Resenha - Maelström - Maelström
Por André Toral
Postado em 30 de novembro de 2001
Nota: 10 ![]()
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Alegrai-vos! Entre um oceano de igualdades sem fim no cenário nacional, encontramos uma das poucas bandas que tratam de fazer algo totalmente diferente das demais, com excelente resultado! Realmente não é algo que se pareça ao que assola o mundo de hoje, mas uma mescla de estilos de forma a agradar fãs diversos.

Se você for apreciador de heavy metal tradicional, climas góticos, doom e progressivo, vai realmente amar a sonoridade apresentada aqui. E exatamente por ser assim, fica difícil dizer a que bandas o Maelström se parece, embora nos momentos mais calmos e arrastados algo de Moonspell da fase Wolfhearth nos venha à cabeça, isso sem contar com o próprio timbre do vocalista, que nos lembra algo de Fábio Ribeiro (Moonspell) de forma discreta.
Antes de mais nada, a banda, que é do Rio de Janeiro, é liderada por Alexandre Cegalla (guitarrista, tecladista e vocalista), contando com Augustin de Carmo (baixista) e Setephano di Borgia (baterista e percussionista) como músicos convidados; estas pessoas se mostram altamente profissionais em seus respectivos instrumentos, principalmente Stephano, um baterista de mão cheia.
No campo dos petardos sonoros, temos a introdução dedilhada de "Sea of Darkness" que antecede os clássicos do álbum. Em seguida, "Maelström" , no tradicional estilo heavy tradicional, recheada de riffs que nos remetem à essa época, nos apresenta mudanças de andamento para passagens mais obscuras que inclusive nos lembram doom. Os teclados e dedilhados dão um sabor especial, isso sem contar a virtuose do guitarrista. Seguindo com "Obscure", ouvimos uma introdução com melodias bem dramáticas e toques de violão semelhantes ao clima europeu; o andamento é pesado e com bateria bem destacada. O solo é realmente melodioso.
Um primor! Impossível não destacar as belas passagens progressivas, que de forma alguma soam enjoativas. Já "Lilith" possui bela abertura, com guitarra inspiradíssima, sendo que os arranjos são fantásticos e pode-se comparar com algo na linha gótica européia mesclado ao heavy metal.
Quando escutamos um clima inicial de medo e suspense, "Eternal Course" surge se mostrando verdadeiramente pesada, com riffs altamente empolgantes e andamento sempre diversificado; candidata a melhor do álbum. Já "Every" anda pela linha mais melódica do heavy metal, apresentando dedilhados propícios aos arranjos; podemos dizer que existem pitadas de Moonspell da fase Wolfhearth salpicados aqui e acolá. E o show não para, pois "The Visionary Hope" vem a ser acelerada e com ótimo bom gosto para composição de guitarras base, juntamente a uma bateria verdadeiramente versátil, pesada e técnica. Explorando o seu lado inteiramente instrumental, "Faust" é fantástica! Absolutamente rápida, mostrando excelente andamento e vibração. Em toda sua extensão, os momentos variam de ritmo, e cada qual é mais empolgante que o outro, até mesmo na parte mais lenta onde temos a sensação de estarmos em viagem pelo cosmos; efeitos e teclados nos proporcionam isso. Bem, a esta altura o leitor já sabe que tudo neste álbum mostra qualidade, mas não pára por aí., pois "Bleak" é outra excelente composição, cercada por bom gosto e demais características presentes em todo o álbum, junto a "Legions of Hades", lembrando aquela fase mais espetacular de King Diamond, não fossem os vocais com tonalidade grave.
Dá para perceber que temos em mãos um lançamento com todas as credenciais para o destaque nacional. Pessoalmente, neste ano, estou certo de que será a melhor banda da qual já fiz uma resenha. E certo de que as músicas não seriam a mesma coisa sem uma produção digna, é importante ressaltar o profissionalismo com que o álbum conta, tanto na parte gráfica, quanto em termos sonoros. De fato, algo dentro da linha internacional. E se você está a fim de ouvir uma banda diferenciada, tente e acerte ao adquirir esta obra prima que atende pelo nome de Maelström!
Para acessar o site oficial da banda: www.maelstrom.com.br
Para contactar a banda: [email protected]
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