Sentenced: Cold White Light é um disco perfeito do começo ao fim
Resenha - Cold White Light - Sentenced
Por Mateus Ribeiro
Postado em 16 de fevereiro de 2019
Nota: 10
O SENTENCED é uma das bandas mais saudosas do cenário metálico. Os finlandeses se despediram dos palcos (e dos estúdios) no ano de 2005, com o ótimo "The Funeral Album", porém,antes do registro derradeiro, a banda lançou um disco marcante até os dias de hoje: "The Cold White Light".
Depois do lançamento do ótimo "Crimson", o SENTENCED continuou apostando na mistura entre Heavy/Gothic Metal e muita melodia, com um clima mais Rock and Roll/Hard Rock em alguns riffs. Uma mistura um tanto quanto inusitada, mas que rendeu ótimos resultados. O som da banda já não era nem sombra do Death Metal praticado no início dos anos 90.
Lançado em 2002, "The Cold White Light" é perfeito, e todas as faixas são muito boas, e cativam o ouvinte de alguma forma. O trabalho instrumental é outro ponto fundamental para a qualidade do disco. Todos executam as suas funções muito bem, com destaque para as guitarras de Miika Tenkula e Sami Lopakka e a voz de Ville Laihiala, que dessa vez está mais limpa do que em outros discos. As letras também merecem atenção, tratando de temas comuns na discografia da banda, como melancolia, morte e suicídio. A ironia de sempre também está presente, e algumas músicas contam até com mensagens positivas (caso de "Brief Is The Light").
A instrumental "Konevitsak Kirkonkellot" abre o disco, e em seguida, se inicia um dos maiores sucessos da banda, "Cross My Heart And Hope To Die", com sua levada mais agitada e um refrão extremamente forte. A teceria faixa, a já citada (e maravilhosa) "Brief Is The Light", mostra uma tendência que vai até o final do disco: para cada música um pouco mais empolgante, há outra um pouco mais cadenciada.
Todas as faixas são ótimas, fica difícil destacar alguma em especial. Cada uma delas é capaz de prender o ouvinte por uma característica. O ideal é colocar o disco pra rodar e aproveitar os bons momentos proporcionados pela balda "No One There", ou pelo ótimo refrão de ‘Blood And Tears", pela quase Rock And Roll "Neverlasting". Se estiver apaixonado, pode ouvir a linda "You Are The One" (inclusive, você pode usar a tradução da música como declaração de amor ou pedido de desculpas). Já "Guilt And Regret" é maravilhosa, mas não deve ser ouvida em dias de tristeza, mesmo caso de "Aika Multaa Muistot". Agora, se você gosta de sarcasmo puro, pode ouvir "Escuse Me While I Kill Myself".
Resumidamente, o sétimo disco do SENTENCED apresenta uma banda muito madura, que conseguiu juntar todas as suas mais distintas características em músicas sólidas e muito bem construídas.
Um álbum perfeito, que merece ser ouvido com muita atenção!
Se você conhece, ouça quantas vezes for preciso. Se não conhece, corra atrás!
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