Resenha - Mexecutioner; The Best of Brujeria - Brujeria
Por Raphael Crespo
Postado em 04 de abril de 2004
Texto originalmente publicado no
JB Online e no Blog Reviews & Textos.
O Brujeria só não é a banda mais ultrajante do mundo porque se trata de uma grande gozação. Mesmo assim, os auto-proclamados ''narco-satanistas'' são idolatrados e contam com uma legião de fãs no underground ao redor do mundo. O segredo é que a gozação, por mais insana que possa parecer, é levada a sério, tanto por fãs quanto pelos integrantes, o que faz da banda uma das mais interessantes do som pesado nos últimos 11 anos, período em que lançou três discos oficiais, agora com suas melhores faixas reunidas na coletânea The mexecutioner! The best of Brujeria, que tem, no encarte, comentários de Hank Williams III, baixista do Superjoint Ritual.

A banda surgiu no início dos anos 90, como um projeto paralelo de nomes como Dino Cazares, na época guitarrista do Fear Factory, e Bill Gould, então baixista do Faith No More. Sempre se soube de suas participações, mas o material de divulgação da banda citava os integrantes com codinomes como Juan Brujo, Asesino, Fantasma, Grenudo, entre outros. O grupo seria formado por traficantes mexicanos, simpatizantes do zapatismo e do satanismo. O primeiro disco, Matando Gueros, traz a foto de uma cabeça decepada, que acabou virando uma espécie de personagem no estilo Eddie, do Iron Maiden, batizado de Coco Loco.
O estilo é um brutal death metal/grindcore, com toques de thrash metal. As letras, todas em espanhol, falam de drogas, política e satanismo. A insanidade é tamanha, que a banda lançou um single, em 1994, chamado El patron, em homenagem a Pablo Escobar, famoso traficante colombiano, assassinado naquele ano. Depois, em 1997, no auge da Macarena, fizeram uma versão death metal da irritante salsa e lançaram um novo single, mudando o nome da música para Marijuana.
Após o lançamento, lá fora, de The mexecutioner, no ano passado, o Brujeria, depois de dez anos de carreira, marcou seus primeiros shows, numa turnê de divulgação da coletânea com nada menos que quatro concorridas apresentações no México e nos EUA. O primeiro show da história do grupo aconteceu em Chicago, no dia 2 de outubro passado, com as participações de Asesino (Dino Cazares, ex-Fear Factory) nas guitarra, Hongo (Shane Embury, do Napalm Death) no baixo, e Sadistico para o lugar de Hongo Jr (Nick Barker, ex-Dimmu Borgir e ex-Cradle of Filth) na bateria, além de Juan Brujo nos vocais.
A coletânea traz uma boa distribuição das faixas dos três CDs oficiais da banda, com cinco músicas de Matando Gueros, oito de Raza odiada e sete de Brujerizmo.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
Graham Bonnet lembra de quando Cozy Powell deu uma surra em Michael Schenker
O álbum dos Rolling Stones que é melhor do que o "Sgt. Peppers", segundo Frank Zappa
A primeira e a última grande banda de rock da história, segundo Bob Dylan
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
A banda fenômeno do rock americano que fez história e depois todos passaram a se odiar
Fabio Lione anuncia turnê pelo Brasil com 25 shows
Desmistificando algumas "verdades absolutas" sobre o Dream Theater - que não são tão verdadeiras
Rob Halford acha que Lemmy Kilmister era um compositor brilhante
Os 50 melhores álbuns de 2025 segundo a Metal Hammer
Shows não pagam as contas? "Vendemos camisetas para sobreviver", conta Gary Holt
Ritchie Blackmore aponta os piores músicos para trabalhar; "sempre alto demais"
O baterista que ameaçou encher Ronnie James Dio de porrada caso ele lhe dirigisse a palavra
Cinco bandas de heavy metal que possuem líderes incontestáveis
Túmulos: alguns dos jazigos mais famosos do Metal nos EUA
Cliff Burton e a banda que ele gostava muito, "por incrível que pareça"





