Machine Head: os 25 anos de um disco que mudou o metal
Resenha - Burn My Eyes - Machine Head
Por Mateus Ribeiro
Postado em 29 de julho de 2019
O ano era 1994. O local, a famosa Bay Area, que presenteou o mundo na década de 1980 com bandas do calibre de Metallica, Exodus, Testament, Slayer, Death Angel, Sadus e Forbidden.
Dez anos depois, quando aparentemente tudo estava quieto, quatro rapazes surgiram em Oakland para fazer barulho novamente: Robb Flynn, Logan Mader, Adam Duce e Chris Kontos representavam a mais nova pancada nascida na Bay Area, o Machine Head. Formado no início dos anos 1990, no dia 09 de agosto de 1994, a banda lança o primeiro álbum, "Burn My Eyes".
Com uma sonoridade sólida e pesada como uma parede, acompanhada de letras ácidas, que retratava a vida turbulenta que os músicos levavam, e isso pode ser sentido pelo nível de fúria e violência contido nas músicas.
Misturando o peso do passado com elementos da época, o Machine Head criou um estilo de som repleto de identidade, algo que falta em inúmeras bandas da cena. É claro, óbvio e evidente que a turma radical dos coletes e calçados brancos que ainda não achou a porta para sair dos anos 1980 não gostou muito das inovações mostradas pelo Machine. Por outro lado, uma leva enorme de bangers ficaram impressionados com a novidade. Tanto que "Burn My Eyes" foi por cinco anos o disco de estreia mais vendido da historia da gravadora Roadrunner.
Musicalmente falando, não tem muito segredo não. Guitarras com afinações mais baixas, toques modernos, bateria e baixo em perfeita sintonia e pesados pra cacete. De quebra, o vocal de Flynn, que gravou o álbum com muito sangue no olho, tal qual seus parceiros de banda. Apesar da faixa de abertura "Davidian" ter se tornado o carro chefe (e maior sucesso do grupo), não faltam outras pedradas de respeito: "Old", "A Thousand Lies", "Death Church", "Blood For Blood" e "Real Eyes, Realize, Real Lies" fazem a alegria de quem quer barulho feito com MUITA qualidade.
Mesmo vinte e cinco anos após o lançamento, "Burn My Eyes", que foi o pioneiro do que veio a ser chamado de "New Wave Of American Heavy Metal", continua sendo referência para inúmeras bandas que tentam inovar, o que é necessário para que o metal continue vivo.
Se o Machine Head hoje é um gigante do metal, "Burn My Eyes" tem muito mérito nisso. Além de ser fundamental em qualquer discografia, é um trabalho que já nasceu clássico. Se conhece, ouça quantas vezes for necessário. Se não conhece, corra atrás urgente.
Ano de lançamento: 1994
Faixas:
"Davidian"
"Old"
"A Thousand Lies"
"None But My Own"
"The Rage to Overcome"
"Death Church"
"A Nation on Fire"
"Blood for Blood"
"I'm Your God Now"
"Real Eyes, Realize, Real Lies"
"Block"
Formação:
Robb Flynn: guitarra e vocal
Logan Mader: guitarra
Adam Duce: baixo
Chris Kontos: bateria
Outras resenhas de Burn My Eyes - Machine Head
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Show do System of a Down em São Paulo entre os maiores momentos do ano para revista inglesa
Justin Hawkins (The Darkness) considera história do Iron Maiden mais relevante que a do Oasis
Show do Slipknot no Resurrection Fest 2025 é disponibilizado online
A música "complicada" do Pink Floyd que Nick Mason acha que ninguém dá valor
A banda de rock nacional que nunca foi gigante: "Se foi grande, cadê meu Honda Civic?"
A farsa da falta de público: por que a indústria musical insiste em abandonar o Nordeste
Brian May escolhe os 5 maiores bateristas e inclui um nome que poucos lembram
Novo álbum do Sleep Token é escolhido o pior do ano por tradicional jornal
O músico que atropelou o Aerosmith no palco; "Ele acabou com a gente"
O guitarrista que Neil Young colocou no mesmo nível de Hendrix, e citou uma música como "prova"
O vocalista que irritou James Hetfield por cantar bem demais; "ele continua me desafiando"
Com shows marcados no Brasil em 2026, Nazareth anuncia novo vocalista
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
Novo boletim de saúde revela o que realmente aconteceu com Clemente
Disco do Pink Floyd atinge o topo das paradas do Reino Unido 50 anos após lançamento
Os 30 anos de "Burn My Eyes", o explosivo disco de estreia do Machine Head
Robb Flynn (Machine Head) exalta disco que marcou a volta do Linkin Park
A opinião de Robb Flynn (Machine Head) sobre o Sleep Token
Robb Flynn defende o Bring me the Horizon da "polícia do metal"
Max Cavalera achou que seria substituído no Sepultura por alguém como Robb Flynn
Os 50 melhores discos de 2025, de acordo com a Metal Hammer
Robb Flynn quer que despedida do Machine Head seja tão grandiosa quanto final de Stranger Things


