Lacrimosa: "Angst", um início desesperador
Resenha - Angst - Lacrimosa
Por Rafael Lemos
Postado em 31 de maio de 2017
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Uma das mais conhecidas bandas góticas do mundo, o Lacrimosa, iniciava a sua saga em 1991, com "Angst", após ter lançado a demo "Clamor" no ano anterior. Na minha opinião, os três primeiros álbuns são sem dúvida os melhores da discografia, contando com uma áurea sombria vinda da influência do gênero Darkwave, sensação que se perderia cada vez mais a partir da entrada da Anne Nurmi na banda. Os fãs da Anne que me perdoem, mas esta fase inicial é insuperável.
Nesse começo, o Lacrimosa era um projeto pessoal do Tilo Wolff, contando com ele como único integrante, tocando todos os instrumentos e compondo todas as músicas e letras. E foi assim que "Angst" foi gravado.
As letras, cantadas em alemão, abordam temas obscuros e repugnantes, como doenças, desespero, existência insignificante, profanação, tristeza, falta de esperança, solidão e, acima de tudo, o tema que dá título ao álbum e permeia todas as faixas: o medo.
"Seele in not" abre o disco com um belíssimo e arrebatador órgão sacro, de intensa profundidade, que vai perdendo espaço pra pianos de sons e intervalos disformes e gritos sombrios feitos por sintetizadores. A voz, inicialmente asustada de Tilo, se torna gritos de revolta e ódio em seu final.
"Requiem" possui um ritmo constante e é conduzida por um teclado e pela voz grave de Tilo que canta o desprendimento da alma de seu corpo. Parece um ensaio para a música "Reißende Bircke" que estaria no álbum seguinte, dadas as semelhança.
"Requiem" e "Seele in not" eram as duas músicas que compunham a demo "Clamor", lançada no ano anterior, em 1990. Portanto, o álbum em si começa com a instrumental e dispensável "Lacrima mosa", seguida da dançante e anticlerical "Der Ketzer", com seu baixo forte.
"Der letzte Hilfeschrei", a mais desesperadora música do álbum e, quem sabe de toda a carreira da banda, narra as reflexões e agonias de um doente internado em um hospital, encerrando com gritos desesperados que antecedem a sua morte. A música é toda conduzida por um teclado de fundo e o ritmo de um batimento cardíaco.
A última faixa é a introspectiva e extremamente triste "Tränen der Existenzlogiskeit", mas na versão em cd há a bônus "Diener eines Geistes", que sairia no álbum seguinte em uma diferente versão.
O encarte possui letras e informações técnicas somente.
Esta obra é genial por ser autêntica. Um grande início de uma grande banda mas que não leva a nota máxima devido à fraca instrumental que a integra.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O primeiro supergrupo de rock da história, segundo jornalista Sérgio Martins
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
A música que Lars Ulrich disse ter "o riff mais clássico de todos os tempos"
O "Big 4" do rock e do heavy metal em 2025, segundo a Loudwire
O lendário guitarrista que é o "Beethoven do rock", segundo Paul Stanley do Kiss
Guns N' Roses teve o maior público do ano em shows no Allianz Parque
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
Dio elege a melhor música de sua banda preferida; "tive que sair da estrada"
Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026, diz jornalista
Os onze maiores álbums conceituais de prog rock da história, conforme a Loudwire
A icônica banda que negligenciou o mercado americano; "Éramos muito jovens"
Bloodbath anuncia primeira vinda ao Brasil em 2026
Max Cavalera tentou se reunir com o Sepultura em 2010, mas planos deram errado
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo Corey Taylor do Slipknot


Lacrimosa divulga atualização sobre o estado de saúde de Anne Nurmi
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


