Resenha - Best Of Both Worlds - Van Halen
Por Ari Santa Lúcia Jr.
Postado em 23 de julho de 2004
Finalmente saiu a nova coletânea do Van Halen. Não há muito o que falar, já que a importância da banda é indiscutível. O cd duplo traz músicas de todos os discos do quarteto com exceção de "VH III", e de novidade apenas três canções inéditas.
"It’s About Time" é a melhor delas, mas mesmo assim não é nenhuma maravilha. Interessante ver que muitos fãs têm torcido o nariz para esse material novo, e tudo isso tem um motivo: a brecada na criatividade Eddie.
Sim, parece que o guitarrista já produziu o que podia e agora não consegue parar de se repetir. Desde de 96 ele diz que vem compondo material "sensacional", mas desde então não lançou uma música sequer acima da média.
Não que as três novas canções sejam ruins, muito pelo contrário, mas esbarram em clichês que Eddie criou nos últimos anos e nem Sammy Hagar conseguiu salvar o resultado final. Parece que a banda está mais cerebral, preocupada com aceitação comercial e quando isso acontece a espontaneidade (marca registrada do grupo) já era.
"Up For Breakfast" tem um seqüenciador estilo "5150" emendado a um riff animal de Eddie, só que a banda parece que pisou no freio de propósito, já ela pede um ritmo mais agitado e um refrão chiclete.
"Learning To See" é uma quase balada com um vocal arrasador de Sammy, aliás ele é o grande destaque desse material novo, mas novamente a banda esbarra em melodias arrastadas e até chatas em algumas partes. Parece que essas músicas são demos de "VH III" ou então Eddie ficou preso naquele tempo, pois as semelhanças são muito grandes.
Como disse há algum tempo, esse é apenas o primeiro esboço da volta do VH e um álbum completo ainda não foi lançado. Apesar das três músicas novas, os caras ainda estão devendo aquele material "sensacional" que deve estar escondido em algum lugar, espero.
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