Resenha - Allied Forces - Triumph
Por Rodrigo Werneck
Postado em 11 de junho de 2006
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Em seu quinto trabalho, lançado originalmente em 1981, o power trio canadense Triumph continuou com o padrão alto tanto de composição quanto de performance, atingindo de forma rápida o aclamado status de disco de ouro nos EUA (passados vários anos desde seu lançamento, o disco já chegou a disco de platina hoje em dia). O disco finalmente recebeu um merecido relançamento remasterizado pela Sanctuary recentemente.

Após a gravação do quarto disco de sua carreira ("Progressions Of Power"), Rik Emmett (guitarra e vocal), Mike Levine (baixo e teclados) e Gil Moore (bateria e vocal) procederam com a construção de seu próprio estúdio, o Metalworks, em Mississauga, no Canadá, ao mesmo tempo em que promoviam seu último disco.
Foi neste novo estúdio, contando com 48 canais, algo totalmente inovador na época (os discos anteriores foram gravados em 24 canais), que o Triumph gravou "Allied Forces". A máquina não podia parar, pois o sucesso da banda em especial na América do Norte era grande e crescente. Apesar disso, a inspiração continuou em alta, para felicidade dos fãs. O disco foi gravado o mais rápido possível, para a banda seguir excursionando e lotando estádios.
Músicas diretas, objetivas e cheias de energia como "Magic Power" e o single "Allied Forces" rapidamente chegaram às paradas nas rádios de classic rock norte-americanas. Riffs de guitarra e refrãos matadores ajudaram um bocado na tarefa. Mas as músicas que na realidade mais alçaram o grupo ao status de superbanda estavam também neste disco: "Ordinary Man" e, principalmente, a sensacional "Fight The Good Fight". Esta última, talvez o maior sucesso da carreira da banda, virou videoclipe na incipiente MTV, e chegou a ser bastante veiculada por aqui. São 6 minutos e meio do melhor que o Triumph já produziu, com grandes vocais e instrumentação, incluindo os sempre inspiradíssimos solos de guitarra de Emmett. Já "Ordinary Man" começa como uma balada, mas lá pelos 2:30 min a música literalmente decola, com um pesado e rápido riff. O baixão melodioso de Levine é um dos destaques, com linhas altamente criativas. Outra longa faixa, com mais de 7 minutos à disposição dos deleitados fãs.
Para finalizar o disco, mais um tema instrumental acústico de Rik Emmett no violão ("Petite Etude"), seguida por "Say Goodbye" e seu refrão grudento. Resumindo, um ótimo disco sem pontos fracos.
O grupo teria sido escalado, na turnê do disco, para tocar no lendário festival de Castle Donington daquele ano, mas um problema antigo com o AC/DC impediu que isso acontecesse. O que ocorreu? Em 1979, um Bon Scott totalmente bêbado, ainda vivo, teria arrumado um "arranca-rabo" com Rik Emmett na turnê conjunta das duas bandas pelos Estados Unidos. Já em 1981 e com Brian Johnson no lugar de Scott nos vocais, o AC/DC foi o headliner do festival e acabou – dizem – limando o Triumph da lineup. A banda eventualmente foi convidada a se apresentar em outro festival inglês, o Heavy Metal Holocaust, junto de grupos como Motörhead e Ozzy Osbourne, este com o seu primeiro grupo pós-Black Sabbath, o Blizzard Of Ozz (que contava simplesmente com Randy Rhoads na guitarra, Bob Daisley no baixo, Lee Kerslake na bateria e Don Airey nos teclados).
O Triumph chegava ao topo do seu sucesso, mas ainda permaneceria algum tempo por lá...
Tracklist:
1. Fool For Your Love
2. Magic Power
3. Air Raid
4. Allied Forces
5. Hot Time (In This City Tonight)
6. Fight The Good Fight
7. Ordinary Man
8. Petite Etude
9. Say Goodbye
Site: www.triumphmusic.com
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O clássico do rock nacional cujo refrão é cantado onze vezes em quatro minutos
Dream Theater anuncia turnê que passará por 6 cidades no Brasil em 2026
Helloween fará show em São Paulo em setembro de 2026; confira valores dos ingressos
A banda de rock que deixava Brian May com inveja: "Ficávamos bastante irritados"
O disco que Flea considera o maior de todos os tempos; "Tem tudo o que você pode querer"
O guitarrista que Geddy Lee considera imbatível: "Houve algum som de guitarra melhor?"
A icônica banda que negligenciou o mercado americano; "Éramos muito jovens"
O "Big 4" do rock e do heavy metal em 2025, segundo a Loudwire
Como e por que Dave Mustaine decidiu encerrar o Megadeth, segundo ele mesmo
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
A música que Lars Ulrich disse ter "o riff mais clássico de todos os tempos"
Lemmy lembra shows ruins de Jimi Hendrix; "o pior tipo de coisa que você ouviria na vida"
Dave Mustaine acha que continuará fazendo música após o fim do Megadeth
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
Baterista quebra silêncio e explica o que houve com Ready To Be Hated, de Luis Mariutti
A emocionante música do Metallica que foi tocada em apenas um show da banda
Como Sepultura salvou o repetente e sem namorada Andreas Kisser das incertezas da vida
Led Zeppelin: A inspiração por trás do clássico "Kashmir"


"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional
"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme



