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Led Zeppelin: em 1969 nascia o hard como o conhecemos

Resenha - Led Zeppelin - Led Zeppelin

Por Nacho Belgrande
Fonte: Playa Del Nacho
Postado em 12 de janeiro de 2014

Pode parecer óbvio, mas o seminal álbum de estreia do LED ZEPPELIN, que chegou às lojas do Reino Unido no dia 12 de Janeiro de 1969, exatos 45 anos atrás, é um disco cheio de inovações, muito mais do que o ‘I’ atribuído popularmente a seu título hoje em dia pode adiantar.

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Ele pode não ter a estatura histórica de ‘Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band’ [e nada no rock tem tampouco], mas o petardo introdutório do Zep é o protótipo, e, portanto, ‘primeiro’ verdadeiro álbum de hard rock. Ele também poderia ser alcunhado como o primeiro disco pós anos 70, esteticamente falando, e é certamente um dos primeiros álbuns divisores de águas na música lançados depois da obra-prima ‘Technicolor’ dos Beatles que mudou, basicamente, tudo.

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E pensar que, menos de seis meses antes, o guitarrista e líder do Led, JIMMY PAGE, ainda estava pensando no que fazer em relação aos esfacelados Yardbirds, e sua carreira como um todo. A fissura daquela outra grande banda, contudo, já vinha sendo anunciada fazia bastante tempo, e tornara-se oficial em agosto de 1968, quando Page ficou com apenas os direitos legais sobre o nome Yardbirds e a responsabilidade de recrutar novos músicos capazes de cumprir alguns shows já agendados na Escandinávia. A sequência de eventos que se seguiu rapidamente a isso ainda desafia a realidade.

Atente para a linha do tempo: em setembro, Page, o vocalista ROBERT PLANT, o baixista e tecladista JOHN PAUL JONES e o baterista JOHN BONHAM, encararam a turnê escandinava anunciados como ‘New Yardbirds’, ao mesmo tempo em que testavam material novo ao vivo e avaliavam sua química conjunta no palco. Em outubro, o grupo ainda sem nome estava ocupado gravando essas músicas novas nos Olympic Studios de Londres pela pechincha de 1782 libras, pacote fechado. Em novembro, e com a ajuda do contundente empresário PETER GRANT, o já batizado Led Zeppelin assinou um contrato histórico com a gravadora Atlantic Records, garantindo controle nunca antes visto sobre o direcionamento de sua carreira. Em dezembro, veio o Natal, e já em janeiro de 1969, ‘Led Zeppelin’ – o álbum – foi lançado em toda a Europa.

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Redundante dizer que muito do apelo único do disco – tanto na época como agora – emana das inacreditavelmente voláteis condições sob as quais ele foi criado. Ele é permeado pela fonte da energia crua e espontânea que jorra de suas nove combustíveis faixas, e que determinou que ‘Led Zeppelin’ tornaria-se a medida de referência pela qual todos os futuros álbuns de rock seriam comparados. Não obstante, graças à liberdade criativa sem igual que Page exigira da Atlantic antes de rubricar seu nome com seus colegas de banda, aquelas mesmas nove faixas já revelavam uma banda disposta a adaptar música de todo tipo para seus objetivos de altos decibéis, e basta repassá-las em sequência para se dar conta disso.

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Façamos isso. Há o trovão bruto de hard rock bruto [‘Good Times, Bad Times’], rock neofolk de temática sensível [‘Babe I’m Gonna Leave You’], blues do Delta luxurioso [‘You Shook Me’], rock artístico alucinógeno [‘Dazed and Confused’], desejos de vingança [‘Your Time Is Gonna Come’], folk irlandês instrumental percussivo [‘Black Mountain Side’], metal pós-garagem euforicamente pesado [‘Communication Breakdown’], e mais blues, tanto do tipo condensado [‘I Can’t Quit You Baby’] como do tipo tão primordial que quase se antecede ao embrião do rock, sob um paradigma poderoso e moderno [‘How Many More Times’].

Claramente, o modo como tudo isso abrangeu a alvorada de uma era do hard rock não deixa muito difícil conceber como tanta diversidade acabaria por se esgotar com o passar do tempo, assim como explica o fato de tão poucas bandas terem chegado perto de desafiar as incríveis versatilidade e facilidade do Led Zeppelin para misturar gêneros e transitar por vertentes da música do jeito que eles bem entendessem. Talvez tais acólitos, assim como a falta de talento conjunto e individual como o dos quatro membros da banda seja a causa de tantos tentarem, e nenhum conseguir.

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Em qualquer caso, do ponto de vista prático, o sucesso sem precedentes de vendas de ‘Led Zeppelin’ [que chegou ao Top 10 do Reino Unido e dos EUA, onde fora lançado dois meses depois], provou ser um marco, como a história confirmaria depois. Em um único golpe, o álbum calou a boca dos críticos e revelou o enorme mercado existente para a música moderna, abrindo a porta para incontáveis bandas – desde o BLACK SABBATH até o DEEP PURPLE – para que essas acreditassem em sua viabilidade comercial e ajustassem seus amplificadores no máximo. Uma vez que tais barreiras cederam, o rock nunca mais seria o mesmo, mas alguém teve que ser o primeiro a fazê-lo, e esse alguém foi o Led Zeppelin, com o clássico que aniversaria hoje.

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Texto original por Eduardo Rivadavia

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Sobre Nacho Belgrande

Nacho Belgrande foi desde 2004 um dos colaboradores mais lidos do Whiplash.Net. Faleceu no dia 2 de novembro de 2016, vítima de um infarte fulminante. Era extremamente reservado e poucos o conheciam pessoalmente. Estes poucos invariavelmente comentam o quanto era uma pessoa encantadora, ao contrário da persona irascível que encarnou na Internet para irritar tantos mas divertir tantos mais. Por este motivo muitos nunca acreditarão em sua morte. Ele ficaria feliz em saber que até sua morte foi motivo de discórdia e teorias conspiratórias. Mandou bem até o final, Nacho! Valeu! :-)
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