Samael: Seis anos de espera se pagam agora...
Resenha - Hegemony - Samael
Por Marcelo Hissa
Postado em 28 de janeiro de 2018
Nota: 9 ![]()
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Antes de iniciarmos vamos deixar claro: os irmãos Locher (Vorph e Xy) criaram 2 bandas chamadas de Samael. A primeira, black metal, fez sucesso até meados dos anos 90 com músicas de temas satânicos, cantava o desejo de sentar ao lado esquerdo do diabo e poetizavam a cabeça de Jesus impregnada de pregos. Apesar do grande sucesso, esse Samael está morto desde o estrondoso Ceremony of Opposites, mas sua a essência ainda é sentida, mesmo que liminarmente. O segundo Samael é banda de metal industrial despontada com o album Passage. Esse se dedica à temas transcendentais, relacionados à consciência, busca de verdade, ceticismo e cientificismo, basicamente deixou de ser satanista pra ser ateu.
Se seu interesse se resume unicamente ao Samael black esse álbum não é pra você (que pena). Hegemony é industrial e levou 6 anos para ser germinado, mas cada segundo de espera foi devidamente recompensado. O álbum é um dos melhores do ano e supera muito os dois últimos. A música é criada sob uma agressividade que se deve principalmente a técnica vocal de Vorph. Faixas como Hegemony, Rite of Renewal ou Red Planet não funcionariam sem os vocais roucos mecânicos. A bateria eletrônica é animalesca, ratifica o clima profundo oriundo da guitarra, convida o ouvinte a fechar os olhos e dançar apenas com o pescoço-cabeça. O fator industrial é muito bem usado, ele não cria melodia, não direciona o ritmo, apenas cria a ambientação e enfatiza o peso. Algum insurgimento de black metal pode ser notada, como em Black Supremacy,, tanto na temática como na velocidade. Uma das melhores do álbum Murder or Suicide condena a falta de coerência de idéias (bem representativo para nossa realidade dicotômical atual) e se destaca pela cadência estrondosa com melodia emotiva.
Por fim, no ano que morreu Charlie Manson, Samael resolveu prestar as devidas homenagens fazendo cover de Helter Skelter do Beatles. Ao contrário da versão do Kavadar (também muito boa) a do Samael impõe mais a identidade da banda.
A maturidade lírica do Samuel é notável, deixou de ser um garoto rebelde colérico, para ser um intelectual questionador. Como só peso e temática não fazem um bom álbum o Samael criou melodias dentro de uma ambientação suprema. A mão chifrada símbolo universal do heavy metal é o suficiente pra contar o número da bandas que fazem industrial com qualidade, Samael é uma delas.
TrackList
1.Hegemony 03:47
2.Samael 03:59
3.Angel of Wrath 03:31
4.Rite of Renewal 04:31
5.Red Planet 03:58
6.Black Supremacy 03:51
7.Murder or Suicide 04:03
8.This World 03:43
9.Against All Enemies 04:31
10.Land of the Living 04:05
11.Dictate of Transparency 03:58
12.Helter Skelter 03:27
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