Fleetwood Mac
Postado em 06 de abril de 2006
"Não sei por que, mas, por muito tempo achava que Bonnie Tyler era uma das vocalistas daquele tal de Fleetwood Mac. Na verdade, eu continuo sem saber quem é ou quem foi Bonnie Tyler e/ou Fleetwood Mac. Para mim, Bonnie Tyler só gravou uma única música em sua vida, Total Eclipse of the Heart e Fleetwood Mac é aquela banda com aquele carinha que não usa palhetas para tocar guitarras, que tem duas vocalistas e que, um dia, gravou Black Magic Woman... e que tem um baterista que veste um lenço na cabeça..."
Isso é o que muitos devem pensar ao escutar o nome Fleetwood Mac. Afinal o que é isso?
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A clássica banda de blues inglesa Fleetwood Mac chegou ao novo século com mais um lançamento, desta vez o registro de um show ao vivo nos Estados Unidos, no final dos anos sessenta. Intitulado Shrine, e gravado em 25 de janeiro daquele ano, o CD traz a banda em umas das suas inúmeras formações, então com Peter Green (guitarra e vocais), Jeremy Spencer (slide guitar, piano e vocais), Danny Kirwan (guitarra e vocais), John McVie (baixo e vocais) e Mick Fleetwood (bateria).
Este talvez seja, nunca se sabe, o último registro original da banda que detém uma das mais extensas, confusas e, para os leigos, incompreensíveis discografias do universo roqueiros dos anos sessenta - mais de 50 títulos nas lojas da rede.
Nascido em 1967, o grupo teve duas fases distintas, a primeira - até 1970, voltada para o blues clássico, e a segunda, com orientação pop - iniciada com Future Games, que consagrou-se com o lançamento do álbum Rumours (alias, esse álbum vendeu mais de 25 milhões de cópias).
A primeira fase, que contou com o guitarrista Peter Green à frente, resultou na gravação de, pelo menos, três álbuns clássicos - Fleetwood Mac, Mr Wonderful e a coletânea de singles Pious Bird Of Good Omen (e/ou English Rose), além de Blues Jam in Chicaco, com mestres americanos do gênero.
Filha direta do John Mayall's Bluesbreakers, de onde vieram Peter Green, John McVie e Mick Fleetwood, a banda destacou-se entre as que dedicaram-se a recriar o blues americano na segunda metade dos anos sessenta. Em muito, o destaque deve-se ao guitarrista Peter Green, um gênio do instrumento - atingido pela esquizofrenia, mas que seguiu em atividade - que agregou ao blues novas técnicas e estilos, que se notam mais claramente em composições como a clássica Black Magic Woman, imortalizada por Santana. Outro diferencial foi a presença de três guitarristas: além de Green, Jeremy Spencer, um mestre na slide guitar e rock and roller nato, e Danny Kirwan, com formação mais rebuscada e pop.
Mas a descoberta do estrelato veio mesmo em 1977 com o excelente álbum Rumors. Muitos criticam pela banda ter abandonado o blues e ser muito mais POP (bobagem, é fenomenal). Rumours não foi apenas a sua obra prima, mas também foi tão grande que transformou-se num terremoto cultural, ficando durante 31 semanas em primeiro lugar nas paradas no ano de 1977. Das suas 11 músicas, 4 ficaram em as Top 10, um incrível feito para qualquer banda. Pode parecer estranho, mas esse disco é um dos cinco álbuns mais vendidos da história, vencedor do Grammy de melhor álbum do ano de 1977.
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