Megh Stock: explorando ambientes jazzísticos em "Da Minha Vida Cuido Eu"
Resenha - Da Minha Vida Cuido Eu - Megh Stock
Por Jorge Felipe Coelho
Postado em 15 de maio de 2020
A primeira vez que vi Megh Stock foi em fevereiro de 2006 de forma impactante. Em uma promoção de jornal havia ganhado CD e ingressos para curtir a badalada turnê MTV Ao Vivo do Barão Vermelho que passaria pela Fundição Progresso, no Rio. Todos estavam ansiosos pela entrada do Barão, mas antes teríamos uma banda de abertura ainda pouco conhecida, chamada "Luxúria".
Foram cerca de quarenta minutos de apresentação em que, desde a entrada de Megh até a sua saída, eu e meus amigos presentes não conseguimos tirar a atenção daquele som de personalidade forte e da presença de palco da cantora de voz rasgada. Foi uma noite de um aguardado show onde a abertura foi ainda mais surpreendente. Depois disso, para conhecer melhor, comprei o ótimo disco do Luxúria e fui em shows da banda.
O grupo conseguiu um sucesso nacional colocando clipes na MTV, emplacando trilha sonora na novela Malhação e abrindo shows do Evanescence no Brasil em 2007. Contudo, fui pego de surpresa em 2009 com o rompimento da banda que sempre vi com grande potencial. Felizmente Megh Stock mostrou que haveria uma continuação com seu nome e uma abordagem sonora que fundia rock com jazz e blues.
Lançado em 2009, Da Minha Vida Cuido Eu é o primeiro álbum que leva o nome da cantora e compositora. Gravado pelos músicos que já estavam na antiga banda, das 12 faixas, 8 são assinadas exclusivamente pela vocalista e 4 por ela e seus parceiros. O disco investe na dinâmica musical pretendida por Megh e, diferente do tempo de Luxúria, traz muito sopro, cordas e piano. O naipe de metal dá as caras na faixa título, um bom jazz rock. "O Filme" e "Contra o Sol" são lindas baladas cantadas de forma suave por Megh e embelezadas por arranjos de cordas.
A nuance jazzística é ainda mais forte na música "Inveja" e sua sucessora e melhor faixa do álbum "Ele Se Sente Só". Aqui, a introdução lembra um clima meio "Clube de Cassino" e os ataques dos instrumentos de sopro e a linha de baixo são a alma da canção. Um rock direto é ouvido em "Personagens", momento do trabalho em que as guitarras falam mais alto e mostram de onde Megh veio.
Megh ainda lançou um outro trabalho com seu nome em 2011 e hoje tem se dedicado à sua família e fé religiosa em São José dos Campos, sua cidade natal. Eu curto o som pesado do Luxúria, mas gosto ainda mais desse trabalho que leva o nome da sua vocalista. O álbum deixa claro a personalidade multifacetada de uma compositora de alma e atitude rock n’ roll perseguindo tons mais swingados para seu quadro sonoro.
Faixas:
1."Da Minha Vida Cuido Eu"
2."Sofá Emprestado"
3."Mãos que Consertam"
4."O Filme"
5."Inveja"
6."Ele se Sente Só"
7."Lisos Abraços"
8."A Porta"
9."Contra o Sol"
10."Caderno de Riscos"
11."Personagens"
12."Feita de Papel (Faixa Bônus)"
Leia mais no Boletim do JF, disponível no link abaixo:
https://radiocatedraldorock.com/?p=553
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