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Pantera: o som de Dimebag Darrell

Por André F. Vascontim
Fonte: Tudo Sobre Pantera (Facebook)
Postado em 18 de setembro de 2015

Você, guitarrista, que curte PANTERA, já deve ter tentando ao menos tirar um timbre parecido com o de Dimebag Darrell (PANTERA, DAMAGEPLAN). Ou até se perguntado "como ele tirava esse som?". Não se preocupe o próprio Dime te ensina:

"Classic Guitar: Muitos guitarristas gostariam de saber como você consegue seu som.

- Dimebag: "Diga a eles para conseguirem o próprio som" (Risos)
(Entrevista para a Classic Guitar em Julho de 1994).

É com esse trecho descontraído de uma entrevista que damos início a essa série.

Apesar da resposta de Darrell, na verdade ele era um cara muito humilde, e que adorava compartilhar suas técnicas, treinos e equipamentos que ele utilizava para as pessoas interessadas. E é nesse ritmo que irei seguir aqui compartilhando o que sei e o que consegui coletar de informações. Devo dizer que muitas informações eu consegui na revista 'Guitar World - Riffer Madness", onde foi escrita por Nick Bowcott juntamente com o próprio Dimebag Darrell, lançada em 17 de Fevereiro de 2013.

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:: ENCORDOAMENTO

Quando perguntado em 1994 pela Classic Guitar, qual o calibre de corda que Dimebag utilizava, ele respondeu:

"Nós estávamos experimentando e eu acho que eu mudei o calibre para 0.46 na "mizona" (E)." (mais conhecido como cordas 0.10 para nós)

Dime utilizava cordas da marca La Bella, mas (talvez) em 1995, Dimebag começou a utilizar a DR Strings, marca não muito conhecida por aqui, mas que são fabricadas a mão nos EUA. Posteriormente, lá para 2003 no Damageplan, foi lançada uma linha ‘signature’ dessas cordas com o nome de Dimebag Darrell e que são comercializadas até hoje nos seguintes calibres:

LITE - DBG-9
LITE & HEAVY - DBG-9/46
SIGNATURE - DBG-9/50
MEDIUM - DGB-10
MEDIUM-HEAVY - DBG-10/52
EXTRA HEAVY - DBG-11

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"Eu estive tocando cordas resistentes desde 1995. Eu gosto do jeito que sinto as cordas da DR e a maneira que elas reagem. Você pode realmente ter controle sobre elas. São ótimas para tudo, desde grandes bends até grande alavancadas, perfeitas para gelar o sangue com os gritos harmônicos e ter aqueles riffs pesados e som robusto. Elas também ficam em perfeita sintonia e permanecem frescas e brilhantes por um longo tempo. " - Dimebag Darrell.

:: AFINAÇÕES

Muitas vezes as pessoas erram ao achar que Dime utilizava uma afinação regular em E ou em Eb (para algumas músicas), o que na verdade ele utilizava uma afinação, digamos que, no "meio termo" entre as duas, que é chamada de "Standard 1/4 Step Down", ou "Standard Quarter Step Down". Para qualquer afinação ele deixava desta maneira.

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Para saber como afinar e ouvir o som, veja este vídeo:

Parece não fazer muita diferença da afinação Standard, mas faz. Se você for tentar tocar acompanhando uma música como Psycho Holiday, por exemplo, perceberá que terá algo errado.

O porquê de utilizar essa afinação é complicado e difícil de saber. O que é evidente é pelo fato do Van Halen ter utilizado. Mas Dime tenta explicar do seu jeito: "Pra começar já usamos a afinação um quarto abaixo do normal. Portanto, quando afinamos e 'E', na verdade estamos afinando em 'D#'. Então, quando afinamos em 'D', na verdade estamos afinando em C# eu acho!" (Hahahahaha)

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Para compreender melhor, Grady Champion (técnico de guitarra do Dime) esclarece: "Para nós, 'E' na verdade é 'D#' mais 40 cents no afinador Korg DTR-1 (rack digital) que usamos. Então, 'D' na verdade é 'C#' mais 40 cents, e por aí vai."

N.E.: "cents" é tipo uma medida do afinador da Korg.

Outra maneira de afinar com seu afinador, é mudando os Hz de A = 440Hz para A = 425Hz.

Há muitas teorias por aí que isso seria um problema de velocidade nas fitas onde eram gravadas as trilhas, mas isso não tem nada a ver. Dimebag realmente utilizava essa afinação. Eu acredito que seja pelo fato de facilitar um pouco os bends e também as alavancadas de acordo com a tensão das cordas que ele utilizava.

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Muitas bandas e músicos utilizaram essa afinação para determinadas músicas ou álbuns inteiros, como Van Halen, Megadeth em "Peace Sells" e "Holy Wars", AC/DC, Warrant e outros.

Afinações utilizadas por Dimebag:

# 'Standard E' 1/4 Step Down
- Exemplos: Cowboys From Hell, Cemetery Gates, This Love, Mouth For War, Strength Beyond Strength, Shedding Skin…

# 'Drop-D' 1/4 Step Down
- Essa afinação é utilizada somente para a Primal Concret Sledge, No Good (Attack The Radical) e Medicine Man.

# 'D' 1/4 Step Down
- Exemplos: Message In Blood, A New Level, Walk, 5 Minutes Alone, I’m Broken, Suicide Note, Floods, Goddamn Electric, Revolution Is My Name...

# 'C#' 1/4 Step Down
- Exemplo: Drag The Waters.

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# 'Drop-C' 1/4 Step Down
- Exemplos: I’ll Cast a Shadow.

# 'Octave G' 1/4 Step Down
- GGCFAD. Sim, você não leu errado. Essa é uma das afinações mais curiosas e pesadas que Dime utilizou. ‘Sandblasted Skin’ e ‘The Underground In America’ usam esta afinação.

As 5ª e ª6 cordas são afinadas em G, porém, a última é um G oitavado para baixo.

Já no Damageplan, Dime passou a utilizar somente afinações baixas, como ‘C#’, ‘Drop B’ e ‘Standard B’.

Agora vamos entrar na parte do pedais, racks e efeitos que sua guitarra recebia puxado mais para as apresentações ao vivo.

:: PEDAIS E EFEITOS

# PEDAIS (Dime - Palco)

Embora ele gostasse de "brincar" com pedais de efeitos (velhos e novos) e possuísse um monte deles, Dime manteve seu set principal bem simples em termos de pedais.

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"Se você tem tempo para ficar em pé no palco apertando os botões, você pode muito bem puxar uma cadeira e sentar nessa porra. Você não vai pra guerra sentado ou em pé parado vacilando, cara. Estou lá em cima para fuder com tudo!" - Dimebag Darrell

Dimebag utilizava apenas 2 pedais que ele mesmo ativava ou desativa enquanto estava no palco na época do Pantera:

------ PEDAL WAH WAH ------
Ao longo dos anos, Dime utilizou um Wah da Vox (V847), um Dunlop Cry Baby GCB-95, um Dunlop 535Q e um rack Dunlop DCR-1SR também.

"Cara, aquela coisa é incrível. Você pode literalmente conseguir qualquer som de Wah que quiser com ele (Dime falando sobre o rack). Eu também posso conseguir usar mais de um Wah em qualquer lugar que quiser do palco, pois ele sempre estará ligado no rack. A única coisa chata nisso é que Rex vai ficar me zuando todas as noites porque ele vai ficar pulando no meu pedal Wah o tempo todo." - Dimebag Darrell

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Em 2002, a Dunlop lançou o pedal Wah DB-01 Dime Cry Baby From Hell como linha assinada dele, com um acabamento de pintura camuflada e como o logo do CFH no pedal. Dimebag nunca o utilizou no Pantera, apenas no Damageplan.

"É um Wah simplesmente e fodido. Eu estou muito orgulhoso dele, cara. Ele soa fodão e é fodão na aparência também. Está pronto pra guerra!" - Dimebag Darrell

------ DIGITECH WHAMMY 4 ------

De fato, Dime meio que "inovou" com esse pedal, assim como Tom Morello (RAGE AGAINST THE MACHINE, AUDIOSLAVE), porém, Dime utilizava um pitch muito alto e combinava ele com suas alavancadas harmônicas (chamada originalmente de 'Whammy Bar Squeals') criando um efeito absurdo e único.

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Sons memoráveis que possuem o uso deste pedal é ‘Becoming’ e ‘Suicide Note Part II’.

"Phillip chamava isto de ‘efeito pisando no gato'," ele ri, "e esta é uma descrição exata de como esse efeito soa em ‘Becoming’, parece mesmo que estamos pulando em cima de um gato, com um cabo plugado no seu rabo e alguma equalização sobre ele." - Dimebag Darrell
______________________________________

# PEDAIS (Grady - Atrás do Palco)

------ DIGITECH WHAMMY 4 ------

Não, não estou repetindo o pedal, Dime realmente usava dois pedais de Whammy da DigiTech, um que ficava com ele no palco e outro que ficava com o Grady Champion (seu técnico de guitarra de longa data) atrás do palco.

"Eu uso meu pedal DigiTech Whammy configurado em duas oitavas pra cima para obter aquele som em ‘Becoming’. O que eu faço é apertar o pedal rapidamente na segunda batida do riff [...] O truque para tocar essa música ao vivo é ter um técnico de guitarra tão foda quanto o Grady e deixar ele apertar o pedal pra você, então você pode dançar e bangear com o groove ao invés de ficar preso acionando o pedal. Esse riff é do caralho, cara, e eu não tenho como ficar ali parado no palco enquanto eu toco ele. Grady, se você está lendo isso, você é foda, parceiro!" - Dimebag Darrell

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Aparentemente, Grady também utilizava outros efeitos que o pedal proporciona, como Detune Mode (que é parecido com um Chorus) e Harmony Bend Modes (que faz parecer como se tivessem duas guitarras tocando em harmonias diferentes, notável em uma parte do solo da ‘Floods’ e da ‘Goddamn Electric’ ao vivo).

------ MXR 6 BAND EQ ------

Este pedal de equalização fazia parte do set de Dimebag, porém é um pedal sem botão de ligar e desligar, e ficava atrás do palco.

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"Eu uso um equalizador MXR azul pequeno de seis bandas que eu peguei em uma loja de penhores para aumentar meu ganho. O legal é que usando um pedal gráfico de equalização como forma de ganho é que você pode decidir quais frequências você quer para ter um som matador empurrando aqueles botões para cima. Com um pedal de distorção ou um overdrive, o tom no geral tende a ficar distorcido. É por isso que eu prefiro usar unidades de ganho do que pedais de distorção." - Dimebag Darrell.

------ SWITCH A / B ------
Pedal para trocar o som limpo pelo som distorcido, onde o sinal é trocado apertando o botão A ou B, fazendo que que o sinal da guitarra vá para o amplificador sem distorção ou para o amplificador com distorção. É possível também fazer o sinal da guitarra ir para os dois amplificadores ao mesmo tempo, como é feito em ‘This Love’ no pós-refrão.

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------ DUNLOP JIMI HENDRIX OCTAVE FUZZ ------
Esse é o único pedal que eu não sei se ele realmente utilizava, porém, com pesquisas já vi este pedal listado algumas vezes, e conforme a foto acima (que é do equipamento de Dime mesmo), dá pra ver um pedal preto ao lado do MXR 6-Band que aparentemente é o Octave Fuzz.
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# RACKS (também controlados pelo Grady)

------ FURMAN PQ-4 PARAMETRIC EQ ------
Equalizador paramétrico.

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"O som da minha guitarra passa por 3 tipos de ganho antes de chegar no amplificador: um captador humbucker da ponte Bill Lawrence L500L ou L500XL, meu MXR 6-band e um Furman PQ-4, que eu uso para equalização e ganho. Por causa de todo esse ganho que eu uso, meu Rocktron Guitar Silencer é essencial." - Dimebag Darrell.

Posteriormente, em 'The Great Southern Trendkill', Dime mudou seu Furman para o PQ-3.

------ ROCKTRON GUITAR SILENCER ------
Outro componente bastante vital no equipamento de Dime é um Noise Gate que ele deixava em uma regulagem bem alta para poder produzir um riff apertado e feroz sem nenhum ruído, que é outra de suas assinaturas sônicas reconhecíveis.

"É realmente importante pra mim - eu tenho que ter algo que vai fechar meu som ou quando há muito chiado e feedback incontrolável acontecendo quando eu não estou tocando. Quando nós tocamos ao vivo, meu técnico de guitarra, Grady Champion, está sempre controlando meu rack. Ele abre o efeito para feedback, solos e harmônicos com alavancada e fecha o efeito até o talo para ritmos apertados como no final da música ‘Domination’. Isto realmente mantém o Grady ocupado, cara!" - Dimebag Darrell

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Curiosidade: Na gravação do 'The Great Southern Trendkill' (1996), Dime utilizou um pedal Boss de Noise Gate de baixo custo, o NS-2.

------ MXR FLANGER/DOUBLER ------
Flanger utlizado em músicas como ‘Hellbound’ e para fazer alguns efeitos e barulhos em algumas pequenas partes ao vivo como no final da música ‘5 Minutes Alone’ (no minuto 4:26 do 'Official Live: 101 Proof' dá para notar).

"No meu rack eu tenho um MXR Flanger/Doubler. Não é realmente um efeito porque ele fica ligado o tempo todo, e meu técnico e eu trabalhos duro sobre esse som." - Dimebag Darrell

Quando ele diz que fica ligado o tempo todo, o rack ficava ligado com um efeito bem fechado, para complementar o som da sua distorção, e quando necessário, era aberto.

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------ DELAY ------
É difícil saber se ele utilizava mesmo um hack ou pedal para delay e qual seria ele, há rumores de que ele utilizava um rack Lexicon (effect modules), mas não há como ter certeza, o que sabemos é que Grady o controlava como quisesse:

"Honestamente, eu passo direto pelos meu racks. Ao vivo eu tenho apenas meu técnico de guitarra na frente deles. Ele escolhe meus delays, eu não me importo, apenas coloque a porra do eco quando for necessário. Nós temos delays o tempo todo." - Dimebag Darrell

Veja um pequeno trecho de Grady Champion em ação:

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------ KORG DTR-1 ou DRT-2000 ------
Afinador de rack digital que mostra em cents, hertz ou strobe. A princípio Dime utilizou o DTR-1, depois, acredito que na época do Damageplan mudou para o DRT-2000.
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No Damageplan, Dime mudou um pouco seu set de pedais, e começou a utilizar além do Cry Baby From Hell, usava também outro Wah (Dunlop 535Q) em uma configuração apenas para fazer barulho e um overdrive MXR ZW-44 (Zakk Wylde signature) como boost/ganho.

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Agora, vamos para a parte mais importante do seu som e que há muitas discussões sobre este assunto. Lembrando que todo o equipamento de Dimebag se complementam.

:: AMPLIFICADORES

"Eu tenho que dizer os produtos Randall que eu uso são os maiores responsáveis pelo meu tom. Muitas pessoas pensam que eu uso amplificadores valvulados quando ouvem meu som, mas não, eu uso solid-state. Para o que eu faço eu não tenho como obter um som fudido e esmagador com um amplificador valvulado. Eu ganhei um Randall solid-state half-stack em um concurso de guitarra, e assim que eu pluguei a guitarra nele eu sabia que era o amplificador certo para mim. Embora não fosse perfeito logo de cara. Tinha um som meio desagradável e um pouco distorcido. - tipo uma motosserra [risos]. Mas eu gostei e sabia que com tempo eu poderia fazer meu próprio som. E com certeza, ele veio a calhar." - Dimebag Darrell.

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------ RANDALL RG100ES ------

O amplificador que Dime ganhou foi um Randall RG100ES solid-state de 100W. Uma das primeiras coisa que ele fez para "tentar limpar o som" foi plugar um equalizador da MXR six-band. "Aquela pequeno pedal azul é matador. Eu tentei utilizar outros equalizadores MXR, mas nenhum deles afetou meu som da mesma maneira." - Dimebag Darrell

Darrell trabalhou muito para conseguir achar um bom som e então ele encontrou o que combinou com seu equalizador MXR: o Furman PQ4 (equalizador paramétrico que está na Parte 3). Isso transformou seu RG100ES e seu captador Bill Lawrence no som que amamos e reconhecemos instantaneamente de Dimebag. Além disso ele também adicionou o rack MXR Flanger/Doubler que é "mantido [misturado] bem baixo com as equalizações, mas que engrossa as coisas" e algumas vezes ainda atua como um ganho. Em resumo, ele arregaçava o seu amplificador em termos de ganho.

Nota: Por algum motivo que desconheço, na edição da revista Riffer Madness, o editor colocou o nome do amplificador como Randall RG100H, mas este modelo não existe.

------ RANDALL RG100 HT (RACK) ------
Este é um amplificador do qual eu sinceramente nunca entendi ao certo como foi utilizado e se Dime utilizava ao vivo ou somente em estúdio. Ele é a mesma coisa que o RG100ES, porém, é um amplificador em versão de rack, com 120W de potência.

Li uma vez em algum lugar que ele era utilizado como uma pré-amplificador. Nunca consegui achar nada a respeito dele ou Dime falando sobre ele, somente fotos.

------ RANDALL CENTURY 200 (C200) ------

Embora Dime tenha usado seu RG100ES para gravar o ‘Cowboys From Hell’, quando ele foi gravar o ‘Vulgar Display of Power’, ele mudou para um cabeçote da Randall Century 200 de 125W. Dime ficou com ele tanto para usar no estúdio quanto para tocar ao vivo até começarem a trabalhar no ‘The Great Southern Trendkill’, quando ele decidiu voltar para o seu velho RH100ES. Por que? Será que ele estava cansado do seu C200? "Não, aquele equipamento é legal. Eu apenas arrastei minhas velharias de volta para gravar as demos, porque eu estava podendo pegar meu equipamento que estava utilizando para tocar ao vivo naquele momento. De qualquer forma, meu som demos do álbum ficaram do caralho com o RG100ES, então eu pensei, ‘Caralho, isto não está quebrado então não foda com isto!"

Depois que ‘The Southern Trendkill’ foi gravado, Dime retornou para o seu C200 e ficou com ele até 2001.

------ RANDALL WARHEAD ------

"O meu Randall que eu estive utilizando arregaça, mas eu sempre quis carregar meu som com mais ganho, então eu estive usando equipamentos nos meus shows para obter mais ganho até onde eu queria. Meu desafio com a Warhead foi obter isso onde mais você pode ficar fora de controle em um amplificador que você pode comprar. E nós fizemos isto, cara. Quando você pluga a guitarra nele ele irá sugar seu cérebro pra fora - esta é minha garantia! Porra, se eu estou colocando meu nome nele, este amplificador irá arregaçar. Ele é muito bom, o canal limpo e o canal distorcido tem um verdadeiro timbre de que eu queria. Ele também tem um equalizador gráfico de nove bandas, que lhe dá a possibilidade de fazer tudo o que quiser com seu som, e 16 efeitos digitais ao invés de um botão de reverb velho que ninguém usa! O Warhead chuta pra fora 300W de potência, também, então é alto pra caralho." - Dimebag Darrell

Infelizmente, o Warhead não ficou pronto em tempo para que Dime utilizasse nas gravações do ‘Reinventing the Steel’, em 2000, portanto, o álbum foi gravado com seu C200. Um protótipo chegou ao estúdio em tempo para ele usar em alguns overdubs, apenas. Dime ficou compreensivelmente orgulhoso desta última peça assinada de seus equipamentos, e ele foi revelado para o público no meio dos anos 2000.

"O Warhead é parte de uma pilha de equipamentos assinados. Ele vem com um gabinete de 4 x 12 no topo chamado de ‘Davastator’, que é equipado com alto-falantes Celestion Vintage dos anos 30 e outro gabinete de 2 x 15 em baixo, chamado de ‘Subsonic Detonator’. Eu tenho os alto-falantes de 15 polegadas ali porque quando você começa a bater a notas mais graves, os falantes de 12 polegas começam a peidar."

------ RANDALL WARHEAD X2 ------

Este amplificador foi fabricado com os mesmos 300W de potência, porém, com 2 canais, um 3º modo de layout (que inclui o boost ‘Fry’ no canal dois). Foi retirado o equalizador gráfico e efeitos digitais.

"É basicamente uma versão mais despojada do Warhead 1. O Warhead 1 tinha tantos sinos e assobios nele que se você não soubesse o que estava fazendo, você poderia ajustá-lo para tirar um puta som, ou você perderia perder o foco do que você estava fazendo. Eu tinha tanta coisa neste amplificador porque eu queria que todos tivessem controle total sobre ele. Mas as crianças de hoje apenas querer plugar e tocar. Então eu meio que apenas simplifiquei o Warhead 2, por isso não há como você obter um som zuado nele." - Dimebag Darrell.

------ KRANK KRANKENSTEIN ------

Não sabe ao certo, o motivo de Dimebag ter cancelado sua assinatura com a Randall, mas quando Dime estava no Damageplan, ele assinou uma linha de amplificadores com a Krank, em 2004, pouco antes de ser assassinado.

O Krankentein é totalmente valvulado, com os circuitos feitos a mão e desenhado totalmente por Dimebag. Este possui 120W de potência, 4 válvulas 12X7 de preamp e 4 válvulas 5881, 2 canais (o que ele nomeou de ‘Kleen’ e ‘Dime’) equalização de 3 bandas por canal e seu gabinete era de 4 x 12 de madeira sólida com grade preta de aço.

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:: GABINETES (CAIXAS)

------ RANDALL 412JB / 412CB ------

Até o lançamento do Warhead, Dime utilizava os gabinetes Randall 412JB de 4 x 12 (4 alto-falantes de 12 polegadas) equipados com alto-falantes Jaguar de 80W cada para sua distorção e um gabinete Randall 412CB de 4 x 12 equipados com alto-falantes Celestion de 70W para o som limpo.

___________________________________

E é isso. Se tiver alguma dúvida ou alguma informação poste aí nos comentários. E se acharem que vale a pena, trago uma nova parte falando sobre acessórios como palhetas, ponte da guitarra, captadores e etc. ENJOY!

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Sobre André F. Vascontim

André F. Vascontim, nascido em 1991, vive em São Paulo. Começou ouvindo Grunge e hoje é adorador de Metal pesado (para não citar gêneros e derivados). Guitarrista desde 2004 tendo como suas principais influências Dimebag Darrell, Marc Rizzo, Zakk Wylde e Kirk Hammet. Além de guitarrista, é Web Designer e estuda Design Gráfico. Gosta também de trabalhar com gravação e edição musical de áudio e vídeos amadores para fim próprio.
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