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Deathrock: O pioneirismo na cena pós-punk

Por Kayê Holanda
Postado em 14 de junho de 2020

Pensando aqui sobre o primeiro disco do Christian Death "It's only theater of pain". Esse disco tem um estilo bem distinto entre outras bandas dos anos 80 no geral e eu acabava me perguntando de onde vem ou no que exatamente tô pensando quando digo isso. Esse disco de alguma forma soa moderno demais pra sua época e remete a um desdobramento da música gótica que só ia acontecer muito depois de 1982, quando ele foi lançado. Sobre isso cabe desenvolver mais sobre os termos gótico, pós punk e punk hardcore.

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No senso comum, gótico e pós punk remetem a mesma coisa ou quase; coisa que se opõe ao punk hardcore, por definição. Isso é meio verdadeiro mas sem simplificações esses termos tem limites menos definidos que foram ultrapassados em momentos diferentes.

Pós punk foi um termo dado retroativamente, ou seja, quando a época pós punk acabou que começaram a se referir aquela época como pós punk. Essa época foi no geral quando as ideias punks foram tomadas como dadas, estabelecidas, aceitas e era inevitável naquele momento tomar elas como ponto de partida. Então certas bandas transformaram aquilo em várias direções diferentes, misturando, modificando, suavizando, extremando, etc.

Então o punk hardcore e o gótico são ambos pós punk, transformações do punk que aconteciam ao mesmo tempo (78-79), cada uma pra um lado. O hardcore deixou o punk mais rápido, agressivo, sujo, reto e político (Dead Kennedys, Black Flag); o gótico deixou o punk mais lento, sombrio, leve, eletrônico, quebrado e dissonante (perturbador, agoniante, misterioso) e até mesmo "sensual" ou sexualizado (Bauhaus, Siouxsie). Ambos eram anticomerciais, naquele momento, em lados diferentes. O gótico com um tom mais distanciado, observando a perversidade humana de fora, de certa forma curtindo a decadência do mundo e explorando um tipo de espiritualidade alternativa, comentando o cristianismo de um jeito exorcizante. O hardcore já com um tom mais "militante" ou engajado de forma direta. Naquele momento o gótico foi mais comercializado, acredito que por questões de produção mais limpa e e moderna pelos sintetizadores e baterias eletrônicas.

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No geral, os dois não se misturavam por questões de princípios, afinal foi a discordância de sobre como transformar o punk que separou as bandas e trocou os integrantes (PIL, Siouxsie, Damned). Mas como toda oposição no fundo é falsa, algumas bandas seguiram sem essa separação, não foram entendidas na época e só foram aclamadas muitos anos depois quando essa separação já tinha sido superada por todos. No final, todos olharam pra trás e viram que esses caras já tavam fazendo isso desde o começo, apesar que de formas diferentes.

Na costa leste dos EUA, o Misfits fazia um som caracteristicamente hardcore enquanto falava de temas de filmes e contos de terror e ficção científica dos anos 50 e 60 ou seja, nostálgico, pra época. Tava tematicamente mais próximo da cena gótica, falando coisas parecidas de outro ponto de vista. Hoje é estranho pensar mas o Misfits não foi aclamado na época dos discos clássicos com o Danzig. Só foram ser reconhecidos no fim dos anos 80 quando bandas estabelecidas (Metallica) começaram a falar deles e foram lançadas coletênas daquela época (Collection I).

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Já o Christian Death fazia um som gótico hardcore bem particular ou comedido, equilibrado. Era um vocalista na tradição das bandas góticas inglesas no jeito de cantar e na temática, com uma banda de punks hardcore americanos numa produção e performance crua e suja. O guitarrista, talvez o ponto central, era o equilíbrio perfeito de power chord sombrios e dissonância pós-punk (nem só os góticos q eram dissonantes). Esse som deles foi logo abandonado no próximo disco quando eles foram gravar na França e se associaram ao pós punk inglês da época, já no fim da época gótica clássica (1984).

Hoje o "Only theatre of pain" é considerado um clássico do Deathrock, o nome dado a cena de LA q o Christian Death fazia parte. Esse som característico deles foi aclamado nos anos 90, principalmente com o estabelecimento do Cinema Strange na cena gótica em 1999, quando o deathrock virou de fato "hype". O deathrock ouvido hoje em dia soa bastante como uma banda de rock alternativo dark do começo dos anos 90, época em que a oposição hardcore/gótico já tinha sido superada e sua mistura normalizada por diversas bandas. Na verdade o começo dos anos 90 é o momento do ápice da agressividade dark, tanto do lado eletrônico/industrial (Ministry, Skinny Puppy) como do lado da "banda de rock" (Type O Negative, My Dying Bride). Essa separação das vias pós punk aconteceu mais na primeira metade dos anos 80 e foi abandonada no final, quando bandas de hardcore, de metal, de industrial e góticas, todas começaram a se misturar e transformar tudo isso em uma coisa nova, começando o ciclo mais uma vez.

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