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Resenha - Turn Loose the Swans - My Dying Bride

Por Sílvio costa
Postado em 30 de dezembro de 2003

Os primeiros anos da década de 1990 foram bastante produtivos para o doom metal, especialmente aquele oriundo da Inglaterra - que tinha como representantes máximos a Trindade do Doom: Anathema, Paradise Lost e My Dying Bride. De lá para cá, as bandas se reinventaram, obtiveram sucessos e deram alguns tropeços. O importante é que estas três bandas deram o impulso inicial para muita coisa que está sendo feita agora e que cheira a novidade oportunista, mas que, há mais ou menos dez anos, soava como algo absolutamente novo e arejado.

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Este Turn Loose the Swans, lançado originalmente em 1994, marca um importante passo na evolução do My Dying Bride. Tido como um dos grupos mais originais desta safra do metal britânico, os septeto capitaneado pelo performático Aaron Stainthorpe transformou o doom metal já bastante original da banda (especialmente por conta da presença do violinista/tecladista Martin Powell, hoje no Cradle of Filth) em algo inteiramente novo, com maior fluência dos elementos góticos em detrimento das características tipicamente death metal dos primeiros discos.

Se você é daqueles que adora velocidade em riffs e palhetadas esqueça este disco. São sete faixas distribuídas em pouco menos de uma hora e - exceção feita a alguns momentos de "The Songless Bird" - os riffs se arrastam melancolicamente, criando climas soturnos que se encaixam com perfeição aos lamentos de Aaron. Um dos melhores momentos do disco é, sem dúvida, a recriação de "Sear Me", do primeiro LP da banda (As the Flowers Withers, de 1992), que ganhou arranjos de teclado mais elaborados e uma interpretação soberba do vocalista e único letrista da banda. Além desta, outro destaque é a longa "The Crown of Sympathy" que, com mais de 12 minutos de duração, tem um dos riffs mais pesados que eu já tive o prazer de ouvir. Impossível é não se emocionar com a dobra de guitarra e violino na introdução de "The Snow is on my Hand".

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O My Dying Bride é uma banda que já teve o requinte de ter algumas letras cantadas em latim e jamais abriu mão de soar com altas doses de originalidade. Este não é um disco para todos os gostos, mas que agrada imensamente aqueles que se identificam com a mensagem e a sonoridade do doom metal tradicional.

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Sobre Sílvio Costa

Formado em Direito e tentando novos caminhos agora no curso de História, Sílvio Costa é fanzineiro desde 1994. Começou a colaborar com o Whiplash postando reviews como usuário, mas com o tempo foi tomando gosto por escrever e espera um dia aprender como se faz isso. Já colaborou com algumas revistas e sites especializados em rock e heavy metal, mas tem o Whiplash no coração (sem demagogia, mas quem sabe assim o JPA me manda mais promos...). Amante de heavy metal há 15 anos, gosta de ser qualificado como eclético, mesmo que isto signifique ter que ouvir um pouco de Poison para diminuir o zumbido no ouvido depois de altas doses de metal extremo.
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