Resenha - Contraband - Velvet Revolver
Por Raphael Crespo
Postado em 19 de julho de 2004
O que esperar de uma banda que reúne os principais instrumentistas, ex-integrantes, do bom e velho Guns n'Roses e o ex-vocalista do Stone Temple Pilots? Algo como o instrumental da primeira misturado com a voz da segunda seria a resposta mais óbvia. Mas não é bem isso que o Velvet Revolver, banda em questão, apresenta em seu disco de estréia, Contraband.
Velvet Revolver - Mais Novidades
Enquanto o Guns n'Roses dispensa comentários e está para sempre na história do rock apenas pelo excelente primeiro disco, Appetite for Destruction, o Stone Temple Pilots veio no rastro do grunge, fazendo um tipo de som que parecia uma espécie de híbrido entre Pearl Jam e Alice in Chains, sem, no entanto, alcançar o mesmo sucesso ou qualidade das duas bandas. O Velvet Revolver já aparece, ao menos, com o mérito de não tentar repetir as fórmulas das bandas originais de seus integrantes.
Com Slash na guitarra, ao lado de seus companheiros de Guns n'Roses Duff Mckagan (baixo) e Matt Sorum (bateria), a banda conta ainda com o guitarrista Dave Kushner, amigo de Slash nos tempos de colégio e ex-integrante do Wasted Youth, do Electric Love Hogs e da banda solo de Dave Navarro. Além do eterno e eterno junkie Scott Weiland, que entre uma outra overdose, ou passagem por centros de desintoxicação, chegou a fazer algum sucesso com o Stone Temple Pilots.
O som do Velvet Revolver não chega a ser original. É um rock pesado, nervoso, que, em alguns momentos lembra Iggy Pop, quando tende mais para o punk, ou Jane's Addiction, quando fica mais no rock básico, tanto nas melodias quanto nos vocais de Scott, que demonstra versatilidade em Contraband. Quem espera solos melosos de Slah, no melhor estilo Guns n'Roses, deve passar longe. O guitarrista, que nunca foi um virtuoso, mas sempre primou pela criatividade, se concentra muito mais nos riffs pesados do que nos solos, o que não deixa de ser um ponto positivo. O peso fica evidenciado pela segunda guitarra de Dave Kushner, enquanto Duff e Matt, velhos conhecidos, montam uma cozinha excelente.
O primeiro single, Slither, vem sendo bem tocado no mundo todo, apesar de estar longe de ser a melhor faixa. De cara se destacam as ótimas Do it for the kids e Headspace. O disco conta ainda com a boa Set me free, que entrou na trilha sonora do filme Hulk. No final das contas, não é nada mais que um bom disco de rock.
Outras resenhas de Contraband - Velvet Revolver
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



System of a Down volta à América Latina em maio de 2026
O New York Times escolheu: a melhor música do ano de 2025 é de uma banda de metal
Frase de Fabio Lione provoca burburinho e fãs veem indireta sobre insatisfação no Angra
A mensagem curta e simbólica sobre o Sepultura que Iggor Cavalera compartilhou no Instagram
O solo de baixo heavy metal que, para Flea, é um grande momento da história do rock
David Ellefson conta como está se sentindo no Metal Church
O clássico do rock nacional cujo refrão é cantado onze vezes em quatro minutos
O primeiro supergrupo de rock da história, segundo jornalista Sérgio Martins
O que Ritchie Blackmore pensa sobre Jimmy Page como músico; "um guitarrista estranho"
Alírio Netto viver na Europa, como Fabio Lione, será problema para o Angra? Ele responde
Sonia Anubis denuncia abusos no Burning Witches: "Tratam músicos como lixo; pior que a Dogma"
Mikkey Dee revela gravidade de doença que quase o matou um ano atrás
Garotos Podres são indiciados e interrogados na polícia por conta de "Papai Noel Velho Batuta"
Sharon lembra primeira reação ao ver Ozzy Osbourne morto
O músico "complicado" com quem Ronnie James Dio teve que trabalhar; "uma pessoa realmente ruim"
Roqueiro doidão não tem mais vez no mercado, afirmam produtores musicais
"Tínhamos limitações nas músicas que poderíamos colocar em nosso set", afirma Mustaine
O curioso artista com cachê mais caro já pago pelo Rock in Rio (e não foi o Queen)


Música inédita de Scott Weiland é lançada no 10º aniversário da morte do cantor
"Irrecuperável"; apesar dos bons momentos, Slash se arrependeu da banda por causa do cantor
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme



