Black Sabbath: um eterno e delicioso ninho de discórdias
Resenha - Live at Radio City Music Hall NY 2007 - Heaven & Hell
Por Bruno Pasquini
Postado em 08 de março de 2009
Não há como escrever ou falar sobre Black Sabbath sem entrar no mérito do vocalista mais apreciado, mais carismático, técnico ou controverso, o fato é que, graças aos céus ou ao inferno (com o perdão do trocadilho), Iommi, Butler, Dio e Appice fizeram desta dúvida algo ainda mais perpétuo.
Heaven And Hell - Mais Novidades
O Black Sabbath, agora como todos já sabem, se apresentam sob o nome Heaven and Hell e em ¨Live at Radio City Music Hall NY 2007" mostraram que farão da cabeça de seus fãs um eterno e delicioso ninho de discórdias.
Há quem diga que não há Black Sabbath sem Ozzy e, para quem pensa assim, sinto discordar e aqui apresento meu argumento mais forte, este registro ao vivo do que um dia foi chamado (gritado) por Black Sabbath.
Dio é o destaque máximo em "Live at Radio City Music Hall NY 2007" o tiozinho de quase 70, (acreditem), 70 anos de idade, ainda canta como se tivesse 25 ou 30 primaveras. A introdução de "Falling off the Edge of the World" é de assombrar quando Dio floreia a incrível parte instrumental com seu timbre ímpar. "Lonely is the Word" é algo para se emocionar, aqui Dio provou a que veio a Terra, veio para emocionar, uma música que ao vivo é de deixar qualquer um de queixo caído. "I" do álbum "Dehumanizer" junto com "Computer God" e "Affter All (The Dead)" são o peso e a técnica emaranhados numa teia de feeling e energia, simplesmente impressionantes. Dio fez sua parte para perpetuar essa doce discórida.
A vibração do público enquanto a banda apresenta todas as músicas é algo impressionante, todos cantam como se fizessem parte do grupo. E assim foi até mesmo durante a execução das duas canções inéditas escritas para o álbum "Dio Years", "The Devil Cried" e "Shadow of the Wind", o público recebeu as músicas com entusiasmo nunca antes visto ao receber canções novas de uma banda das antifas, também pudera, não tinha como ser diferente, as músicas são pesadas, sombrias e SABÁTICAS (adoro esse adjetivo, todas sabem o que significa).
Enfim, "Live at Radio City Music Hall NY 2007" é, sem sombra de dúvidas, um dos álbuns ao vivo mais impressionantes que já pude comprovar, vale cada centavo, mesmo que custasse em Euro...
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps