Marie Queenie Lyons: Uma pérola perdida no tempo
Resenha - Soul Fever - Marie Queenie Lyons
Por Cláudio Glebson
Postado em 12 de setembro de 2016
Nota: 10 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Uma das coisas mais legais que a internet nos proporciona é poder redescobrir muitas coisas que pareciam engolidas pelo tempo. Na arte, por exemplo, já parou para pensar quanta coisa boa pode estar sendo feita atualmente, e que apenas daqui 30 ou 40 anos será descoberta pelo público que merece? Pois bem, o álbum Soul Fever, da Marie Queenie Lyons é um desses exemplos.
Depois de lançar dois EPs em 1969, no ano seguinte era a vez do Full Length Soul Fever. O curioso é que nenhuma das músicas foi composta por Marie, e sim por vários compositores da época, e que até James Brown compôs uma faixa do disco. O som praticado trata-se de um funk/ soul muito bem pesado e cheio de ritmo. E mesmo com uma qualidade impressionante, depois de seu lançamento Marie Queenie Lyons simplesmente sumiu do mapa. E não há nenhum tipo de informação biográfica da mesma até hoje, e nem sabe-se se ela ainda é viva ou não. O que tornou Soul Fever um álbum raro e cult no meio da música.
See And Don't See é aquele tipo de música perfeita para abrir um disco: simples, direta e contagiante.Na sequência vem Daddy's House , que começa com uma bela melodia no piano e possui um clima mais ameno e suave, e que conta com ótimos backing vocals. A trinca de abertura encerra-se com You Used Me, onde a voz de Marie Queenie explode de vez: em uma das melhores interpretações femininas que este que vos escreve já presenciou, a faixa por si só vale o disco.
Mas há mais para se apreciar aqui do que apenas as três primeiras faixas. Os metais aparecem com força em You Key Don't Fit it No More, enquanto o groove atinge níveis intensos na faixa I Don't Want Nobody To Have It But You. A voz sussurrada de Marie no início de We'll Cry Together vai dando o tom crescente da música até seu refrão plangente em outra das melhores do disco. Try Me, a música composta por james Brown encerra o disco com um ótimo feeling e linhas de baixo muito marcantes.
Ao fim do álbum a pergunta que fica é: por que ela não seguiu carreira depois de uma estreia tão cheia de qualidades? Não sabe e talvez nunca será conhecido o motivo. Mas talvez seja esse o charme do disco: ter o prazer de ouvir uma voz tão sublime, e também o desespero de saber que Soul Fever é o único lugar em que podemos apreciá-la.
Tracklist:
See And Don´t See 3:20
01.Daddy´s House 3:14
02.You Used Me 3:38
03.Your Thing Ain´t Good Without My Thing 2:27
04.Snake In The Grass 2:42
05.Your Key Don´t Fit It Anymore 2:38
06.Fever 5:25
07.I Don´t Want Nobody To Have It But You 3:02
08.We´ll Cry Together 3:15
09.I´ll Drown In My Own Tears 3:50
10.I Want My Freed
11.Try Me 2:38
Link da matéria:
http://filmesseriesrock.com.br/2016/09/05/marie-queenie-lyons-soul-fever-1970-uma-perola-perdida-no-tempo/
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O primeiro tecladista estrela do rock nacional: "A Gloria Pires ficou encantada"
Axl Rose ouviu pedido de faixa "esquecida" no show de Floripa e contou história no microfone
A banda desconhecida que influenciou o metal moderno e só lançou dois discos
A melhor música dos Beatles, segundo o Ultimate Classic Rock
"Um cantor muito bom"; o vocalista grunge que James Hetfield queria emular
Nicko McBrain revela se vai tocar bateria no próximo álbum do Iron Maiden
Documentário de Paul McCartney, "Man on the Run" estreia no streaming em breve
Slash quebra silêncio sobre surto de Axl Rose em Buenos Aires e defende baterista
Regis Tadeu explica por que não vai ao show do AC/DC no Brasil: "Eu estou fora"
O convite era só para Slash e Duff, mas virou uma homenagem do Guns N' Roses ao Sabbath e Ozzy
Janela de transferências do metal: A epopeia do Trivium em busca de um novo baterista
Organização confirma data do Monsters of Rock Brasil 2026
O que realmente fez Bill Ward sair do Black Sabbath após "Heaven & Hell", segundo Dio
Os 11 melhores discos de rock progressivo dos anos 1970, segundo a Loudwire
Krisiun celebra o aniversário do clássico "Apocalyptic Revelation", gravado em apenas uma semana

Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto
"Hollywood Vampires", o clássico esquecido, mas indispensável, do L.A. Guns
"Hall Of Gods" celebra os deuses da música em um álbum épico e inovador
Nirvana - 32 anos de "In Utero"
Perfect Plan - "Heart Of a Lion" é a força do AOR em sua melhor forma
Pink Floyd: O álbum que revolucionou a música ocidental


