Queens of The Stone Age: analisando cada álbum de estúdio
Por Brunelson T.
Fonte: Site Rock in The Head
Postado em 23 de outubro de 2016
O QUEENS OF THE STONE AGE recentemente fez notícia quando anunciou que pretendem voltar ao estúdio antes do final do ano. Para os fãs da banda, esta é certamente uma notícia a ser celebrada por mostrar como o grupo tem construído uma reputação como uma das mais fortes bandas de rock do século atual. Enquanto os fãs aguardam ansiosamente o altamente antecipado seguimento de "Like Clockwork" (6º disco, 2013), vamos dar uma olhada para trás e ver como os primeiros 06 álbuns da banda se empilharam no decorrer dos anos.
1º ÁLBUM: QUEENS OF THE STONE AGE (1998)
O grupo levantou-se do deserto da California como um fênix, a partir das cinzas da antiga banda do seu frontman, Josh Homme, chamada KYUSS. Foi o KYUSS que destacou o chamado "stoner rock", onde Josh Homme levou a sua nova banda em um rock de direção mais dura e alternativa, enquanto adicionava alguns elementos do seu antigo grupo para manter as coisas..., interessantes. O que veio foi uma mistura eclética de rock que começou com Josh Homme nesta jornada. Este álbum de estreia pode não ser o disco mais definitivo da banda, mas, tão longe quanto os álbuns de estreia podem ir, você não pode negar que Josh Homme tinha algo a mostrar.
2º ÁLBUM: RATED R (2000)
Para o 2º álbum da banda, Josh Homme – que já havia recorrido aos serviços do ex-membro do KYUSS, Nick Oliveri, no baixo e vocais – chamou o ex-vocalista do SCREAMING TREES, Mark Lanegan, para emprestar um pouco a sua voz. O disco "Rated R" serve quase como um modelo para todos os álbuns que o seguiriam depois: várias participações especiais, vários vocalistas convidados e uma grande variedade de música que de uma forma ou de outra, se encaixou sob a égide da banda. O álbum - mais pra cima com um som de rock alternativo - apresenta algumas das canções mais clássicas da banda. Nick Oliveri e Mark Lanegan também mandam muito bem nas músicas "Autopilot" e "In The Fade", respectivamente. Josh Homme mostrou avanços na composição das canções - bem como vocalista - provando que o QUEENS OF THE STONE AGE seria uma força musical a ser contada no repertório das grandes bandas.
3º ÁLBUM: SONGS FOR THE DEAF (2002)
O Magnum Opus do QUEENS OF THE STONE AGE. Do início ao fim, este álbum é, figuramente, gigante! A partir da composição, passando à musicalidade e depois às letras e melodias, esse disco mostrou o que nada mais você pode querer de um outro disco da banda. Vocalmente, Mark Lanegan rouba o show com as suas performances irreais em canções como "God is in The Radio" e "A Song For The Dead". O álbum conta com 03 vocalistas de destaque e apresenta o conceito sonoro de que o ouvinte está escutando alguém (falsos DJ's) mudando as estações de rádio ao longo de uma viagem. O ex-baterista do NIRVANA, Dave Grohl, volta para os fundos do palco para absolutamente punir as peles da bateria - chegando ao ponto em que você realmente quer que ele deixe de lado o seu trabalho diário como frontman do FOO FIGHTERS, para ser o baterista permanente desta banda. Os clássicos do rock alternativo - músicas como "No One Knows" e "Go With The Flow" - acrescentam um belo toque de sensibilidade por cima de músicas incrivelmente fortes em toda a sua íntegra. Nada vai ficar melhor do que este álbum para o QUEENS OF THE STONE AGE - mas eles realmente não precisam fazer outro igual.
4º ÁLBUM: LULLABIES TO PARALYZE (2005)
O grupo passou por algumas mudanças antes de lançar o seu 4º álbum. Foi-se embora da banda o baixista/vocalista de longa data, Nick Oliveri. Josh Homme, junto com o guitarrista Troy Van Leeuwen e o baterista Joey Castillo, trabalharam, talvez, o que seja o disco mais obscuro da banda. Triste, mal-humorado e irritável (no bom sentido), o álbum apresentou um diferente, mas não menos emocionante novo lado da banda. De novo, o vocalista Mark Lanegan com a sua bela voz granulada e gutural fornece alguns dos destaques vocais do disco, enquanto na maior parte do álbum ele está servindo apenas como back-vocal. Mesmo na escuridão, o disco ainda brilha com a participação especial do lendário guitarrista da banda ZZ TOP, Billy Gibbons, em destaque na música "Burn The Witch" - com o seu belo trabalho de guitarra se encaixando na canção, além do seu fantástico manuseio de cowboy. Josh Homme também manda muito bem na guitarra no single do álbum, a canção "Little Sister".
5º ÁLBUM: ERA VULGARIS (2007)
Para o 5º álbum da banda houve uma mudança notável na direção musical. O vocalista/guitarrista/mentor, Josh Homme, levou o grupo para um novo território incorporando elementos do rock industrial e noise. Embora certamente funcionasse, por vezes, em músicas como "Turning on The Screw" e no 1º single do álbum, "Sick, Sick, Sick", ele realmente provou ter tirado algo de um saco misturado. Foi o último álbum da banda para caracterizar o longo tempo em que o baterista Joey Castillo ficou no grupo como membro permanente. As músicas em geral soam muitas vezes conflitantes, com vocais agressivos em uma gravação sub produzida, mas que mesmo assim é possível retirar algumas canções para fazer parte de uma forte coleção.
6º ÁLBUM: LIKE CLOCKWORK (2013)
É importante notar quando uma banda, depois de 15 anos e 06 álbuns em sua carreira, lança um disco que é tão elogiado pela crítica e comercialmente amado. Isso é o que o QUEENS OF THE STONE AGE fez aqui. Onde o álbum "Lullabies to Paralyze" é temperamental, no disco "Like Clockwork" é melancolia. Há uma espécie de tristeza maravilhosa que permeia cada uma das 10 músicas desse álbum. Há muito a comemorar com esse belo registro! A maior parte da bateria é feito de cortesia, de novo pelo ex-baterista do NIRVANA, Dave Grohl, bem como as aparições do ex-baixista Nick Oliveri, Mark Lanegan (sempre ele), Trent Reznor (vocalista do NINE INCH NAILS) e do Sr. ELTON JOHN ao piano. As músicas "I Sat by The Ocean" e "Smooth Sailing" mostram a fantástica musicalidade da banda, bem como a sua capacidade em criar grandes canções melódicas que ficam escondidas dentro de um rock que bate muito forte. Enquanto outras músicas como "The Vampyre of Time and Memory" e "I Appear Missing" mostram o grupo em seu lado mais vulnerável, este álbum tem algo a oferecer a todos, seja fã ou não, o que faz o seu sucesso não ser uma surpresa.
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