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Resenha - Reckoning Night - Sonata Arctica

Por Bruno Coelho
Postado em 11 de novembro de 2004

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

Não tem como fechar os olhos para a incrível qualidade do Sonata Arctica. Você pode odiar a música dos caras, mas eles são profissionais muito eficientes em sua proposta. Comprar disco deles é querer, nada mais, nada menos, que catar as letras inteiras de cada uma das músicas. É Heavy Metal para se divertir, levantar o punho, bater cabeça e pular... claro que isso só acontece se você for fã de Melódico. As baladas são sempre um destaque nos discos destes finlandeses e as letras de Tony Kakko estão entre as melhores do Heavy atual (esse é um ponto que me recuso a discutir com qualquer pessoa - Tony Kakko É um PUTA letrista)!

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A produção do disco está impecável. A gravação foi mais uma vez feita no Tico Tico Studio e o disco foi mixado/masterizado pela dupla Karmila/Jussila do Finnvox Studios, na Finlândia. Como podemos ver o Sonata não gosta de arriscar nessa área e acredito que não devem. O Finnvox ainda é o melhor estúdio do mundo para o estilo dos rapazes e não acredito que muita gente teria feito um trabalho superior com o som destes finlandeses.

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Reckoning Night é o quarto disco de estúdio da banda e conta com as clássicas faixas rapidíssimas, as clássicas baladas e as recentemente incluídas "faixas-sei-lá-o-quê". É isso mesmo que você leu! O Sonata já possui um som bastante característico e uma personalidade forte, mas começou a fazer faixas que fogem do esquema "velocidade é tudo" e "tô a fim de chorar" em seu segundo disco, Silence, e não parou mais. Algumas delas são ótimas, outras nem tanto. O resultado, nos discos como um todo, é ótimo. Em Reckoning Night parece que a coisa desandou um pouco.

Não que o velho Sonata que você conhece tenha mudado o som. Nada disso! É o mesmo som, só que um pouco mais complexo e, por vezes, um tanto "sem sal". Alguns elementos que apareceram no Silence e no Winterheart's Guild foram mantidos aqui em menor ou maior grau. Como exemplo disso temos as intervenções de um locutor estranho à banda (aquela voz de ancião fazendo as vezes da consciência do vocalista) e as faixas mais progressivas/longas. Você vai precisar de um tempinho para considerar Reckoning Night um de seus favoritos na ainda curta carreira da banda, mas tenha certeza que algumas das faixas aqui contidas vão te fazer rasgar um sorrisão na cara!

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As minhas favoritas são as mais velozes: Misplaced, Ain't your Fairytale (a melhor), Don't Say a Word, My Selene e a extremamente longa White Pearl, Black Oceans. Fora isso ainda não entendi a quarta e instrumental Reckoning Day, Reckoning Night. Nunca tinha visto uma faixa título ser instrumental (a não ser em ábuns instrumentais) e ainda por cima chata!

Estou certo de que os fãs de longa data irão gostar depois de um certo tempo e aconselho-os a comprar este Reckoning Night. Para os que estão conhecendo a banda agora, deixo um recado: se você gostar deste disco vai gostar de todos os anteriores. Eles são bem melhores que Reckoning Night!

Ah! E dessa vez não teve balada galera... falha que prejudicou profundamente o resultado final do disco! Disco do Sonata Arctica sem balada é soda... Parece Coca-Cola sem gelo. Desce, mas não mata a sede.

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Sobre Bruno Coelho

Bruno Coelho é Arquiteto, escritor, poeta, produtor de eventos, pai, tradutor, intérprete e professor de inglês. Morou em cinco capitais brasileiras e hoje dedica-se ao árduo labor de organizar eventos na capital maranhense de São Luís. Fã do Dream Theater, Tool, Symphony X, Pain of Salvation e Evergrey, encontra espaço pra novas bandas e vertentes sempre.
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