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Alex Martinho: Após sete anos, finalmente o segundo álbum do guitarrista

Postado em 09 de novembro de 2001

Após 7 anos do lançamento de seu primeiro álbum, auto-entitulado Alex Martinho, finalmente surge o lançamento do seu segundo álbum, Evolution. O título não poderia ser mais apropriado, pois nesse álbum Alex mostra um grande amadurecimento musical. As influências claramente visíveis de Joe Satriani e Steve Vai no primeiro álbum, apesar de serem notadas em alguns trechos, agora estão muito mais diluídas ne estilo de Alex. Leia nessa entrevista um pouco sobre sua carreira de guitarrista e sobre este novo CD.

Entrevista concedida à Fabio Trovão

Whiplash! - Alex, como foi sua educação musical? O que te levou a querer tocar guitarra e quais foram seus primeiros ídolos (bandas e guitarristas)?

Alex / Eu comecei de maneira bastante curiosa. No final de 85, bastante influenciado pelo clima pós-Rock in Rio 1 e pelo "boom" do Rock Nacional na época, meu irmão Rodrigo, pediu aos meus pais uma guitarra de presente de Natal. Eu não sabia nada de música, nem ele, e eu dei até para trás na idéia, aconselhando-o a pedir uma bicicleta ou algo (mais "normal" para nós) parecido, mas ele insistiu e ganhou o presente: uma Gianninni "Sonic". Após alguns meses ele se desinteressou pela guitarra e eu resolvi tomar umas aulas em uma escola perto de casa para ver no que dava. Em pouco tempo já comecei a aprender alguns acordes e músicas e fui me incentivando. Com isso comecei a tentar convencê-lo a tocar outro instrumento para me acompanhar mas aí foi ele que não se interessou de princípio... Após um show do Barão Vermelho na época, o qual nós ficamos sentados no ginásio bem atrás do Guto (batera), ele se empolgou em aprender bateria.... Meus primeiros ídolos, nessa fase, foram caras como Mark Knopfler (o Dire Straits estava no auge) e guitarristas que vieram ao Rock in Rio como Angus Young (AC/DC), John Sykes (Whitesnake), Brian May (Queen) e a dupla do Iron Maiden. Aproximadamente um ano depois conheci o Marcelo Gomes (hoje engenheiro de som e co-produtor de Steve Vai), também guitarrista, que se tornou um grande amigo. Ele era um pouco mais velho que eu e me apresentou caras como Eddie Van Halen, Malmsteen, Satriani e Vai. Eu quase pirei! Aquilo realmente revolucionou meu modo de encarar a guitarra e a partir daí eu tive certeza absoluta que era isso mesmo que eu queria fazer na vida..

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Whiplash! - Quais suas influências atualmente?

Alex / Não mudaram muito... Acrescentaria muito mais música progressiva e um pouco mais de blues também. Enfim, eu gosto muito de rock em geral e procuro ouvir de tudo dentro desse estilo. Se tiver guitarra distorcida (com qualidade, lógico...), tô dentro!

Whiplash! - O que você acha que foi mais importante no seu desenvolvimento musical?

Alex / Com certeza o período que eu fiquei nos EUA cursando o GIT. Não apenas pela escola em si, mas principalmente pela oportunidade que tive de "mergulhar" de corpo e alma na música, sem mais nada para atrapalhar. Cara, você entra num clima no qual você tem toneladas de material na escola (vídeos, cds, livros, revistas, sem falar nas aulas em geral), você entra de manhã cedo e só sai à noite. Pra quem tá a fim é impossível não meter a cara e evoluir muito. Devo ter aprendido lá naquele ano o que aprenderia aqui em 10, principalmente pela minha dedicação integral (eram por vezes 15 horas por dia estudando!)

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Whiplash! - Quando você começou a compor? Como é o seu processo de composição atualmente?

Alex / Esse meu trabalho instrumental eu comecei a desenvolver quando estava no GIT. Formei uma banda com outros alunos da escola e nos apresentávamos direto na escola e arredores. Antes disso não teria o embasamento principalmente técnico, mas também teórico, para tanto. Hoje continuo no mesmo modo que antes, ou seja, procuro gravar tudo o que me vem na cabeça, mesmo pequenos trechos, e vou desenvolvendo com o tempo cada pedaço, cada parte, e juntando as melhores e aí vou fechando as músicas. Acho que esse é o melhor método - não dá para ficar esperando uma "luz divina" bater e você criar as músicas de cabo à rabo de uma vez só.

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Whiplash! - Como surgiu a oportunidade de você ir estudar no GIT? E por que você decidiu voltar para gravar seu primeiro cd? Como pintou essa possibilidade?

Alex / Eu estudava por aqui com métodos, vídeos e cheguei a ter alguns professores particulares (entre eles o próprio Marcelo Gomes). Foi o próprio Marcelo que me incentivou a irmos juntos para o GIT e na época eu contei com a ajuda financeira de meus pais. Fomos em 91 e, no final de 92, ao término do curso, eu cheguei a enviar uma demo para vários selos dos EUA. Enviei alguns para o Brasil também, para ver no que dava. Soube do interesse da Niterói Discos, que é um projeto de minha cidade que banca e produz CDs de artistas daqui, e resolvi voltar, já que essa era a proposta mais concreta naquele momento.

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Whiplash! - Já se passaram 7 anos desde o lançamento do seu primeiro cd, e só agora você está lançando o segundo. O que mudou em você musicalmente nesse tempo?

Alex / Com certeza houve um certo amadurecimento... principalmente na parte das composições e a entrada de algumas novas influências, principalmente progressivas (o Dream Theater, que conheci nesse intervalo, me influenciou bastante) e de Blues, pois tenho feito uns resgates das raízes que nunca fizera antes.

Whiplash! - No primeiro cd, notava-se claramente suas influências de Joe Satriani e Steve Vai, já em "Evolution", essas influências já não se mostram tão claras e você incorpora outras influências também, principalmente de progressivo. A que se deveu essa mudança?

Alex / Além do que falei anteriormente, também nesse intervalo eu formei com outros músicos amigos a banda 2112, de tributo ao Rush, e fui obrigado a tirar uma enormidade de músicas da banda (que eu adoro - inclusive, tive a felicidade de poder assistir 3 shows da Tour "Roll the Bones" quando estava em L.A.!). Bom, essa foi uma grande influência...

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Whiplash! - E por que você levou tanto tempo para lançar esse segundo trabalho?

Alex / Eu terminei a demo desse segundo trabalho em 96 - ou seja - há 5 anos atrás! O lance é que fiquei nesse tempo batalhando um selo que lançasse-o, pois não tinha grana para bancar independente. Além disso, tenho que admitir que fiquei um pouco envolvido demais com o 2112 e principalmente com uma Gig que peguei com o Celso Blues Boy, com o qual saí em tour de 98 à 99, tocamos por todo o Brasil, e tive de deixar meu trabalho um pouco em segundo plano...

Whiplash! - Há alguns anos, numa entrevista pro nosso site, você procurava patrocínio para a gravação de segundo Cd. Conseguiu ou você teve que bancar tudo do seu bolso?

Alex / Infelizmente não rolou nenhuma proposta decente. O que eu fiz, então, foi juntar uma grana e banquei aos poucos independente mesmo.

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Whiplash! - Qual você acha que é a explicação pro fato que guitarristas como Steve Vai, Joe Satriani, Yngwie Malmsteen, entre outros terem uma vendagem razoável de discos em nossos país, sempre que tocam aqui o público lota os locais, as escolas de músicas e professores particulares estão cheios de garotos querendo ser guitarristas e mesmo assim a mídia não dá muita atenção pra esse estilo e muito menos as gravadoras investem nos guitarristas nacionais?

Alex / Essa é uma boa pergunta, realmente... Parece tão óbvio que seria um bom negócio os caras investirem um pouco mais em nós, né? Bom, eu continuo lutando e não estou sozinho (vide o bom trabalho de outros guitarristas independentes como o Sydnei Carvalho e o Frank Solari, por exemplo) para provar isso de uma vez por todas. É questão de tempo.

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Whiplash! - Gostaria que você comentasse um pouco seu novo cd "Evolution": primeiro, qual a "evolução" em relação ao primeiro e dá umas dicas do que os ouvintes encontrarão em cada faixa.

Alex / Bom, acho que já respondi em parte anteriormente... Há a questão do maior amadurecimento como compositor (afinal, isso também é treino, e não só inspiração!) das novas influências já citadas... Bom, de uma maneira geral, cada faixa tenta emocionar o ouvinte (esse é sempre meu objetivo), seja nas baladas, com notas mais longas e feeling, como nas mais pesadas e trabalhadas, onde mesmo eu usando muita técnica em muitas partes, nunca esqueço de colocar tudo com sentido para a música, com o máximo de emoção possível. Me preocupei bastante também com as melodias, é fundamental que elas te digam alguma coisa, te levem à algum lugar e, principalmente, que você possa lembrá-las. O pior erro que um compositor pode cometer é não atentar para esses detalhes - ou seja - fazendo músicas que são como um "solo" só, do começo ao fim, e não te levam a lugar nenhum.

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Whiplash! - É difícil viver de guitarra no Brasil? Como você consegue?

Alex / Minha principal fonte de renda no momento vem de aulas particulares que dou, alguma coisa vem dos CDs, shows e workshops. Há meses melhores, outros piores, mas dá para ir levando.

Whiplash! - Nos fale um pouco da sua banda 2112, tributo ao Rush. Como surgiu a idéia e como vem sendo a aceitação do público, afinal, fã de Rush normalmente é um público bem crítico.

Alex / Eu e meu irmão somos fãs do Rush há muito tempo e já vínhamos tocando com os também irmãos Fabio Guerrero (voz) e Igor (baixo) em uma banda chamada Anéis de Saturno, desde 95. Nesse trabalho, levávamos covers do Rush, Deep Purple, Black Sabath e Led Zeppelin, além de um trabalho próprio na linha hard-rock. Demos uma parada em 98, quando eu comecei (também com meu irmão) a excursionar com o Celso B.B.. Com nossa saída da Gig, resolvemos remontar a banda, mas dessa vez com a proposta de fazer tributo apenas à uma banda, nesse caso nossa preferida, o Rush. Desde 2000 viemos tocando por todo o RJ e a resposta do público tem sido a melhor possível. Para mais info, visitem nosso site, em http://www.martinho.com/2112 .

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Whiplash!- Vocês procuram tocar os arranjos idênticos aos originais ou tem espaço pra algum improviso?

Alex / Tocamos o máximo possível parecido, mas há bastante coisa de teclados que nós rearranjamos para guitarra e baixo. Quanto aos meus solos, também procuro manter a idéia próxima do original, mas não toco "nota por nota" em muitos casos, preferindo improvisar sempre que posso, mas sem comprometer a música.

Alex / Pra me despedir, gostaria de agradecer a vocês da Whiplash, por abrir espaço para mim e tantos outros independentes e convidar a todos para conhecer melhor meu trabalho visitando meu site, http://www.martinho.com . Estou em Dezembro, juntamente com o guitarrista Sydnei Carvalho (que também está lançando seu novo CD), fazendo shows e workshops no RJ e SP. See you on the road!

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