Ace Frehley: um bom álbum apesar da arte gráfica horrível
Resenha - Anomaly - Ace Frehley
Por Daniel Miola de Amorim
Postado em 03 de novembro de 2009
Quando, em 1978, Gene Simmons, Paul Stanley, Peter Criss e Ace Frehley decidiram lançar os trabalhos solos, ninguém acreditava que Ace conseguiria. Paul declarou: "...para ser honesto, não acreditei que ele pudesse fazer algo tão bom". E com todo respeito a Paul Stanley e seu ótimo trabalho solo, mas meu preferido é o de Ace. Por isso, peço desculpas se eu ficar comparando "Anomaly" com o álbum de 1978.
Apesar de alguns hiatos em sua carreira, pode-se dizer que Ace sempre dá as caras. Alguns anos depois de sair do Kiss montou o Frehley’s Comet, continuou com a carreira solo, se reuniu com o Kiss e, após vinte anos de seu último trabalho, "Trouble Walkin’", coloca no mercado "Anomaly". E com certeza está satisfeito, pois o álbum foi bem recebido pelo público e crítica, galgando boas posições nas paradas da Billboard.
Ace produziu o álbum e, diga-se, se saiu muito bem. Uma qualidade de som limpa, encorpada e alta. Pode abaixar o volume em uns 20% antes de colocar o CD para rodar para não correr o risco de estourar as caixas de som. Das 12 faixas, Ace só não escreveu uma, e ainda fez a arte da capa, que, convenhamos, está horrível! Dedica-o à família, aos amigos, aos fâs e à memória de Eric Carr e Dimebag Darrell.
O trabalho abre com "Foxy & Free", que não chega perto de "Rip It Out", de seu primeiro solo, mas é muito boa. E, comparando novamente com o trabalho de 1978, é justamente o que falta em "Anomaly", canções mais enérgicas, com guitarras mais raivosas, como outrora. Ace tem uma ótima atuação, mas está claramente mais contido. Em "A Little Below The Angels", o guitarrista faz referência aos seus tempos de alcoólatra – "alcohol was a friend of mine" -, mas diz estar sóbrio há três anos. O álbum encerra com a instrumental "Fractured Quantum", que remete, como em outras vezes, à também instrumental de seu primeiro trabalho solo, "Fractured Mirror"; aliás, já está na hora de parar com isso. Dentre os músicos que participam deste álbum, convém destacar o baterista Anton Fig, que acompanha o guitarrista há mais de três décadas.
"Anomaly" é um trabalho muito bom, que agradará aos fãs do guitarrista, do Kiss e hard rockers em geral, mas, por ser apaixonado pelo seu primeiro trabalho, aquele, lá de 1978, esperava um pouquinho mais de Ace. Fora a pisada na bola em relação ao material gráfico/embalagem do CD. Em épocas de pirataria, em que o artista deve procurar agregar valor ao seu produto, Ace fez justamente o contrário. Uma embalagem de papelão bem fraquinha, onde o CD fica mal acondicionado em uma embalagem interna que você dobra e vira uma pirâmide, para deixar de decoração em sua sala de estar (só na cabeça de Ace...), além do encarte ser um mini-poster dobrado em quatro que carece de informações (no mínimo um livreto com fotos e letras). E você paga R$60/R$70 pelo cd e recebe isso em casa. Depois reclamam da pirataria.
Faixas:
1. Foxy & Free
2. Outer Space
3. Pain In The Neck
4. Fox On The Run
5. Genghis Khan
6. Too Many Faces
7. Change The World
8. Space Bear
9. A Little Below The Angels
10. Sister
11. It’s A Great Life
12. Fractured Quantum
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