Lynyrd Skynyrd: Mesmo ousando, fica na zona de conforto
Resenha - Last Of A Dyin' Breed - Lynyrd Skynyrd
Por Igor Miranda
Fonte: Van do Halen
Postado em 05 de setembro de 2012
Nota: 7
A espera acabou. Três anos após o lançamento do aclamado God & Guns, eis que Last Of A Dyin' Breed, 13° disco de estúdio do Lynyrd Skynyrd, chega aos fãs. A abertura com a faixa-título começa do jeito que todo fã de Southern Rock gosta: pegada clássica de Rock n' Roll, slide guitar bem presente e riffs truncados. A cadenciada "One Day At A Time" dá sequência, com ótimo trabalho de guitarras e bela melodia. Não chega a ser uma balada, mas tem alguns características baladescas.
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"Homegrown" demonstra uma pitada de modernidade pela afinação mais baixa dos instrumentos de corda. Quase uma música do Nickelback, se não fosse o órgão Hammond de fundo. O saldo é positivo, pois a música tem qualidade e quem vive de revival é banda cover. "Ready To Fly" é mais uma balada que segue os moldes do Skynyrd: poderosa e altamente sentimental, com infalíveis ingredientes Country.
"Mississippi Blood" tem um bom ritmo e riffs envolventes. A faixa agrega o clássico ao contemporâneo. Não surpreende, mas também não falha. "Good Teacher" é um bom Rock n' Roll, com a pegada old school presente. As apostas nos fraseados de guitarra com wah wah nunca são demais – Kirk Hammett que o diga. "Something To Live For" é mais uma balada que segue a proposta da anterior, porém sem muito êxito.
A soft-rock "Life's Twisted" tem um refrão envolvente e também se apodera da dinâmica de união do clássico com o moderno. Boa música. "Nothing Comes Easy" parece uma continuação da anterior, com maior apresentação de órgão Hammond e riffs mais "rockers". Na sequência, temos "Honey Hole", uma balada repleta de melancolia que cresce positivamente no refrão. O fechamento fica por conta de "Start Livin' Life Again", que agrada logo de cara com o violão tocado no slide. A canção não chega a ser uma balada tampouco é melancólica, mas tem a cadência como sua característica principal.
No geral, Last Of A Dyin' Breed segura as pontas e apresenta uma espécie fusão entre o revival e o moderno. Tem boas músicas, mas nada que modifique vidas, até porque falta inspiração em alguns momentos. Não sei se a ousadia em misturar clássico com contemporâneo é, de fato, ousadia o suficiente para assegurar os lançamentos do novo Lynyrd Skynyrd entre os melhores de suas épocas. Tanto é que, dificilmente este disco entrará nas listas de melhores do ano de 2012. Mas a audição é boa, vale a conferida.
Johnny Van Zant (vocal)
Gary Rossington (guitarra)
Rickey Medlocke (guitarra)
Mark Matejka (guitarra)
Johnny Colt (baixo)
Michael Cartellone (bateria)
Peter Keys (teclados)
Músico adicional:
John 5 (guitarra adicional)
01. Last Of A Dyin' Breed
02. One Day At A Time
03. Homegrown
04. Ready To Fly
05. Mississippi Blood
06. Good Teacher
07. Something To Live For
08. Life's Twisted
09. Nothing Comes Easy
10. Honey Hole
11. Start Livin' Life Again
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