Virgo: uma das melhores fases do Maestro Andre Matos
Resenha - Virgo - Virgo
Por João Paulo Pretti
Postado em 12 de fevereiro de 2020
Nota: 9
Para contextualizar o momento, André Matos tinha deixado o Angra e estava naquela fase embrionária do que viria a ser o Shaman. Ao lado de seu amigo, guitarrista e produtor dos tempos de Angra Sascha Paeth criaram o Virgo, que para mim é uma das melhores fases do maestro em toda a carreira, que durou mais de 30 anos.
Virgo foge do convencional de ambos os músicos, pendendo para várias direções, mas com coesão. Recentemente Sascha Paeth declarou em entrevista à revista Roadie Crew que desde os tempos de produção do álbum Angels Cry ambos já conversavam sobre lançar algo nessa linha, ou seja, já vinha sendo idealizado há tempos, mesmo que eles ainda não sabiam quando exatamente...
O álbum começa com To Be, uma das melhores músicas já compostas pelo maestro, com influências de Queen e refrão cheio de dramaticidade. Em seguida nós temos Crazy Me, que começa meio obscura, mas novamente o destaque fica para o refrão e a interpretação de André Matos, nos moldes que o consagrou, cantando agudo e cheio de feeling.
Take Me Home tem o groove mais dançante, gostosa de ouvir, até cair em mais um refrão que faz o ouvinte se sentir andando em um parque de tão agradável que é. A interpretação de André Matos no último refrão depois do solo é de arrepiar qualquer um!
E como todo registro de sucesso que há a presença daquele que é o maior vocalista do estilo no Brasil, não poderia faltar grandes baladas, e aqui é representada por No Need To Have An Answer, que começa bastante melancólica e introspectiva ao piano, com refrão envolto de arranjos de cordas e coros. Líndíssima, talvez o melhor refrão do álbum todo, fora o seu gran finale cheio de feeling por conta dos coros. Uma das baladas mais fortes já compostas pelo vocalista!
E com aquele clima Pop dos anos 80 vem Street Of Babylon. Com toques eletrônicos e bem tranquila, é mais um dos destaques, mostrando a versatilidade da dupla. Seguindo a linha da versatilidade, chega a vez de River e seu estilo Gospel com coros já característicos do estilo. É até redundante, mas aqui há mais um daqueles refrões que grudam na mente de tão simples (no bom sentido) e agradável. Os arranjos do coral Gospel são fantásticos, que casaram muito bem com a voz de André Matos.
O mais próximo que se pode ouvir de Heavy Metal no álbum é Blowing Away. Mais pesada e agitada, para saciar o apetite daqueles que aprenderam a gostar de André Matos pelo seu riquíssimo currículo. Outra com clima Pop é I Want You To Know, que apresenta o refrão mais dançante e grudento, além de encerrar com mais arranjos de coral Gospel.
Analisando a carreira de André Matos, para mim Virgo está no top 3 dos melhores álbuns já lançados, ficando atrás apenas de Holy Land do Angra e Ritual do Shaman. Virgo só reforça o talento ímpar que André Matos tinha para compor músicas atemporais. Sascha Paeth também disse que a dupla tinha a intenção de continuar com o projeto, mas infelizmente o tempo não permitiu…
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