Kiss: 10 músicas que representam proximidade com o metal
Por Igor Miranda
Postado em 02 de junho de 2017
Ícone do hard rock, o Kiss traz muito mais do que apenas uma ou outra influência musical em sua discografia. O grupo capitaneado por Paul Stanley e Gene Simmons já explorou de tudo: da disco music ao hair metal, do (semi)progressivo ao heavy metal.
Na lista abaixo, são apresentados 10 momentos em que o Kiss mais se aproximou do metal, em suas diferentes formas e vertentes. Há mais do que uma dezena de músicas que promovem tal conexão, mas as escolhidas abaixo servem para ilustrar.
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"God Of Thunder"
Composta por Paul Stanley, mas "impersonada" por Gene Simmons, essa música é o primeiro momento de alguma proximidade com o heavy metal - não o que conhecemos hoje em dia, mas aquele embrionário, com traços do heavy rock, ainda praticado na década de 1970. Com o tempo, "God Of Thunder" ganhou peso nas performances ao vivo e ficou ainda mais sombria.
"Creatures Of The Night"
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Em uma veia quase NWOBHM, a faixa que dá nome ao icônico disco de 1982 é pesada. Há um ar obscuro ao longo de toda a faixa - passa pela pegada heavy no instrumental, com destaque para a bateria densa de Eric Carr e passa pela temática "dark" e até pelos refrães, com backing vocals ao estilo "fantasmagórico".
"War Machine"
Todo o disco "Creatures Of The Night" poderia estar nessa lista. Entretanto, vejo "War Machine" como um destaque individual. Trata-se de uma composição típica de Gene Simmons, com colaborações fundamentais de Vinnie Vincent e Eric Carr na parte instrumental.
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"Exciter"
A primeira música do primeiro disco sem maquiagens entrega algo diferente do esperado. Enquanto se esperava algo mais orientado ao hair metal, "Exciter" é um tanto metálica. É cadenciada na medida certa e volta a mostrar o melhor de Eric Carr: a pegada. A mão do The Fox era pesadíssima.
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"I've Had Enough (Into The Fire)"
A única separação entre essa música e outros clássicos do speed metal é a calça de oncinha que, provavelmente, Paul Stanley usou em suas gravações. "I've Had Enough (Into The Fire)" traz o melhor do heavy metal oitentista: batidas rápidas aliadas a um peso que não precisava apelar para afinações graves ou artimanhas de produção. O pouco lembrado - e já falecido - guitarrista Mark St. John faz a diferença nessa canção.
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"Love's A Deadly Weapon"
Ainda que a produção do disco "Asylum" (1985) não tenha colaborado, "Love's A Deadly Weapon" é uma música de peso. Ela foi feita nas sessões de "(Music From) The Elder" (1981) e, anos depois, foi reaproveitada - e quase toda modificada. A faixa tem a mesma pegada speed metal que já havia aparecido em momentos isolados de álbuns anteriores, só que, agora, na voz mais grave de Gene Simmons. O guitarrista Bruce Kulick está inspirado por aqui.
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"No, No, No"
O disco mais "farofa" do Kiss - "Crazy Nights" (1987) - também tem seu momento quase-metálico. "No, No, No" apresenta uma leve pitada de thrash e também foi prejudicada por uma produção afável demais. A faixa soa anacrônica em meio ao hardão das demais canções - especialmente porque, na tracklist, está logo após da terrível "Bang Bang You" -, mas, isolada, tem alguma coerência.
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"Boomerang"
A faixa que encerra o álbum "Hot In The Shade" (1989) aposta na mesma fórmula com toques speed metal presente em momentos isolados dos discos anteriores. A consistência da linha de bateria apresentada por Eric Carr é o grande trunfo por aqui.
"Unholy"
A primeira música do Kiss na década de 1990 - e que abre "Revenge" (1992) - tem um peso diferente. A melodia não faz uso da velocidade: é densa e intensa por si só. Pulsante, a canção tem um show de interpretação por parte de Gene Simmons, tão apagado nos álbuns anteriores. Os anos 80 fizeram mal ao Demon.
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"It Never Goes Away"
Não consigo classificar "Carnival Of Souls" (1997) como "grunge". O álbum que só foi lançado graças à pirataria - já que o Kiss original estava reunido - vai muito além da tendência de música alternativa daquele momento. Há momentos que beiram o doom metal por aqui. Qualquer música de "Carnival" poderia fazer parte dessa lista, mas optei por "Master & Slave" porque ela mostra, melhor do que qualquer outra, as influências heterogêneas desse disco. É uma faixa intensa e quase minimalista - com exceção da performance de Paul Stanley nos vocais, que entrega tudo de si.
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Observação: sugere-se ignorar a montagem do vídeo abaixo, pois a música foi gravada por Bruce Kulick e Eric Singer em vez de Ace Frehley e Peter Criss.
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