13 ou 14 anos, em 1997 ou algo assim. Os outros membros do Cellador começaram a tocar de alguns anos para cá, pois como já falamos nessa entrevista, o estilo não era lá muito popular por aqui. Estive em algumas bandas no Brasil (nada que valha a pena mencionar), mas nunca gravei nada, muito embora todas elas, em algum ponto, tenham lançado CDs. O único projeto que eu considero realmente importante dentre tudo o que já fiz e o The Supremacy e é por isso que ainda trabalho com eles.

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Whiplash: Falando em The Supremacy, você poderia resumir a história dessa idéia?

Bill: Basicamente eu e o Fernando (Giovannetti, baixista) nos conhecemos quando fomos contratados para tocar com cantores de anime japones em um grande festival anual que ocorre no Brasil. Na época, eu havia desistido de tocar heavy metal, estava mais concentrado em meus estudos (estava na faculdade de música) e alunos. O Fernando tinha acabado de sair de uma conhecida banda de prog metal de São Paulo, e queria iniciar algo novo. Quando descobrimos que tínhamos gostos musicais um tanto parecidos, começamos a estudar a possibilidade de formar uma banda. O problema e que não sabíamos de outros músicos para o projeto, e então iniciamos a procura, mas nada de achar... o que nos levou a gravar uma demo sozinhos, onde nos cantamos. Algum tempo depois, li uma entrevista com o Mark (Cross, baterista) onde ele dizia que já estava totalmente recuperado da doença que o havia tirado do HELLOWEEN, e que ainda não tinha uma nova banda. Mandei um e-mail para ele com as demos perguntando se estava interessado, e deixando claro que isso não era apenas um projeto de estúdio onde usaríamos músicos contratados. Ele me respondeu dizendo que gostaria de fazer, mas que se era pra ser uma banda, teríamos que nos encontrar em algum ponto. O próximo foi o Joost (Van Den Broek, tecladista). Nosso grande amigo e empresário Juan Corral, que tinha começado a trabalhar conosco sugeriu o nome dele, pois o conhecia. Entramos em contato e ele aceitou de imediato. Com isso, gravamos 2 músicas (cada um em seu país), mas mesmo assim ainda não tínhamos um vocalista. Alguns mêses depois o Mark veio ao Brasil e ensaiamos as músicas como um trio (Mark, Fernando e eu) e compusemos mais umas duas ou três. Além disso, tocamos numa festa do fã clube do HELLOWEEN, onde o Edu do Angra também fez uma participação conosco. Durante esse tempo também continuamos a caça por um vocalista, sem nenhum resultado. Falamos com literalmente dezenas de vocalistas do mundo inteiro e de todos os diferentes calibres. Ninguém se encaixava no que a banda procurava. Nisso, o Fernando sugeriu alguém que estava próximo de nós, mais exatamente em Caxias do Sul - RS. Eu não conhecia o trabalho do Akashic, mas quando ouvi aquela voz adorei! Rafael Gubert era perfeito para o que procurávamos. Entramos em contato e ele aceitou. Nisso, ele foi para São Paulo, gravou as vozes, e finalmente tínhamos 2 músicas prontas. Logo depois, o Mark entrou no FIREWIND, o Joost entrou no AFTER FOREVER, e eu entrei no CELLADOR. Isso acabou impossibilitando de trabalharmos tão afundo no projeto. Alem disso, o After Forever está trocando de gravadora, o Firewind e o Cellador acabaram de lançar CDs, e a banda do Fernando está numa fase meio dramática. Mas assim que todos terminarmos todo o trabalho de divulgação, promoção, tours e tudo mais, voltaremos a trabalhar no The Supremacy, e quem sabe, lançaremos o CD em 2007 ou algo assim. Para quem ainda não conhece e quiser conferir, as duas musicas que acabo de falar elas estão em nossa pagina no Myspace.

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Whiplash: Interessante ver a sua iniciativa, não são todos que tem a mesma idéia. Qual a sua visão com relação ao mercado brasileiro?

Bill: Bastante complicado. As pessoas ainda têm aquela velha mentalidade que só o que vem de fora é bom. Por outro lado o Brasil tem os fãs mais fiéis do mundo! Às vezes fico meio curioso para saber qual será a relação do publico quanto ao The Supremacy, já que metade da banda e "gringa" e a outra metade é do Brasil. Tenho certeza de que o Cellador conseguirá entrar no mercado, pois o estilo é e sempre será muito forte por aí! Definitivamente o melhor público do mundo quando acolhe uma banda!

Whiplash: Hoje você mora fora do Brasil, já que você está um tanto fora da cena nacional como você a analisaria?

Bill: Olha, a cena do Brasil é maior aqui fora do que aí pra dizer a verdade. Quando mudei pra cá, Todos me perguntavam sobre o Sepultura (obviamente), Angra e HIBRIA. Eu não conhecia o trabalho do Hibria, os caras do Cellador que me mostraram. Sinceramente, não entendo como esses caras não são maiores. Eu juro que quando digo que sou do Brasil todo mundo pergunta se conheço o Hibria. Eles são muito bons e definitivamente merecem estar entre os grandes, mas isso não vai demorar. Conversei com o baixista deles e disse que tentarei ajudar. Vamos ver...

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Whiplash: Quais bandas (brasileiras) mereceriam mais destaque?

Bill: Nossa... muitas! As melhores em minha opinião são o Hibria, Endless (o vocalista Vitor Veiga é um dos melhores do planeta em minha opinião), Aquária (Luxaeterna é um dos meus discos favoritos), Dr. Sin e o Tribuzy.

Whiplash: E o público de fora do Brasil, como tem sido encarar os palcos?

Bill: O público aqui dos Estados Unidos definitivamente não é como no Brasil. Fizemos muitos shows, incluindo alguns com o Sonata Arctica e o Gamma Ray e nenhuma das datas tiveram mais de 400 pessoas. Porém, devido à boa situação econômica do país todo mundo compra CDs, camisetas e etc. Os fãs americanos definitivamente não são tão numerosos como os brasileiros, mas também são muito barulhentos e fiéis! Eu diria que o Power Metal ainda esta engatinhando por aqui, mas com o apoio que e o Cellador e o Dragonforce tem recebido das revistas e da MTV, tudo esta crescendo muito rápido. Realmente acredito que o Power Metal será a mais nova sensação daqui em algum tempo.

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Whiplash: Algum plano de termos o Cellador no Brasil?

Bill: Nada concreto até o momento, mas temos conversado com alguns promotores. É possível que role alguma coisa para 2007. Eu particularmente quero muito! Tenho muita saudade de minha família e amigos, quero fazer shows no país em que nasci e fui criado!

Whiplash: Muito obrigado e enquanto o público espera por vocês deixe uma mensagem para seus conterrâneos.

Bill: Espero que o público brasileiro curta o som do CELLADOR. Para aqueles que não conhecem, por favor, confiram nosso álbum ENTER DECEPTION, que acabou de sair pela METAL BLADE RECORDS. Algumas músicas, além do nosso primeiro vídeo, podem ser vistos em nosso website www.cellador.com. Nunca entendi direito quando lia as entrevistas de meus ídolos dizendo que o Brasil tinha os fãs mais loucos do mundo, pois afinal eu era (e ainda sou) um deles e não via a diferença. Agora que vejo as coisas do "lado de fora" entendi, e posso dizer o mesmo. O Brasil tem os melhores fãs do mundo, e tocar por aí é minha prioridade numero 1! Espero que isso role logo... Depois do show quero fazer muita festa com os fãs e amigos! Obrigado ao Guilherme (Roadie Crew) e Whiplash! pelo apoio. Visito o site diariamente, e realmente é o melhor website de rock em português! ROCK ON!

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Sobre Guilherme Spiazzi

São mais de quatorze anos de música, incontáveis shows, festivais; muitas entrevistas e resenhas. Trocou a faculdade de física pela terra do Uncle Sam por uma década e atualmente é freelancer da revista Roadie Crew. Curte música alta e não se importa com rótulos ou estilos.
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