Mercenary: mais uma marca no Death Melódico do grupo
Resenha - Architect Of Lies - Mercenary
Por Clóvis Eduardo
Postado em 05 de maio de 2008
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Por vezes a gente se surpreende com uma banda. O Deicide, por exemplo, lançou no final do mês de abril um dos melhores álbuns já feitos pelo grupo em vários anos. Outro exemplo curioso é o Cryptopsy, que colocou no mercado recentemente o maluco "The Unspoken King", e que não tem agradado tanto e já começa a tomar pau pelo experimentalismo. É por essas e outras que o "mais do mesmo" nunca se tornou tão importante na cena metálica para garantir o sucesso de um novo disco.

Sim, este é um review do novo cd do Mercenary. A introdução bastou apenas para ilustrar o que nos tem chamado a atenção nos últimos tempos. Bandas fazendo experimentos e acrescentando novas sonoridades têm se dobrado para agradar aos fãs. Mas quem continua seguindo o mesmo caminho, mesmo que por vários anos, não costuma perder o crédito. "Architect Of Lies", novo disco dos dinamarqueses do Mercenary, crava mais uma marca no Death Metal Melódico do grupo, trincado, técnico e ao mesmo tempo com uma fluidez invejável. É hora de deixar um pouco de lado os discos "The Hours That Remain" (2006), e "11 Dreams" (2004), para se deliciar com esta novidade.
Não precisa esquecer os últimos dois álbuns de inéditas do Mercenary. Até por que você precisa entender o motivo do som do sexteto estar tão interessante. Pouca coisa mudou. Mixagem, vozes e mais vozes, belos e compridos solos, teclado puxando riffs de guitarra, e uma maratona de chutes nos bumbos continuam a grande característica do grupo. A única mudança talvez seja uma considerável redução no tamanho das canções, que nos últimos trabalhos beiravam sempre na média de seis a sete minutos, ou até mais. Reduzir um pouco as músicas tornou "Architect Of Lies", mais acessível, sem mexer um pingo no peso e no estilo do grupo.
O que chama a atenção neste novo disco de estúdio, é justamente o fato de imaginarmos ele sendo executado ao vivo. Deve ser um espetáculo único ver o Mercenary ao vivo. A junção do vocal principal de Mikkel Sandager (vocais limpos) e do baixista René Pedersen (responsável pelos guturais) torna as canções ainda mais interessantes, justamente por haver uma sincronia entre os extremos. E isso acontece toda hora, seja em refrão, ou nos versos, o que deixa o trabalho bastante respeitável.
E precisamos lembrar ainda do trabalho feito pelos guitarristas Martin Buus Pedersen e Jakob Mølbjerg, perfeitos desde os riffs mais pesados aos solos mais leves. É incrível como a dupla consegue criar uma harmonia especial para interagir com os teclados de Morten Sandager, que vem conquistando ainda mais espaço e destaque. O baterista Mike Park Nielsen também não deixa por menos, incrementando ainda mais as viradas e a técnica no bumbo, sempre claros e rápidos.
Para ouvir e grudar em "Architect Of Lies" basta ouvir a primeira: "New Desire" e comprovar que o Mercenary está bastante afiado. Resumir todo um trabalho em uma música é uma irresponsabilidade tremenda, mas já dá para se ter uma idéia do que o sexteto é capaz. Se bem que vai ser muito difícil você ficar apenas na primeira canção deste ótimo disco!
Faixas:
1. New Desire 04:57
2. Bloodsong 04:47
3. Embrace the Nothing 04:51
4. This Black and Endless Never 05:40
5. Isolation (The Loneliness in December) 06:03
6. The Endless Fall 05:08
7. Black and Hollow 04:50
8. Execution Style 05:50
9. I Am Lies 05:43
10. Public Failure Number One 05:00
Total 52:49
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As 10 melhores músicas da fase progressiva do Genesis segundo leitores da revista Prog
Festival Sonic Temple anuncia 140 shows em 5 palcos para 2026
O álbum "esquecido" do Iron Maiden nascido de um período sombrio de Steve Harris
Rick Rubin elege o maior guitarrista de todos os tempos; "ele encontrou uma nova linguagem"
Bangers Open Air dá pistas sobre as próximas bandas do line-up
Produtor brasileiro que vive nos EUA critica novo tributo a Andre Matos
Axl Rose é criticado por sua voz após Guns N' Roses homenagear Ozzy com cover no Brasil
A canção que o baixista achava "meio brega" mas levou o Metallica ao estrelato
O álbum do Rush que Geddy Lee disse ser "impossível de gostar"
O primeiro álbum do Pink Floyd que David Gilmour chamou de "obra-prima"
Tecladista anuncia que o Faith No More não volta mais
Fabio Lione e Luca Turilli anunciam reunião no Rhapsody with Choir & Orchestra
Cantor brega Falcão conta a Danilo Gentili treta com Roger Waters do Pink Floyd
Os tipos de canções do Guns N' Roses que Axl afirma terem sido as "mais difíceis" de compor
As 27 músicas da Legião Urbana compostas apenas por Renato Russo
Fotos de Infância: Robert Plant, do Led Zeppelin
Pra discutir: os 100 melhores discos do rock brasileiro


Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto
"Hollywood Vampires", o clássico esquecido, mas indispensável, do L.A. Guns
"Hall Of Gods" celebra os deuses da música em um álbum épico e inovador
Nirvana - 32 anos de "In Utero"
Perfect Plan - "Heart Of a Lion" é a força do AOR em sua melhor forma
Pink Floyd: O álbum que revolucionou a música ocidental



