At The Gates: em 1995, uma obra-prima do Death Metal
Resenha - Slaughter Of The Soul - At The Gates
Por Henrique Coelho
Postado em 14 de agosto de 2010
A banda At The Gates, formada na cena sueca no final dos anos 80, lançou seu primeiro registro em 1991, com o EP "Gardens Of Grief". À época já era possível perceber que a mistura de brutalidade sonora e melodias impactantes traria muito sucesso ao grupo, que lançando um álbum por ano, foi adquirindo muita experiência no cenário metálico mundial. Em 1994, o disco "Terminal Spirit Disease" é lançado, em um trabalho espetacular por parte da banda. Seria possível um disco ainda melhor? A resposta viria no ano seguinte, em uma obra-prima do Death Metal.
"Slaughter Of The Soul" começa espetacularmente, com a arrasa-quarteirão "Blinded By Fear", que é uma síntese do som do At The Gates: grande trabalho de guitarras, baixo avassalador, uma bateria insana e um vocalista dos mais competentes da história do Death Metal. Na faixa seguinte, homônima ao disco, algumas influências de Thrash Metal são percebidas facilmente, mas o som característico da banda deixa tudo com um ar de novo, em algumas das melhores passagens de guitarra que eu já ouvi na vida. "Cold" também é uma excelente canção, em um registro em que é difícil escolher um destaque absoluto, devido à maestria de todas as faixas.
O disco segue com "Under a Serpent Sun", "Into The Dead Sky", "Suicide Nation"… músicas que marcaram toda uma geração do metal mundial e ajudaram a fortalecer a cena sueca do estilo, juntamente com os discos do Dark Tranquility ("The Gallery") e do In Flames ("The Jester Race"), os dois lançados no mesmo ano e que compõem a tríade do que seria mais tarde chamado Metal de Gotemburgo, o início do Death Metal melódico em toda a sua pujança.
"World Of Lies" é provavelmente uma das melhores canções do At The Gates, com riffs sensacionais e muita energia, tendência que segue na faixa seguinte, "Unto Others".
"Nausea" é uma das faixas mais pesadas do disco, em um furacão metálico que devasta tudo ao seu redor em menos de dois minutos e meio de música.
"Need" é uma música que obriga o ouvinte a banguear, não importa aonde esteja e "The Flames Of The End", uma instrumental com claras referências neoclássicas, mostra de que o At The Gates, definitivamente, não é só porrada, fechando o disco com maestria.
A obra definitiva do At The Gates também foi seu último registro, uma vez que a banda se dissolveu no ano seguinte. Como resultado, surgiu a banda The Haunted, uma das melhores do cenário recente do Metal, mas o nome At The Gates vai ficar marcado para sempre na memória de qualquer fã do estilo. Nota 10 para esse disco, obrigatório para todos os headbangers ao redor do mundo.
Outras resenhas de Slaughter Of The Soul - At The Gates
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps