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Resenha - Trauma - Contempty

Por Vitor Franceschini
Postado em 13 de julho de 2015

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

O primeiro EP dos mineiros da Contempty, "Gaping Deception in Guiltless Eyes" (2013), já mostrou uma banda competente e engajada em sua proposta de desenvolver um Doom Metal com resquícios de Death Metal. Algumas falhas até inevitáveis, devido às condições da banda, estavam ali, mas mesmo assim foi um trabalho de boa qualidade.

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"Trauma" mantém a banda em sua proposta e a evolução natural do conjunto (e também individual) é nítida, além de o quarteto ter aparado diversas arestas. A personalidade da Contempty também ganhou ênfase e seu som hoje pode ser classificado como Funeral Doom Metal facilmente.

Difícil dizer isso em um disco de tal gênero, mas a faixa de abertura, Woe Is Me, é uma música que entra com energia (nem que seja negativa) e pode ser considerada uma das melhores da banda. A música emociona de início e faz seu papel de cartão de visitas com maestria.

O melhor é que o que está por vir mantém a chama acesa. Mais agressiva, My Voiceless Heaven consegue manter o clima sombrio, com linhas de teclados densas e a banda destilando suas influências Death Metal. A longa In Myself Rotting traz influências do Doom Metal tradicional e se mistura bem com a identidade da banda, sendo uma faixa para os ‘die hard’ do estilo.

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Fechando o trabalho, temos Knell of Demise, que possui riffs memoráveis, linhas de baixo consistentes e uma bateria arrastada, além de arranjos de teclados fenomenais. A música é outro destaque que dá fim ao disco com um encerramento apoteótico, fazendo tudo valer à pena.

O trabalho ainda conta com uma bela embalagem digipack e uma arte interessante, além de uma produção sonora de qualidade. Ainda há alguns ajustes a serem feitos? Sim, sempre haverá, mas a Contempty conseguiu atingir um objetivo que era buscado desde o trabalho anterior. Creio que temos mais um grande representante do estilo no país.

https://www.facebook.com/Contempty
http://contempty.bandcamp.com/

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Sobre Vitor Franceschini

Jornalista graduado tem como principal base escrever sobre Rock e Metal, sua grande paixão. Ex-editor do finado Goredeath Zine, atual comandante do blog Arte Metal, além de colaborador de diversos veículos do underground.
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