Týr: Um disco completo, contagiante e incrível
Resenha - Lay Of Thrym - Týr
Por Renato Trevisan
Fonte: ocaralhoa4.blogspot.com
Postado em 03 de junho de 2011
Nota: 10 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Falar sobre Týr é chover no molhado, visto que desde do lançamento do seu debut, a banda Feroense nos brinda com uma mescla única de Heavy Metal e Progressivo, regados a passagens atmosféricas, épicas e, acima de tudo, folclóricas. Tudo isso esbanjando qualidade técnica e um feeling que não vemos em muitas bandas por aí.

O grupo vem construindo seu caminho dentro do Heavy Metal desde 2002, com o lançamento de "How Far to Asgaard" e, pensávamos, teria chegado ao seu ápice musical em 2009, quando liberou o excelente "By The Light Of The Northern Star". Realmente, "pensávamos" que a banda já tinha liberado o melhor álbum de sua estória, visto que superar aquele lançamento seria tarefa quase impossível. Mas felizmente fomos surpreendidos com "The Lay Of Thrym", liberado dia 27 de Maio pelo selo Napalm Records.
Logo na abre-álbum "Flames Of The Free", o ouvinte já é bombardeado por uma pedrada que apresenta as características que acompanham a banda desde sua criação mas, que nesse álbum, chegaram a outro patamar de qualidade. O Heavy Metal Progressivo do quarteto está mais evoluído e trabalhado, mas mesmo assim, soa direto e possuí mais peso do que em qualquer outro play do grupo. Os corais de vozes graves que entoam cantos nórdicos, aliados ao instrumental único do grupo, ainda formam passagens - e porque não, canções inteiras - mergulhadas em atmosferas épicas, folclóricas e envolventes, que nos prendem da primeira à última nota.
Ao continuar a audição, é perceptível a progressão instrumental da banda quando comparada aos discos anteriores. Como já dito anteriormente, está tudo muito melhor. Linhas instrumentais muito mais bem trabalhadas e, principalmente, bem dosadas, que, no geral, soam muito mais Heavy Metal do que Progressivo em si. As guitarras são sempre muito pesadas, com riffs, solos e frases extremamente bem compostas e tocados de tal forma, que pelo menos ao meu ver, credenciam Heri Joensen e Terji Skibenæs como uma das melhores duplas de guitarristas do mundo. Mas, como a banda deu asas para que vocais e guitarras dessem o tom e caracterizassem o som apresentado, seria necessário uma cozinha extremamente eficiente para dar conta da condução, certo? Certíssimo! As linhas instrumentais de Gunnar Thomsen (baixo) e principalmente de Kári Streymoy (bateria) também mostraram uma grande evolução. Além de peso, ganharam mais destaque nas canções e mostraram-se mais abrangentes e diversificadas, sendo muitas vezes acompanhadas por uma guitarra.
Heri Joensen, além de grande guitarrista, se revelou um "senhor" vocalista. Quando não é acompanhado pelos corais de vozes graves, o frontman da banda não decepciona em nenhum segundo e, como o resto do grupo, apresentou uma significativa evolução. Potência aliada a técnica e a um timbre que casa perfeitamente com a proposta de som são o que caracterizam o seu vocal. E não pensem que isso é pouca coisa, pois são poucos que cantam com tamanha autoridade quando ainda são os responsáveis por uma guitarra. Maior prova disso são às duas últimas faixas do álbum, covers do Black Sabbath e do Rainbow respectivamente, que foram gravadas originalmente por ninguém menos que Ronnie James Dio e, onde Heri mostrou toda sua garganta, cantando de forma agressiva e alto, muito alto, lembrando muito a forma que Dio cantava, mas sem perder sua identidade.
Pegue composições grandiosas, uma banda afiadíssima e uma ótimo trabalho de produção. Misture tudo e terás como resultado "The Lay Of Thrym", um disco completo, contagiante e incrível. Dividir o Viking Metal entre antes de depois desses lançamento, pelo menos pra mim, não será surpresa alguma. E a nota não poderia ser outra a não ser 10.
1. Flames of the Free - 04:17
2. Shadow of the Swastika - 04:23
3. Take Your Tyrant - 03:55
4. Evening Star - 05:04
5. Hall of Freedom - 04:06
6. Fields of the Fallen - 04:59
7. Konning Hans - 04:27
8. Ellindur Bondi a Jadri - 03:55
9. Nine Words of Lore - 04:04
10. The Lay of Thrym - 06:48
Heri Joensen - Vocals, Guitars
Gunnar Thomsen - Bass
Terji Skibenæs - Guitars
Kári Streymoy - Drums
Obs: No blog (link abaixo), esse post está dividido em duas partes, cada qual apresenta a opinião de um autor sobre o disco.
Outras resenhas de Lay Of Thrym - Týr
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Steve Morse diz que alguns membros do Deep Purple ficaram felizes com sua saída
A melhor música do Pink Floyd para Rob Halford, que lamenta muitos não compreenderem a letra
O melhor compositor de letras de todos os tempos, segundo Axl Rose do Guns N' Roses
Bruce Dickinson revela os três vocalistas que criaram o estilo heavy metal de cantar
A banda australiana que não vendia nada no próprio país e no Brasil fez show para 12 mil fãs
Blackberry Smoke confirma quatro shows no Brasil em 2026
O recado curto e direto que Iron Maiden passou a Blaze Bayley quando o demitiu
O álbum que, para Geddy Lee, marcou o fim de uma era no Rush; "era esquisito demais"
E se cada estado do Brasil fosse representado por uma banda de metal?
Moonspell celebrará 30 anos de "Wolfheart" com show especial no Brasil
Jane's Addiction anuncia que membros fizeram as pazes e comunica fim das atividades
Regis Tadeu coloca Deep Purple no grupo de boybands ao lado do Angra
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
Regis Tadeu explica se reunião do Barão Vermelho terá tanto sucesso como a dos Titãs
Será que ele curtiu? O dia que Adrian Smith tocou na guitarra de Kirk Hammett
A crítica de fã a Bruno Sutter que foi tão embasada que ele aceitou e mudou postura
Titãs: o motivo pelo qual Arnaldo Antunes saiu da banda antes de "Titanomaquia"
Cinco formações que duraram pouco tempo, mas gravaram bons discos

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



