Resenha - Medicine at Midnight - Foo Fighters
Por Thiago Panhossi
Postado em 15 de fevereiro de 2021
Quando Dave Grohl perguntou a si mesmo "o que vamos fazer agora?" depois de ter esgotado quase 90 mil ingressos para o show icônico no Wembley Stadium em 2008, soou como algo do tipo: já fizemos de tudo, não tem mais nada pra fazer, nada vai superar o que fizemos até agora. E então surgiu Wasting Light em 2011: sucesso de vendas, premiado, aclamado, ovacionado, inquestionável.
Depois disso, quebrou a perna e continuou o show, falou com o presidente, entrou para o Rock and Roll Hall of Fame onde inclusive é conselheiro, e como feito mais recente, se apresentou no US Presidential Inauguration na posse de Joe Biden. O cara fez de tudo! TUDO! O cara bonzinho do Rock And Roll.
A questão foi que em um entrevista recente ele se perguntou novamente: "O que não fizemos? O que podemos fazer?". Mas dessa vez o raio não caiu no mesmo lugar, e o Foo Fighters vem lançando álbuns e EPs da mesma forma que as lanchonetes de fast-food gringas trabalham seus sanduiches: clássicos imbatíveis e lançamentos com variações nominais dos mesmos ingredientes de sempre. Às vezes, um lançamento desses emplaca, mas de resto, quem se importa?
Medicine at Midnight me soa como um álbum feito para que a banda e, principalmente Dave, continuem em evidência como supostos salvadores do rock, que tanto dizem por ai que está morrendo (o que pra mim é coisa de pessoa mal informada e desatualizada).
É um álbum de influencias, mas faixa a faixa, deixa a desejar no que um dia foi o Foo Fighters. Começando pela música de abertura, Making a Fire, que traz elementos novos e não usuais nos álbuns do Foo, mas que não chama atenção. Shame Shame vem na sequência com bom potencial mas sem a explosão usual que todo fã da banda gosta. Cloundspotter parece uma música do Barão Vermelho dos anos 80/90 onde você se pergunta: quem disse que isso era rock?
Waiting on a War foi a primeira que me fez sentir, de verdade, estar ouvindo um álbum do Foo Fighters. É o melhor arranjo possível para o estilo vocálico de Grohl e com o finalzinho acelerado (Yeah! Finalmente). Medicine at Midnight, música que intitula o álbum, é mais uma música que perpetuará no grande vazio das músicas que nunca vão emplacar em um setlist.
No Son of Mine e Holding the Poison surgem para trazer um pouco mais de agito no álbum, mas não comovem. A tranquila e ótima Chasing Birds me lembrou muito o álbum Echoes, Silence, Patience & Grace de 2007 e Concrete and Gold de 2017. Fechando o álbum Love Dies Young, com uma pegada "música divertida para tocar no Guitar Hero" e uma pitada de The Killers.
Ao contrário do que todo mundo espera dos Foo's, os últimos lançamentos parecem motivados por um senso de obrigatoriedade e medo, fazendo com que a importância de um lançamento seja minimizado por essa recorrência sem justificativa.
Vamos as notas:
1. "Making a Fire" ⭐⭐⭐
2. "Shame Shame" ⭐⭐⭐
3. "Cloudspotter" ⭐⭐⭐
4. "Waiting on a War" ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐
5. "Medicine at Midnight" ⭐⭐⭐
6. "No Son of Mine" ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐
7. "Holding Poison" ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐
8. "Chasing Birds" ⭐⭐⭐⭐⭐
9. "Love Dies Young" ⭐⭐⭐⭐
NOTA GERAL: ⭐⭐⭐⭐⭐
Outras resenhas de Medicine at Midnight - Foo Fighters
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026, diz jornalista
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo Corey Taylor do Slipknot
A opinião de Ronnie James Dio sobre Bruce Dickinson e o Iron Maiden
Guns N' Roses teve o maior público do ano em shows no Allianz Parque
Será mesmo que Max Cavalera está "patinando no Roots"?
Viúva de Canisso acusa Raimundos de interromper repasses previstos em contrato
Régis Tadeu explica o que está por trás da aposentadoria do Whitesnake
Avenged Sevenfold lança single inédito para o novo jogo da franquia Call of Duty
Megadeth anuncia show em país onde nunca tocou
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
Os cinco maiores bateristas de todos os tempos, segundo Dave Grohl
Após negócio de 600 milhões, Slipknot adia álbum experimental prometido para esse ano
Ouça "Nothin'" e "Atlas", novas músicas do Guns N' Roses
Graspop Metal Meeting terá 128 bandas em 4 dias de shows na edição de 2026 do festival
O maior frontman de todos os tempos, segundo o saudoso Ozzy Osbourne

Foo Fighters: Medicine at Midnight é divertidamente eficiente
Quando Paul McCartney apresentou o AC/DC para Dave Grohl; "Eu gosto de rock alto"
O hit que é o "orgasmo mais satisfatório que se pode imaginar", segundo Dave Grohl
A canção que fez Dave Grohl derramar lágrimas ao ouvir; "Chorei como um bebê"
Com mais de 160 shows, Welcome to Rockville anuncia cast para 2026
"Melhor que os Beatles"; a banda que Jack Black e Dave Grohl colocam acima de todas
A inusitada homenagem de Dave Grohl ao Korn que fez banda reagir nas redes
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal


