Lemmy Kilmister: Metralhadora giratória de argumentos contra acusações de racismo
Por Felipoud Tramparia
Fonte: Portalblog Cifra Negra
Postado em 22 de dezembro de 2017
LEMMY KILMISTER, o eterno vocalista/baixista da banda MOTÖRHEAD, foi dono de um valioso e imenso acervo de artefatos históricos do Terceiro Reich.
Além de colecionar, o outro hobby de KILMISTER era ler livros relacionados a temas militares, políticos e sociais.
Ele tinha conhecimento suficiente para defender-se daqueles que o acusavam de ser um admirador do partido nazista, quando, na verdade, apenas apreciava a beleza das peças e indumentária nazi.
O trecho a seguir, retirado do livro A história não contada do MOTÖRHEAD, se passa em 1987, ano de lançamento do álbum Rock 'N' Roll.
"O disco Rock'N'Roll propriamente dito foi importante por vários motivos. Lançado em 5 de setembro, ele foi o primeiro LP gravado com a formação Kilmister/Campbell/Wurzel/Taylor, o último que o Motörhead fez com uma banda sediada no Reino Unido e o último que o grupo gravou antes de se separar da gravadora GWR para procurar uma morada em outro lugar.
Sem rodeios, este disco está longe de ser o melhor do Motörhead, embora como todos os seus álbuns, tem alguns pontos altos: "Dogs", "Traitor" e "Stone Deaf in the USA" entre eles.
Esta última, seguida por um sermão no estilo medieval, que soa como se fosse apresentado a partir do púlpito de uma catedral, por Michael Palin, um dos heróis de Lemmy da série de TV inglesa Flying Circus, com atores do grupo Monty Python.
Após o lançamento do álbum e durante a turnê subsequente, LEMMY recebeu um presente de um fã uma adaga cerimonial militar da era nazista da Alemanha.
Como ele explicou inúmeras vezes desde então, o design da época o fascinava e tornou-se o primeiro item de uma coleção que é enorme que, segundo ele disse ao autor, valia 250.000 dólares em 1999 (e que presumivelmente vale muito mais hoje).
Como ele lembrou, "Alguém me deu um punhal e, em seguida, cerca de seis meses mais tarde, alguém me deu uma cruz de ferro, e fiquei impressionado com o estilo dessas peças.
Se você olhar as fotografias do uniforme britânico da época, eles parecem um bando de escoteiros.
Os piores caras sempre usam os melhores uniformes: a SS, os confederados da América, Napoleão. Depois veja os vencedores, eles sempre têm os mais insossos".
A espinhosa questão do interesse de Lemmy em memorabilia nazista, espinhosa porque sempre atraiu críticas e até mesmo repulsa das pessoas que imaginam que ele compartilhe os pontos de vista políticos do partido nazista, tem apenas crescido com o passar das décadas.
O que esses críticos não conseguem entender é que o interesse de Lemmy no Terceiro Reich não é o foco de seu ponto de vista político, mas o prisma através do qual ele filtra seus comentários políticos e sociais.
Com uma educação histórica, social e militar além da média, Lemmy e suas ideias não são cegas nem reacionárias: a maneira como ele se refere ao século passado (e como isso afeta o atual) é progressista, como seria de esperar de alguém que passou vários anos numa subdimensão induzida lisergicamente.
Quando confrontado com acusações de ser um simpatizante nazista ou de ter falta de bom gosto, LEMMY tende a ganhar a discussão, em primeiro lugar, porque uma vida dentro de ônibus de turnê lendo livro de história lhe deu um arsenal de argumentos na ponta da língua sobre fatos que impressionariam qualquer historiador político e militar."
MOTÖRHEAD ao vivo na cidade de Suhl, na Alemanha.
Essa matéria faz parte da categoria Trecharias BioRockers no Portalblog Misterial.
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