Venomous: um amálgama entre música extrema e ritmos brasileiros
Resenha - Tribus - Venomous
Por Alexandre Veronesi
Postado em 10 de setembro de 2021
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Há quase 10 anos atrás, o guitarrista paulistano Gui Calegari criou o embrião do VENOMOUS, projeto que sairia do papel, de fato, somente em 2016. Após mostrar ao mundo o seu intrincado Melodic Death/Metalcore com influências de música brasileira através dos ótimos "Defiant" e "The Black Embrace" - álbuns de 2018 e 2019, respectivamente - e consolidar seu nome no underground nacional, o grupo assinou um contrato com o selo norte-americano Brutal Records, e disponibilizou logo no início deste conturbado ano de 2021 um EP de inéditas, batizado de "Tribus".
O trabalho é composto por 4 canções, que por pouco ultrapassam os 21 minutos de audição. A abertura com a cadenciada "Eerie Land" evidencia a brasilidade intrínseca à sonoridade do grupo, sendo que sua composição instrumental remete de forma direta ao Angra da fase "Holy Land", embora, evidentemente, muito mais agressiva. "Trinity" parece seguir a trilha da antecessora quando ouvimos sua introdução, mas logo ganha velocidade e algumas boas quebras de andamento, apresentando maior diversidade e uma outra faceta do leque musical que o quinteto, composto por Thiago Pereira (vocal), Gui Calegari (guitarra), Ivan Landgraf (guitarra), Renato Castro (baixo) e Lucas Prado (bateria), dispõe; ao passo que "Duality" se revela a faixa mais direta deste registro, mas sem deixar de lado as características supracitadas, tendo versos fortes e refrão melódico. Não posso deixar de destacar os excelentes solos de guitarra do trabalho, intensos e precisos, recorrentemente trabalhando em prol da unidade - sem trocadilhos com o nome da música posterior - ou seja, encaixados de forma orgânica, e não forçando as atenções para si. "Unity" fecha a audição de forma mais lenta, pesada e com uma grande atenção aos arranjos e harmonias, tendo seu belo e suave encerramento com um piano solo.
Conforme o dito popular "em time que está ganhando não se mexe", assim como no disco anterior, gravação, mixagem e masterização foram realizadas pelo produtor e guitarrista Rogerio Wecko, enquanto a boa arte da capa ficou a cargo de Ricardo Bancalero.
Concluindo, temos em "Tribus" um registro consistente e de alto nível, podendo inclusive servir como porta de entrada ao interessante trabalho do VENOMOUS. É verdade que fica aquele "gostinho de quero mais" ao término da audição, mas também a certeza de que o grupo ainda tem um longo e vitorioso caminho a ser trilhado.
Venomous - Tribus (EP, 2021)
Gravadora: Brutal Records
Data de lançamento: 26/02/2021
Tracklist:
01 - Eerie Land
02 - Trinity
03 - Duality
04 - Unity
Formação:
Thiago Pereira - vocal
Ivan Landgraf - guitarra
Gui Calegari - guitarra
Renato Castro - baixo
Lucas Prado - bateria
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A performance vocal de Freddie Mercury que Brian May diz que pouca gente valoriza
O álbum clássico do Iron Maiden inspirado em morte de médium britânica
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
A música que surgiu da frustração e se tornou um dos maiores clássicos do power metal
O melhor álbum do Led Zeppelin segundo Dave Grohl (e talvez só ele pense assim)
O rockstar que Brian May sempre quis conhecer, mas não deu tempo: "alma parecida com a minha"
A banda de rock favorita do Regis Tadeu; "não tem nenhuma música ruim"
A canção emocionante do Alice in Chains que Jerry Cantrell ainda tem dificuldade de ouvir
A banda que superou Led Zeppelin e mostrou que eles não eram tão grandes assim
O álbum do Led que realizou um sonho de Jimmy Page; "som pesado, mas ao mesmo tempo contido"
Loudwire elege os 11 melhores álbuns de thrash metal de 2025
Andi Deris garante que a formação atual é a definitiva do Helloween
As 50 melhores músicas de 2025 segundo a Metal Hammer
Steve Harris reconhece qualidades do primeiro álbum do Iron Maiden
A canção que Sandy & Junior recusaram e acabou virando hino do rock nacional nos anos 2000

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional


