Resenha - Lethal Agenda - Temple Of Brutality
Por Fábio Faria
Postado em 26 de maio de 2006
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Em janeiro de 2005, foi anunciada a criação de um novo projeto chamado Enemy Of God, cuja formação era capitaneada por Peter Scheithauer(Killing Machine, Belladonna, Stream, etc) e composta por nomes bem conhecidos, mais especificamente no cenário metálico underground. Junto ao guitarrista estavam o baterista Jon Dette(Evildead, Havochate, Killing Machine, Pushed, além de passagens nada significativas pelo Slayer e Testament) e o vocalista Todd Barnes(13-A). O que mais chamou a atenção sobre o Enemy Of God, no entanto, foi a presença de David Ellefson, ex-baixista do Megadeth, único músico com uma carreira sólida a nível mundial.

No mês de abril do mesmo ano, Dette é despedido e para seu lugar foi chamado Stet Howland(W.A.S.P, Carnival Of Souls, The Howlin' Dogs, Impellitter). A reformulação demanda uma troca de nome do conjunto - na época já com esse status -, que passou a ser chamado Temple Of Brutality. Em julho de 2005, as gravações ocorridas no estúdio Alternative Sound, em Fort Meyers, Flórida(EUA), já haviam sido concluídas e o disco de estréia já estava pronto.
Desde o início, o material era descrito como sendo bastante pesado, fato que pode ser comprovado sem contestação neste ‘Lethal Agenda’. O som é calcado no thrash metal do final dos anos 80 começo de 90, misturando de forma bastante crua dois expoentes do gênero: Slayer e Pantera. É possível ter uma idéia do que se encontra neste CD logo na faixa de abertura, ou seja, agressividade, agressividade e mais agressividade. Tudo é muito direto, a faixa mais longa, ‘Already Dead’, não chega a ter cinco minutos de duração.
E dá-lhe fraseados de guitarra bem ao estilo do falecido "Dimebag" Darrell Abbott e solos inspirados pela dobradinha Kerry King/Jeff Hanneman. O baterista Stet Howland é apenas competente, não chegando a ter a técnica de um Dave Lombardo ou Vinnie Paul. Vale citar ainda que Howland foi prejudicado pela produção despojada que privilegiou demais o instrumento de David Ellefson. O som do baixo está tão alto nas canções, embora as deixe com um peso extra, que também ofuscou o som da guitarra base.
Quem se beneficiou mais precisamente na mixagem do CD foi o vocalista Todd Barnes, que encontrou o espaço certo para vociferar as letras de uma maneira extrema. Barnes protesta, alerta, critica e "dá conselhos" para aqueles que estão inseridos na sociedade americana. O alvo principal, mesmo que de uma forma discreta, é a política com relação à guerra da atual administração federal na Terra do Tio Sam. Essa particularidade pode ser mais bem entendida na arte gráfica do encarte de ‘Lethal Agenda’ e também no clipe da faixa-título, que vem como bônus na versão nacional, lançada pela Hellion Records. O vídeo foi dirigido por Fabio Jafet, o mesmo do documentário ‘Waking Up Dead’(www.wakingupdeadmovie.com), que tem canções de ‘Lethal Agenda’ incluídas na trilha sonora.
O ‘debut’ do Temple Of Brutality parece não ter grandes pretensões, a não ser dar aos fãs de thrash metal um bom disco recheado com o melhor que o estilo tem a oferecer: porrada simples e pura.
Músicas:
01. Lethal Agenda
02. Hammer
03. Already Dead
04. Doesn't Matter
05. Hate Machine
06. Isabel
07. Beating The Man
08. Built To Last
09. Interlude
10. Art Of War
Formação:
Peter Scheithauer - Guitarra
Dave Ellefson - Baixo
Todd Barnes - Vocal
Stet Howland – Bateria
Web site: http://www.templeofbrutality.com
Material cedido por:
Hellion Records – http://www.hellionrecords.com
Rua 24 de Maio, 62 – Lojas 280 / 282 / 308 – Centro.
São Paulo – SP – BRASIL
CEP: 01041-900
Tel: (11) 5083-2727 / 5083-9797 / 5539-7415
Fax: (11) 5549-0083
Email: [email protected]
Outras resenhas de Lethal Agenda - Temple Of Brutality
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As 5 melhores bandas de rock dos últimos 25 anos, segundo André Barcinski
Nicko McBrain admite decepção com Iron Maiden por data do anúncio de Simon Dawson
Os três álbuns mais essenciais da história, segundo Dave Grohl
O guitarrista consagrado que Robert Fripp disse ser banal e péssimo ao vivo
A única banda de rock progressivo que The Edge, do U2, diz que curtia
10 guitarristas impossíveis de serem copiados, conforme o Metal Injection
"A maior peça do rock progressivo de todos os tempos", segundo Steve Lukather, do Toto
A opinião de Tobias Sammet sobre a proliferação de tributos a Andre Matos no Brasil
O artista "tolo e estúpido" que Noel Gallagher disse que "merecia uns tapas"
Mat Sinner anuncia que o Sinner encerrará atividades em 2026
A melhor banda de rock nacional da história, segundo Ricardo Feghali (Roupa Nova)
O guitarrista do rock nacional que é vidrado no Steve Howe: "Ele é medalha de ouro"
Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
O guitarrista que Mick Jagger elogiou, e depois se arrependeu
Os 11 artistas que Rita Lee alfinetou no clássico "Arrombou a Festa"
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Os 50 anos de "Journey To The Centre of The Earth", de Rick Wakeman


