RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Luiz Caldas compartilha versão de "Wind of Change", clássico do Scorpions

Sebastian Bach diz que shows de Rock são como uma luta de boxe

A cena do filme Bohemian Rhapsody que na verdade nunca aconteceu, segundo Regis Tadeu

O álbum de Renato Russo que assessora comparou com Wanessa Camargo por curiosa razão

A opinião de Fernanda Lira sobre Fernanda Torres ganhar Globo de Ouro

O que Augusto Licks ia dizer sobre a Legião em 1990 que foi censurado pelo Humberto Gessinger

A atitude dos integrantes do Metallica que deixou Dave Mustaine chateado

Como os discos dos Beatles influenciaram a lendária dupla gaúcha Kleiton & Kledir

Como o AC/DC foi batizado e desbancou três nomes na eleição, segundo Dave Evans

A música inspirada em filme bíblico que virou presença quase obrigatória nos shows do Metallica

O disco do Titãs que só deslanchou depois de bate boca no estúdio

Fãs originais do Judas Priest estão todos morrendo, lamenta baixista

O roqueiro que ofendeu Raul Gil e, arrependido, pediu para beijar os pés do apresentador

O polêmico significado de rock and roll, segundo o presidente do Hall da Fama do rock

Augusto Licks sofre acidente de carro e fratura o tórax


O EP que levou o nome Danzig para o mainstream

Resenha - Thrall-Demonsweatlive - Danzig

Por Fernando Claure
Postado em 22 de abril de 2024

Assim como a maioria de seus projetos, Glenn Danzig escolheu um tema um pouco diferente para o primeiro EP da sua banda Danzig. "Thrall-Demonsweatlive" foi lançado em 1993 e as bizarrices já começam pelo nome. Thrall significa um tipo de escravo nas terras da Escandinávia, durante a época dos Vikings. Demonsweatlive pode ser entendida como "Suor do demônio ao vivo". Apesar de todas essas curiosidades, de acordo com a Billboard e com o site bestsellingalbums.org, o EP foi o projeto mais bem-sucedido da banda.

O único outro EP que Danzig gravou foi "Sacrifice", disponibilizado originalmente em 1996 e posteriormente em 2000, sem a formação original com Eerie Von, Chuck Biscuits e John Christ. O EP possui três versões: a primeira com as músicas "Sacrifice", "Blackacidevil" e "Don’t Be Afraid"; a segunda versão é composta pela versão original de "Sacrifice" e mais cinco remixes; a terceira e última versão inclui todas as faixas da segunda versão e adiciona mais três: dois remixes de "Deepest" e um remix de "Serpentia".

Danzig - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

A capa do álbum foi feita pelo artista Simon Bisley, que chegou a trabalhar várias vezes com Glenn para a sua companhia de quadrinhos, Verotik. O encarte não possui nenhuma letra ou texto pertinente às faixas, apenas sete fotografias dos membros da banda durante uma apresentação ao vivo (provavelmente onde foi gravada a parte ‘Demonsweatlive’). As fotos são bem dinâmicas e possuem uma iluminação um tanto quanto dramática, sendo três dessas sete fotos do vocalista e líder do grupo, Glenn Danzig.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

"Thrall-Demonsweatlive" é dividido em duas partes. Thrall é composta por duas faixas novas e um cover de Trouble, de Elvis Presley (não confunda com a outra faixa diferente mas com nome similar, T-R-O-U-B-L-E). De acordo com o guitarrista do grupo, John Christ, para a Guitar World em 1993, as gravações para as faixas foram feitas em apenas um dia. A primeira das novidades, "It’s Coming Down", recebeu um videoclipe que acabou sendo censurado assim como outras produções visuais de Glenn Danzig no passado. A versão original conta com cenas de tortura sadomasoquista e bondage, o B em BDSM. Para estas imagens, o ator Bob Flanagan foi chamado, um homem com uma doença hereditária rara chamada Fibrose Cística, que afeta as glândulas exócrinas do corpo. Flanagan também apareceu em um videoclipe para a banda Nine Inch Nails e faleceu por complicações da doença em 1996, aos 43 anos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

A faixa "It’s Coming Down" começa forte e pesada com Christ e Eerie Von. A letra segue o padrão macabro das outras músicas da banda, mas menos explícita. A mixagem é meio estranha, culminando em um caos auditivo quando chega no refrão, mas nada que torne a faixa inaudível. Uma boa música, mas não a par com o material dos álbuns anteriores. A segunda e última composição original para o EP, "The Violet Fire", já começa trepidante mas séria, até chegar em um refrão viciante. O baixo e o teclado no fundo criam uma atmosfera diabólica. Nesta música, a cantoria de Glenn Danzig é excepcional, mas acaba servindo de backup para o instrumental maciço e contagiante.

Já na terceira e última faixa de Thrall, "Trouble" é um cover da música de Elvis Presley. Com versos como "Eu sou mau, meu nome do meio é miséria", não tinha como essa não ter sido o primeiro cover de Elvis que Danzig fez (mais tarde, em 2020, Glenn viria a lançar o álbum de covers "Danzig sings Elvis"). Glenn adicionou elementos na música por conta própria, como a parte "My daddy was the demon Werewolf Jack" ("Meu pai era o demônio Jack Lobisomem") e alguns maneirismos de Elvis, mas que acabam ficando "Danzificados" até demais. O instrumental é mais encorpado, recriando o "blues metal" que a banda trouxe em faixas de álbuns anteriores. "Sempre tocamos essa música. Até o Samhain tocava. Eerie e eu tínhamos essa banda antes de Danzig e nós tocávamos ‘Trouble’ também. Tocamos durante o bis desde que começamos o Danzig e nossos fãs sempre pegaram no nosso pé para lançarmos", Danzig para a RIP Magazine em 1994.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

A segunda parte do EP, Demonsweatlive consiste em versões ao vivo de faixas dos três primeiros álbuns: "Am I Demon" e "Mother" de "Danzig", "Snakes of Christ" de "Danzig II: Lucifuge" e "Sistinas" de "Danzig III: How The Gods Kill". As gravações são originárias de uma apresentação de 1992 no anfiteatro Irvine Meadows, na Califórnia. "Cara, todos os malucos apareceram, foi realmente fora de controle! [...] Tiveram bonés, tênis, garrafas, latas, camisetas e correntes por toda parte no palco", comentou John Christ sobre o show para a Guitar World em 1993.

As versões ao vivo são boas, a gravação inclui a voz do público enlouquecido e dá um gostinho da atmosfera do show em 1992 como se o ouvinte estivesse lá. Glenn canta meio picotado, mas a cada vez que ele berra é possível perceber que ele está entregando tudo e mais um pouco de sua voz. "Snakes of Christ" abre mais acelerada que o normal, mas retém todas as características da versão de estúdio. O instrumental em "Am I Demon" é acelerado e visceral, um dos melhores exemplos da qualidade dos instrumentais de Christ, Eerie e Biscuits. "Sistinas", por ser uma balada e um pouco mais relaxada, acaba ficando meio de lado entre as outras faixas de Demonsweatlive, mas contém a melhor performance de Glenn Danzig nos vocais. Porém, é perceptível que "Mother" é o evento principal, a música que todos na plateia estavam esperando. Com uma grande ovacionada assim que Christ toca o riff inicial e cantos de "Mother" e "Father" junto com Glenn, é uma versão ao vivo fantástica.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Algumas edições do EP contém uma versão remixada de "Mother". Essa versão, conhecida como "Mother ‘93", recebeu um videoclipe que acabou catapultando a banda para o mainstream e, consequentemente, imortalizando a música como a mais famosa do grupo. O ‘93 aparece por conta da posição da faixa nas versões que aparece, marcando a posição de número 93, porém, sequer existem 86 faixas entre "Mother" e "Mother ‘93". Não se sabe o porquê exatamente desta escolha, mas a teoria mais conhecida e aceita é por conta do tempo do silêncio entre a penúltima e última faixa do álbum, um total de 6 minutos e 66 segundos.

O EP foi muito bem produzido e é possível perceber a energia das faixas. O grande destaque acabou ficando para a faixa bônus "Mother ‘93", que trouxe a tona novamente o nome de Danzig para o mainstream, mesmo com álbuns fantásticos já lançados. Apesar de ser um tanto quanto curto e apresentar pouco material novo, o projeto acabou servindo como um lembrete para as obras anteriores "Lucifuge" e "How The Gods Kill" e uma entrada para o LP seguinte, "Danzig 4", também conhecido como "Danzig 4P". O EP traz um ar de novidade para os fãs, mas a sua curta duração e apenas duas faixas originais não são o suficiente para fazer valer a compra. 7.5/10

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6

Faixas:
It's Coming Down
The Violet Fire
Trouble
Snakes of Christ (ao vivo)
Am I Demon (ao vivo)
Sistinas (ao vivo)
Mother (ao vivo)
Mother '93 (remix)

Vocais, guitarra e teclado - Glenn Danzig
Guitarra - John Christ
Baixo - Eerie Von
Bateria - Chuck Biscuits
Produção - Glenn Danzig e Rick Rubin
Tempo: 31min 39seg
Selo: Def American

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Stamp


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luis Jose Geraldes | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Fernando Claure

Jornalista formado em 2023, cresci ouvindo Sabbath e Metallica com o meu irmão mais velho e hoje escuto de tudo e mais um pouco. No momento meu ato favorito é o Nine Inch Nails, mas é capaz que mude daqui a um tempo. Se pudesse pegar três ídolos pessoais, estes seriam Iggy Pop, Glenn Danzig e Trent Reznor.
Mais matérias de Fernando Claure.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS