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Pop Javali: um show para eternizar o momento da banda

Resenha - Live In Amsterdam - Pop Javali

Por Victor Freire
Fonte: Rock'N'Prosa
Postado em 22 de novembro de 2016

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

Escutar um álbum ao vivo sempre é algo prazeroso. Não sei se mais gente pensa assim, mas gosto de imaginar o show enquanto escuto. Não é o mesmo sentimento de escutar um álbum após assistir o DVD do show, por exemplo. Durante a sua última turnê pela Europa (em outubro de 2015), o power trio Pop Javali gravou o Live in Amsterdam (2016). O show gravado no The Waterhole, em Amisterdã, foi meu primeiro contato com a banda formada por Marcelo Frizzo (vocal e baixo), Jaéder Menossi (guitarra) e Loks Rasmussen (bateria).

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A banda estava promovendo o álbum The Game of Fate (2014), sucessor do álbum No Reason to be Lonely (2011). Apesar de só possuírem dois álbuns, a banda já soma mais de 20 anos de estrada.

Vamos ao show então. Após uma breve introdução a banda inicia o show com Road to Nowhere, desfilando um excelente hard rock. A composição lembra bem aquele estilo oitentista do hard rock, com um excelente trabalho da guitarra nos solos. Free Men, música do álbum mais recente deles, possui um início mais pesado, com características mais dentro do heavy metal do que no hard rock, por assim dizer. Lie to Me volta a incluir mais hard rock no show. Gostei do trabalho dos solos, além dos arpejos, destaco o solo estilo Joe Bonamassa. A música lembra um pouco o estilo do Rush, com variações nas melodias a partir de uma base bem montada no baixo. A Friend That I’ve Lost arrisco em dizer que é a música com mais elementos do metal dentre todas. O início é rápido, mas um riff bem "Black Sabbath" aparece em seguida, abrindo espaço novamente para os solos Joe Bonamassa. O que mais chamou a atenção foi a diversidade da música, gostei da forma que os vocais foram construídos em cima dos riffs.

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O ritmo é diminuído um pouco em Time Allowed, mas logo abre espaço para um puro hard rock riffado. Influências de Rush e Uriah Heep aparecem nessa música, curti bastante as variações nas melodias. Escutando ao encerramento do álbum, com a pesada I Wanna Choose termino a audição com um bom sentimento do Pop Javali. O set-list do show foi focado no The Game of Fate (2014), último álbum deles. Só achei uma pena o show não contar com mais músicas do primeiro álbum deles. Álbuns assim funcionam como uma coletânea, para as pessoas que conhecem celebrarem a música da banda e as que não conhecem, conhecer o que tem de melhor no som produzido pela banda. No entanto, tenho noção do que pode ter acontecido. O álbum é o show "cru", não tem overdubs nem edição, pelo que pude constatar. Assim, é normal músicas terem algum problema na gravação ou erro de execução, o que impossibilitaria elas estarem no álbum. Mas, novamente dizendo, isso não tira o brilho do álbum ao vivo e o poder das músicas que estão presentes nele.

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A gravação do álbum está boa, só achei o som da guitarra um pouco sujo demais, isso dificulta o entendimento em certas partes. No final, acho o registro do Live in Amisterdam (2016) muito válido para registrar o momento do Pop Javali. Serve de promoção para o The Game of Fate (2014) e mostra a força da banda nos palcos. Assim como eu, muita gente vai poder escutar a banda pela primeira a partir desse álbum, e poder sentir a energia da banda através do palco a partir do álbum é algo que nos faz querer acompanhar os lançamentos futuros deles.

#Tracklist:

1.Intro
2.Road to Nowhere
3.Free Men
4.Lie to Me
5.A Friend That I’ve Lost
6.Wrath of the Soul
7.Time Allowed
8.I Wanna Choose

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Sobre Victor Freire

Professor universitário e mestre em Engenharia Mecânica pela UFRN. Nascido no deserto de Mossoró/RN. É fã e colecionador de itens relacionados ao rock'n'roll. Editor-chefe do blog Rock'N'Prosa e guitarrista do Godhound. Acessa o Whiplash! desde a infância e colabora com o site sempre que possível.
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