Resenha - You Could Have It So Much Better - Franz Ferdinand
Por Álvaro
Postado em 18 de janeiro de 2006
Desde o advento dos Strokes e das inúmeras bandas que surgiram nesse começo de século rotuladas como "novo rock" (que de novo não tem quase nada), os escoceses do Franz Ferdinand demonstraram ser, desde o primeiro disco lançado no início de 2004, uma das bandas com mais personalidade de toda a cena. A começar pelo nome, bastante insólito e criativo, uma "homenagem" ao duque austro-húngaro assassinado por estudantes sérvios em 1914, fato que contribuiu para o afloramento da I guerra mundial. Unindo uma estética visual peculiar e trabalhada, principalmente nos clipes, com um som forte e dançante, os rapazes logo deixaram o underground europeu para caír nas graças do grande público de todas as partes do globo.

Seguindo a linha do bem sucedido álbum de estréia, o som do Ferdinand continua simples, direto e grudento, cadenciando com maestria peso e ritmo envolvente, cheio daquelas canções que são impossíveis de se ouvir sem ao menos bater o pé no chão. As influências do rock da década de 80 continuam fortíssimas. Algumas faixas mais calmas, como as lindas "Walk Away" e "Eleanor Put Your Boots On", ganharam arranjos mais trabalhados, com violões e pianos; no entanto, são as canções mais rápidas e frenéticas que predominam no disco.
O vocal de Alex Kapranos continua elegante e afinado, com um quê de David Bowie, e é certamente o seu vocal estilizado que torna a banda tão charmosa, embalada pelas batidas quase industriais de Paul Thomson, o competente baixo de Bob Hardy e os riffs minimalistas e certeiros de Nick MacCarthy. O single "Do You Want To", que já está tocando nas rádios do mundo todo, é uma ótima sucessora para a desgastada "Take Me Out", do primeiro disco, e um ótimo convite à pista de dança. Outras ótimas canções são "This Boy" e a oitentista "You Are The Reason I’m Leaving", que podia ser perfeitamente assinada pelo The Smiths.
Enfim, o Franz Ferdinand foi aprovado com louvor pelo teste do segundo disco, mostrando que não são só quatro rapazes bem penteados e bem vestidos, mas possuem muito talento. Vale ressaltar que a banda já divulgou que possui material suficiente para um terceiro disco...
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A música de amor - carregada de ódio - que se tornou um clássico dos anos 2000
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
13 shows internacionais de rock e metal no Brasil em dezembro de 2025
As quatro músicas do Metallica que James Hetfield considera suas favoritas
O solo de guitarra que deixa Dave Grohl e Joe Satriani em choque; "você chora e fica alegre"
Guns N' Roses anuncia valores e início da venda de ingressos para turnê brasileira 2026
A maior música do rock progressivo de todos os tempos, segundo Steve Lukather
Steve Morse escolhe o maior guitarrista do mundo na atualidade
A maior balada de heavy metal do século 21, segundo a Loudersound
Limp Bizkit retorna aos palcos com tributo a Sam Rivers e novo baixista
Nazareth: um elogio à pertinácia
O álbum do AC/DC que é o favorito de Angus Young, guitarrista da banda
O jovem guitarrista preferido de Stevie Ray Vaughan nos anos oitenta
Os quatro clássicos pesados que já encheram o saco (mas merecem segunda chance)
As melhores músicas grunge feitas por 5 bandas de hair metal, segundo a Loudwire

"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal


