Reece: ex-Accept acerta a mão com bom hard rock
Resenha - Resilient Heart - Reece
Por Ricardo Seelig
Fonte: Collector's Room
Postado em 19 de junho de 2019
O vocalista norte-americano David Reece ficou marcado pelo álbum "Eat the Heat", lançado pelo Accept em 1989 e onde teve a incumbência de substituir o frontman original da banda alemã, Udo Dirkschneider. Como o disco também intensificou a aproximação com o hard rock e o distanciamento com o metal clássico iniciada em "Russian Roulette" (1986), coube a Reece o papel de bode expiatório pela não aceitação do CD por grande parte dos fãs. Reece permaneceu no Accept apenas dois anos, de onde saiu para formar o Bangalore Choir e desenvolver sua carreira.
"Resilient Heart" é o terceiro álbum solo de David Reece e traz o cantor acompanhado por uma banda formada totalmente por músicos dinamarqueses - Marco Angioni (guitarra, também produtor do trabalho), Martin J. Andersen (guitarra), Malte Frederik Burkert (baixo) e Sigurd J. Jensen (bateria). O disco é o sucessor de "Universal Language" (2009) e "Compromise" (2013).
Quem acompanha a carreira de Reece e do Bangalore Choir sabe que a praia do músico é o hard rock, e isso fica bem claro em "Resilient Heart". As treze faixas transitam por uma sonoridade que bebe inegavelmente na escola do hard norte-americano, porém com uma pegada mais suja àquela associada costumeiramente ao som californiano. As guitarras são mais pesadas e trazem timbres setentistas, e dá pra afirmar que Reece faz um som que está mais próximo aos primeiros anos do Mötley Crüe, Hanoi Rocks e Guns N’ Roses do que ao lado mais adocicado de nomes como Poison, Ratt e Def Leppard.
Destaque para o clima Whitesnake-com-mais-testosterona de "Any Time at All", as boas harmonias de guitarra em "Wicked City Blues", o hard agradável de "Desire", a balada "I Don´t Know Why", os riffs cheios de groove e o refrão grudento de "Two Coins and a Dead Man", a galopante "A Perfect Apocalypse" e a pegada meio southern de "Heart of Stone".
A conclusão é que "Resilient Heart" é um bom disco, que mostra que David Reece ainda pode produzir trabalhos interessantes e que merecem chegar aos ouvidos de quem curte um hard honesto e sem firulas.
Lançamento nacional em CD pela Hellion Records.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A música lançada há 25 anos que previu nossa relação doentia com a tecnologia
O melhor baterista de todos os tempos, segundo o lendário Jeff Beck
Jon busca inspiração no Metallica para shows de reunião do Bon Jovi
Ingressos do AC/DC em São Paulo variam de R$675 a R$1.590; confira os preços
Tuomas Holopainen explica o real (e sombrio) significado de "Nemo", clássico do Nightwish
A banda com quem Ronnie James Dio jamais tocaria de novo; "não fazia mais sentido pra mim"
Gus G explica por que Ozzy ignorava fase com Jake E. Lee na guitarra
Show do AC/DC no Brasil não terá Pista Premium; confira possíveis preços
Os álbuns esquecidos dos anos 90 que soam melhores agora
A melhor música que Bruce Dickinson já escreveu, segundo o próprio
A única música do Pink Floyd com os cinco integrantes da formação clássica
Robert Plant conta como levou influência de J. R. R. Tolkien ao Led Zeppelin
Quando Lemmy destruiu uma mesa de som de 2 milhões de dólares com um cheeseburguer
As músicas que o AC/DC deve tocar no Brasil, segundo histórico dos shows recentes
Paisagem com neve teria feito MTV recusar clipe de "Nemo", afirma Tarja Turunen


Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto


