Iron Maiden: o rolezão que a banda deu para se apresentar no Brasil pela primeira vez
Por Mateus Ribeiro
Postado em 03 de janeiro de 2021
O IRON MAIDEN será uma das atrações do festival "Rock In Rio", que será realizado em setembro, na cidade do Rio de Janeiro. A apresentação não será exatamente uma novidade, já que será a quinta vez que o sexteto participará do festival. E a primeira, que aconteceu em 1985, foi mais que especial. Além de ser o primeiro concerto da banda em terras brasileiras, o show foi realizado quando a banda estava no ápice. O que algumas pessoas não sabem é o rolê imenso que Steve Harris e sua turma deram para poder tocar na nossa pátria amada Brasil. Confira a seguir um pouco desta história, baseada nas informações contidas no encarte de "Live After Death", álbum ao-vivo lançado em 1985.
Como dito no parágrafo anterior, a primeira edição do "Rock In Rio" foi realizada em 1985. O IRON MAIDEN foi uma das atrações do evento, ao lado de grandes nomes, como OZZY OSBOURNE, QUEEN, WHITESNAKE, AC/DC e SCORPIONS. A apresentação do MAIDEN fez parte da "World Slavery Tour", uma das maiores e mais icônicas turnês da história do rock.
A turnê de divulgação de "Powerslave" (quinto disco de estúdio da banda) teve início em agosto de 1984 e se encerrou quase um ano depois, em julho de 1985. O MAIDEN, que na época era um quinteto, passou por Europa, Ásia, Oceania, América do Norte e América do Sul.
Normalmente, as bandas marcam mais que um show em um país (ou continente), porém, o IRON MAIDEN quebrou as regras para realizar a apresentação no Brasil. O referido concerto aconteceu em 11 de janeiro de 1985, na Cidade do Rock, localizada, obviamente, na cidade que dá nome ao festival. Até aí, tudo bem. Acontece que a passagem pela parte sul da América se resume neste show e ocorreu no meio da parte norte-americana da tour.
Apenas quatro dias antes do show no Brasil, a banda havia se apresentado em Buffalo, cidade localizada no estado de Nova York (EUA). Para quem não sabe, Nova York fica no nordeste dos Estados Unidos, local longe pra baralho do Rio de Janeiro. Tudo bem que eles viajaram de avião, que estavam no auge da forma física e tudo o mais, porém, não se deve ignorar uma distância que ultrapassa os 8 mil quilômetros.
Pois bem, os caras chegaram por aqui e fizeram um show memorável, que até hoje é lembrado com muito carinho tanto pela banda quanto por quem esteve presente. Depois da apresentação, era hora de cair na estrada. Porém, desta vez, o prazo era menor, já que o show seguinte seria realizado no dia 14, apenas 3 dias depois, em Hatford (Connecticut, EUA). A distância, apesar de menor, também era suficiente para tirar do sério até mesmo o mais calmo dos monges: cerca de 7.800 quilômetros. Na "soma dos resultados", algo em torno de 16 mil quilômetros, percorridos em uma semana.
Mesmo com toda a loucura, o MAIDEN continuou firme e forte na sua missão de levar o heavy metal ao mundo. A primeira parte da passagem pela América do Norte acabou em 31 de março de 1985, com um show realizado em Honolulu (Hawaii).
Após alguns dias de descanso, a banda retomou a turnê no dia 14, com uma apresentação em Tóquio, capital do Japão. Depois de 11 dias, um show na mesma cidade encerrou a passagem do MAIDEN pelo Japão. Já no dia 2 de maio, a série de sete shows na Austrália teve início.
Em 23 de maio, o grupo voltou para a América do Norte, mais precisamente, para os Estados Unidos, onde fez vários shows pelo país, até o dia 5 de julho, quando enfim, a "World Slavery Tour" acabou, sendo que o último show foi realizado em Irvine, cidade localizada na Califórnia.
A extensa turnê resultou na gravação de "Live After Death", um dos maiores discos ao-vivo de todos os tempos. O disco foi gravado na Long Beach Arena (Long Beach, Califórnia, EUA) e no Hammersmith Odeon (atualmente, Hammersmith Apollo, localizado em Londres, Inglaterra).
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A música lançada há 25 anos que previu nossa relação doentia com a tecnologia
O melhor baterista de todos os tempos, segundo o lendário Jeff Beck
Jon busca inspiração no Metallica para shows de reunião do Bon Jovi
Os álbuns esquecidos dos anos 90 que soam melhores agora
A banda com quem Ronnie James Dio jamais tocaria de novo; "não fazia mais sentido pra mim"
Tuomas Holopainen explica o real (e sombrio) significado de "Nemo", clássico do Nightwish
Gus G explica por que Ozzy ignorava fase com Jake E. Lee na guitarra
As músicas que o AC/DC deve tocar no Brasil, segundo histórico dos shows recentes
A melhor música que Bruce Dickinson já escreveu, segundo o próprio
O melhor disco do Anthrax, segundo a Metal Hammer; "Um marco cultural"
Paisagem com neve teria feito MTV recusar clipe de "Nemo", afirma Tarja Turunen
A única música do Pink Floyd com os cinco integrantes da formação clássica
O clássico do metal que é presença constante nos shows de três bandas diferentes
O solo que Jimmy Page chamou de "nota 12", pois era "mais que perfeito"
Quando Lemmy destruiu uma mesa de som de 2 milhões de dólares com um cheeseburguer


Como era sugestão de Steve Harris para arte de "Powerslave" e por que foi rejeitada?
As duas bandas que atrapalharam o sucesso do Iron Maiden nos anos oitenta
O ícone do heavy metal que iniciou a carreira solo por acidente
As músicas do Iron Maiden que Dave Murray não gosta: "Poderia ter soado melhor"
Paul Di'Anno era mais lendário que Bruce Dickinson, opina Blaze Bayley
A pior música do melhor disco do Iron Maiden, segundo o Heavy Consequence
Regis Tadeu toma partido na briga entre Iron Maiden e Lobão: "Cafona para muitos"
O álbum "esquecido" do Iron Maiden nascido de um período sombrio de Steve Harris
Nicko McBrain revela se vai tocar bateria no próximo álbum do Iron Maiden
Iron Maiden: a tragédia pessoal do baterista Clive Burr
Lista: 12 músicas que você provavelmente não sabe que são covers


