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Resenha - Human Equation - Ayreon

Por Bruno Coelho
Postado em 15 de março de 2005

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Arjen Anthony Lucassen é um holandês um tanto quanto peculiar. Além de ser um dos poucos representantes do Heavy Metal em seu país, possui um tino único para criar metal óperas e projetos similares. Além disso é reconhecidamente um dos poucos músicos que insistem no lado mais progressivo do rock nos dias de hoje e que conseguem ser idolatrados por parte da grande massa de headbangers espalhada pelo mundo. Em "The Human Equation", Arjen consegue igualar-se em vários momentos a mestres do gênero progressivo, sempre mantendo seu toque inconfundível e particular.

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Explico melhor. Sou do partido que defende a apropriação das grandes idéias musicais do passado, afinal, o que foi feito com maestria deve ser aproveitado. Arjen faz isso e permanece absolutamente reconhecível na música que cria, passando longe de títulos como "Yes Cover", "Pink Floyd Cover" ou "Genesis Cover". É na criatividade e na invencionice que ele se equipara a estes monstros, fazendo uma mistura equilibrada entre estilos distintos do rock. A segunda faixa do álbum, "Isolation", ilustra perfeitamente o que quero dizer, com sua influência Pink Floydiana e sua atmosfera "eu-ouvi-isso-em-algum-outro-álbum-dele". Tudo isso é posto no bolso pela terceira faixa, "Pain", que logo mostra a superioridade (em termos) do novo álbum em relação aos outros do Ayreon.

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Desde o lançamento de "Into The Electric Castle" seu trabalho com o Ayreon foi medido por comparação. Quando os álbums que seguiram este clássico saíram, foram incessantemente comparados a ele. Para muitos era óbvio que Arjen parecia estar simplesmente criando variações sobre o mesmo tema, substituindo apenas as vozes e os músicos do projeto. Para outros Arjen só acertou a mão mesmo quando convidou grandes vocalistas como Bruce Dickinson, Ralf Scheepers, Andi Deris e Russel Allen em "Flight Of The Migrator". Seja qual for sua opinião ela mudará com "The Human Equation".

Neste seu último álbum os temas que nos remetiam a "The Electric Castle" não passam totalmente despercebidos, mas, de alguma maneira, Arjen apaga o estigma de estar de alguma forma se repetindo. Além disso, Arjen parece ter mais uma vez reunido um time irrepreensível de vocalistas para esta nova jornada. Para substituir Russel Allen como vocalista mais festejado de seus projetos, chamou James LaBrie, consagrado pelo Dream Theater e por outras bandas e projetos como Mullmuzzler e Frameshift. Não posso dizer qual dos dois se saiu melhor em suas participações nos trabalhos de Arjen, mas posso garantir que Russel fez falta em "The Human Equation" e que muitas passagens parecem até terem sido feitas para sua voz.

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Além de LaBrie, temos outros destaques entre os vocalistas, dos quais Mikael Akerfeldt (Opeth), Magnus Ekwall (The Quill) e Devin Townsend (Strapping Young Lad) obtiveram, a meu ver, os melhores resultados na ala masculina, sendo que Devin supera até as melhores das expectativas (escutem o final de "Loser"). Já entre as mulheres, além da fantástica Irene Jansen (irmã de Floor do After Forever) e da pouco conhecida no meio "heavy" Heather Findlay, Arjen encontrou a mexicana Marcela Bóvio, através de uma gravação enviada a ele, para abrilhantar seu trabalho. Esta última não fica devendo nada a qualquer das outras, sendo, na minha opinião, a mais bela voz feminina no álbum.

Quanto ao tema, aposto que todos que estão lendo esta resenha já sabem de tudo a respeito. O álbum narra os 20 dias nos quais um homem permanece em coma. Neste período ele se defronta com seus sentimentos mais íntimos, como o Amor, o Ódio, a Razão, o Orgulho, a Agonia etc. Seus traumas e lembranças mais distantes carregam-nos em uma torrente de sentimentos junto com todos os narradores da história. O resultado é fantástico, ainda mais se o ouvinte tiver a paciência de ouvir tudo de uma vez só, como se lesse um livro. O final mostra que Arjen continua um insano ao criar conceitos para seus projetos.

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Quanto à performance musical, creio já ter dado minha opinião sobre a performance dos vocalistas, mas os instrumentistas também fazem um papel competentíssimo. Assim como Russel Allen fez falta, Michael Romeo também não deixou seus solos maravilhosos aqui. Desta feita foi o teclado que trouxe os grandes destaques, com a performance de Joost van den Broek (Star One/Ayreon) e a participação do lendário Ken Hensley (Uriah Heep). A forte presença de guitarras acústicas e dos teclados, sintetizadores, flautas e outros instrumentos um tanto quanto ojerizados por headbangers mais radicais, fazem de "The Human Equation" uma audição complexa. Não tanto por possuir grandes mudanças de andamento, ou passagens intrincadas, mas pelo simples fato de ser o álbum menos pesado da carreira de Arjen (excetuando-se o projeto Ambeon). Portanto, se você esperava a força das guitarras presente nos mais recentes Star One e "Flight Of the Migrator", esqueça!

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No mais, "The Human Equation", pelo menos satisfaz as expectativas da maioria dos fãs de Arjen, além de conseguir abocanhar mais alguns devido à participação de James LaBrie. O álbum é realmente recomendável a todos que estão dispostos a sentir algo que vá além da vontade de quebrar tudo, bater cabeça, cerrar o punho e mandar todo mundo tomar onde o sol não brilha! Para estas pessoas, os que estiverem livres de amarras, rótulos e preconceitos, está reservada uma jornada musical como só o grande (o cara é alto mesmo!) Arjen Anthony Lucassen poderia ter preparado.

Muitos e muitos foram os detalhes deixados de fora nesta resenha. Para a melhor compreensão aconselho uma ouvida no álbum, que veio completíssimo na versão brasileira, incluindo dois cds, um dvd e uma embalagem lindíssima! Por falar nisso, o dvd é simplesmente fantástico e você vai poder conhecer um pouco mais sobre todos que participaram do álbum, além de ver o belo clipe para a faixa "Love". Destaque para o elogio de James LaBrie para Mikael Akerfeldt, uma cena que mostra que no meio musical existe muito respeito e não só inveja!

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P.S. Desculpem-me por não destacar faixas nesta resenha, mas elas são muitas e deixo para vocês debaterem no fórum da banda quais gostaram mais!

Line-up

Músicos:

- Arjen "Ayreon" Lucassen / guitarras acústicas e elétricas, baixo, sintetizadores analógicos, Hammond, Mellotron, teclados adicionais.

Vocalistas:

- Devon Graves (Dead Soul Tribe) como 'Agony'
- Devin Townsend (SYL) como 'Rage'
- Eric Clayton (Saviour Machine) como 'Reason'
- Mikael Åkerfeldt (Opeth) como 'Fear'
- Magnus Ekwall (The Quill) como 'Pride'
- Heather Findlay (Mostly Autumn) como 'Love'
- Irene Jansen (Karma) como 'Passion'
- James LaBrie (Dream Theater) como 'Me'
- Marcela Bovio (Elfonia) como 'Wife'
- Mike Baker (Shadow Gallery) como 'Father'
- Arjen Lucassen (Ayreon) como 'Best Friend'

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Instrumentistas:

- Ken Hensley (Uriah Heep, Various) / Hammond
- Oliver Wakeman (Nolan & Wakeman) / teclados
- Martin Orford (IQ, Jadis) / teclados
- Ed Warby (Gorefest, Various) / bateria
- Joost van den Broek (Ayreon) / teclados
- John McManus / flautas
- Jeroen Goossens / flautas
- Robert Baba / violinos
- Marieke van der Heyden / cello


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Sobre Bruno Coelho

Bruno Coelho é Arquiteto, escritor, poeta, produtor de eventos, pai, tradutor, intérprete e professor de inglês. Morou em cinco capitais brasileiras e hoje dedica-se ao árduo labor de organizar eventos na capital maranhense de São Luís. Fã do Dream Theater, Tool, Symphony X, Pain of Salvation e Evergrey, encontra espaço pra novas bandas e vertentes sempre.
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