Metallica: ...And Justice For All foi um grande recomeço
Resenha - ...And Justice For All - Metallica
Por Mateus Ribeiro
Postado em 12 de maio de 2019
Nota: 10 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Todo ser humano que gosta de heavy metal já ouviu alguém falar muito bem sobre os três primeiros álbuns do Metallica. De fato, são excelentes discos, que ajudaram a mudar os rumos da música pesada. Porém, infelizmente, após o lançamento de "Master Of Puppets" (1986), o Metallica passou pelo seu momento mais difícil, a trágica morte do baixista Cliff Burton.
O Metallica estava fazendo inúmeros shows, vendendo uma enormidade de discos, e consolidando seu nome na cena. Porém, a triste morte do talentoso baixista fez James Hetfield pensar seriamente em acabar com a banda. Algum tempo depois, porém, resolveu continuar a caminhada, e para isso, recrutou o baixista Jason Newsted, que tocava com o Flotsam And Jetsam.
É claro que o mundo na época estava curioso para saber o que estava por vir, afinal de contas, além da estreia do novo integrante, após o sucesso estrondoso de "Master Of Puppets", será que o Metallica conseguiria manter o nível?
Logo de cara, a capa do álbum já choca e chama a atenção ao mesmo tempo, pelo ótimo desenho e conceito.Também pode se notar que as músicas passaram a ser mais longas (a faixa título tem quase dez minutos), com mudanças no andamento, e os temas são bem variados, indo de política até a mente humana, passando pela guerra, injustiça e liberdade de expressão.
A primeira música do disco, "Blackened", mostra bem o que o álbum traz: músicas intrincadas, complexas, clima um tanto quanto obscuro, peso e velocidade. De longe, é o trabalho mais diferente do Metallica até então. O disco é uma junção de tudo o que a banda havia feito nos discos anteriores, e o início da exploração de novos horizontes.
Um dos maiores clássicos da banda, "One", faz parte do disco, e já seria o suficiente para fazer valer o investimento. O seu riff clássico, a pegada de bateria, o solo e a letra emocionante tornam a quarta faixa do álbum um dos maiores clássicos do metal. A música rendeu o primeiro clip da banda, que possui uma atmosfera tensa, comcenas do filme "Johnny Got His Gun".
Outros temas como "Eye Of The Beholder", "Harvester Of Sorrow", "The Shortest Straw" (que conta com uma levada insana na bateria) ,"The Frayed Ends Of Sanity" e a veloz "Dyers Eve" merecem destaque pela velocidade, peso, letras ácidas e instrumental (apesar do baixo inaudível).
A música "To Live Is To Die" é uma bela homenagem da banda ao falecido baixista. O título da (quase) instrumental é uma frase que Cliff gostava muito.
No fim das contas, "...And Justice For All" é um ótimo álbum, apesar de alguns acharem que foi o começo da decadência da banda. Outros acham que a banda morreu ali. Ainda existe quem ache que esse seja o melhor disco do Metallica. Uma coisa é certa, independente de sua opinião: é impossível ficar indiferente ao ouvir "...And Justice...".
Realmente, o disco, apesar de ser um pouco difícil de ser digerido na primeira audição, elevou o patamar da banda, e fez o Metallica atingir outro público, abrindo caminho para mudanças que se mostrariam um tanto quanto controversas com o passar do tempo.
Seja como for, é um ótimo álbum, que merece todo o respeito, e marca o início de uma nova fase.
Ano de lançamento: 1988
Formação:
James Hetfield - vocal/guitarra
Kirk Hammett - guitarra
Lars Ulrich - bateria
Jason Newsted - baixo
Faixas:
1 - "Blackened"
2 - "...And Justice For All"
3 - "Eye Of The Beholder"
4 - "One"
5 - "The Shortest Straw"
6 - "Harvester Of Sorrow"
7 - "The Frayed Ends Of Sanity"
8 - To Live Is To Die"
9 - "Dyers Eve"
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
O melhor disco de Raul Seixas, apurado de acordo com votação popular
A obra-prima do Dream Theater que mescla influências de Radiohead a Pantera
Regis Tadeu indica disco "perfeito" para uma road trip: "Todo mundo detesta, mas é bom"
O guitarrista que Jimmy Page admitiu estar fora de seu alcance: "Não consigo tocar"
Irmãos Cavalera não querem participar de último show do Sepultura, segundo Andreas Kisser
O maior compositor do rock'n'roll de todos os tempos, segundo Paul Simon
O álbum do Almah que ambição era bater de frente com Angra, segundo produtor
Monsters of Rock confirma as 7 atrações da edição de 2026 do festival
O único "filme de rock realmente bom" da história, segundo Jack Black
Robert Plant acrescenta o Rio de Janeiro à turnê brasileira em 2026
Após negócio de 600 milhões, Slipknot adia álbum experimental prometido para esse ano
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"


Chuck Billy se inspira em James Hetfield sempre que vai compor para o Testament
Para John Bush, Metallica tomou o caminho certo com o "Black Album"
O melhor baterista dos últimos 10 anos, segundo Lars Ulrich do Metallica
A segunda música mais ouvida do Metallica em cada álbum de estúdio no Spotify
As quatro músicas do Metallica que James Hetfield considera suas favoritas
Poppy fala sobre Metallica, Judas Priest, Linkin Park, Amy Lee e perigos do TikTok
James Hetfield, do Metallica, diz que tem o melhor emprego do mundo
O selo de qualidade que o Metallica deu ao Scorpions, segundo Rudolf Schenker
James Hetfield revela como se sente sendo James Hetfield, do Metallica
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal


